Não vou falar desta vez sobre a campanha do INTERNACIONAL no Brasileirão ou sobre suas chances de conquistar uma vaga na Libertadores da América de 2012. Muito menos sobre a possibilidade remota de título, pois para isso ocorrer deveria haver uma conjunção planetária de vitórias Coloradas e combinações de resultados que envolvessem fracassos dos melhores times da competição (Vasco, Corintians, Flamengo, Botafogo, etc.). Vou falar sim deste imbróglio em que nossos dirigentes nos meteram.
Anunciaram e fizeram passar no Conselho uma proposta de parceria com a construtora Andrade Gutierrez e depois de partirem para a assinatura do contrato e do reinício das obras, visando em primeiro lugar a modernização do estádio com melhores condições de conforto para a torcida Colorada, e, em segundo, a realização da Copa do Mundo em Porto Alegre, com nosso estádio sendo candidato aprovado a sediar esse evento. É preciso lembrar que o SPORT CLUB INTERNACIONAL se candidatou a ser sede da Copa, independentemente se isso era desejo ou não dos atuais dirigentes. O Clube se comprometeu e isso está acima de visões, filosofias, idéias ou rixas pessoais ou de grupos políticos no Clube. Em anos anteriores, disputamos com nosso rival de Porto Alegre o direito de ser sede de amistosos da seleção brasileira e de jogos das eliminatórias.
Agora estamos vivendo essa fase conturbada onde nosso estádio está virando o centro das atenções. O discurso do Presidente Luigi é muito semelhante às suas justificativas para manter o Celso Roth depois do fracasso no Mundial de Clubes e no segundo semestre como um todo de 2010. Estive nas sociais do Beira-Rio no jogo contra o Corintians. A dificuldade e a lentidão para sair do estádio no único portão de acesso e saída foi incrível. Isso seria até justificável se estivéssemos em obras, mas não estamos. À esquerda da torcida nas sociais vemos uma situação triste. Alguns lances de arquibancadas e um vazio em seguida. Num jogo como o de domingo, com casa cheia, e essa dificuldade que estou relatando, imaginem se houvesse necessidade de escoar o público de maneira mais rápida em função de uma indesejável necessidade ou emergência?
É claro que as questões econômicas e o futuro do Clube estão em primeiro plano em relação à Copa do Mundo, mas é preciso definir essa situação logo. Ou a escolha da DIREÇÃO pela Andrade Gutierrez está acertada e as obras são retomadas, ou que se DESPACHE rapidamente essa empresa da vida do INTERNACIONAL e façamos ao menos com recursos próprios a continuidade da obra nas SOCIAIS. O Presidente Luigi afirmou que os recursos da venda do Eucaliptos são uma espécie de contrapartida da obra com a tal construtora. Se não houver um plano B para a modernização do Beira-Rio que admita-se logo. Seria melhor perder a condição de estádio-sede agora do que agonizar com essa situação por mais tempo.
Sei que não seremos maiores ou menores em função da Copa, mas temos que zelar por nossa imagem conquistada ao longo de nossa história. A pior coisa que pode nos acontecer neste momento é a exploração da mídia acerca de nossa situação. Queremos um estádio para nossa torcida e nossas disputas. Se este estádio for sede da Copa, ótimo, se não for, que toquemos nossas vidas sem essa situação que atordoa a todos.
Luciano Fonseca – Esteio/RIO GRANDE DO SUL
Colorado é o verdadeiro Campeão de TUDO!
Parece que a “caixa preta” está começando a ser revelada…AG emite nota à imprensa na ZH de hoje (28/10/2011)…Vamos acompanhando…
Puxa Luciano, esse assunto parece que nunca vai ter fim! Hj mesmo li no jornal que agora com a cidade fora da Copa da Confederações pode ser que não fechem a parceria com a AG… eu penso que se deve fazer o melhor para o Inter, SEMPRE! Não podemos rasgar dinheiro, mas admito que queria ver essa novela mais perto do fim. Se será usado para a Copa ou não, já são outros 500, para mim o mais importante é o conforto ao sócio.
Abraço
É pessoal, chega um momento que começa a cansar. Evasivas, reuniões secretas em São Paulo, notas no site do Clube de que o assunto teve avanços positivos e nada de concreto. Aliás, concreto que é bom para essas obras andarem é o que está faltando. Sabem de uma coisa? Estou mais com o Piffero, usem o dinheiro da venda da área do Eucaliptos e terminem ao menos o que começaram. Ao menos o lance das sociais e da arquibancada inferior. Já que não estão conseguindo concluir a assinatura de um contrato. Comuniquem à FIFA que não vamos terminar a obra ou me desmintam e recomecem logo o que foi começado e anunciado. Vão ao BNDES, ao Governo do Estado, ao Governo Federal, sei lá, depois que o Poder Público vai bancar o estádio do Corintians, chega de falso moralismo. Não temos o mesmo apelo que o Coringão, mas vamos buscar o que pudermos a partir do precedente aberto ao time paulista.
Luciano:
A falta de informações claras e precisas provoca este quadro de incertezas. É díficil comentar algo se não possuo todos os dados da negociação, mas no período em que estudei, quando criava-se uma licitação colocava-se todas as cláusulas em jogo e a empresa que as cumpri-se e conjuntamente apresentasse a melhor proposta assinaria o contrato e deveria começar de imediato as obras e não ficar neste embrólio. Na minha opinião, quando antes de começar uma obra a empreitera vencedora cria novos empecilhos (querendo aumentar suas vantagens), esta empresa deveria ser excluída do processo e após isto deveria abrir um novo processo licitátorio ou buscar um outro modelo que satisfaça as necessidades do clube.
O modelo que eu sempre achei que traria mais benefício ao clube era da criação de uma empresa que cuidasse de todo Complexo Patrimonial do clube e teria como finalidade as reformas, construção e manutenção de todo o patrimônio. Esta empresa em nome do Inter poderia alocar os espaços do complexo, como para construção dos edifício(s)-garagem(ns), hótel(is), centro(s) de convenção(ões), centro(s) comercial(is) (shopping center), onde se descutiria o prazo que as empresas administrariam os espaços alocados e quais as vantagens que o clube receberia (como parte dos lucros e o que o clube poderia usufruir). O detalhe mais importante, quando ouvi esta proposta (este modelo eu tinha escutado em 2006 no período da eleição do clube para o Conselho) e que na hora da assinatura do contrato com a empresa que alocaria o espaço no Complexo Beira-Rio para implementar um empredimento novo haveria a assinatura de um termo que garantisse recursos para a reforma do Estádio Beira-Rio para que não precisassemos ficar na mão de uma empreiteira. Esta empresa do clube além de administrar o patrimônio do clube poderia ser responsável pelos contratos também de licenciamento e utilização da marca do clube. A única ressalva que eu faço que toda empresa criada pelo clube deve respeitar as cores, os símbolos, a história e a tradição do clube.
Aproveitanto o teu texto para levantar um outro debate, apesar de não ter relação com a obra tem tudo a ver com as finanças do clube. As finanças do clube são corroídas por dívidas fiscais antigas aonde a cada balanço patrimonial o clube paga quantias vultuosas para pagar débitos passados e invés de eles diminuirem cada vez aumentam mais e não adianta criarem loterias, pois nada tem resolvido, pois estas dívidas são impagáveis e além de tudo são questionáveis. Estas dívidas são do período que existia a Lei do Passe ao qual gerava estabilidade ao jogador dentro do clube e portanto não deveria recair certos impostos e o FGTS que os governos alegam que os clubes tem que pagar. E eu coloco este debate, pois no início do ano foi alegado que o clube era deficitário e tinha prejuízo, isto é uma meia verdade, pois o clube é viável e tem suas contas em dia e por esse problema fiscal é que o torna deficitário. Nesse momento como vivemos em um período de pré-Copa e a administração do clube é dada como referência e que temos um dos poucos estádios privados escolhidos para Copa: o clube deveria abrir este debate e passamos a ser o porta-voz para questionar esta dívida pedindo o perdão dela, pois isto não é calote e nem de pedido de isenção fiscal e só uma solicitação que se cumpra a Constituição Federal que isenta clube de vários impostos e que os direitos do clube sejam respeitados, pois devemos pagar o justo e não valores que são impagáveis.
Saudações Coloradas.
Cláudio R. Vidal
Alô você Luciano!
Começou tudode maneira muito promissora. Comjunicados, passo a passo, etc. Com o passar do tempo obstáculos foram surgindo e os rumos não foram mais os mesmos, pelo menos não tão claro. O resultado disso foi a instalação de um estado de insegurança e incerteza. Muito bem abordado Luciano. Oremos!!!
SC
Muitíssimo oportuno abordar o tema, Luciano. Penso que a torcida Colorada está passando por uma angústia terrível. O que estará de fato acontecendo? A Direção vendeu a idéia de que a parceria era a ÚNICA saída viável para a modernização do Beira-Rio. Obviamente devem ser tomadas todas as precauções que o negócio exige, e para isso foi contratada empresa especializada para examinar as cláusulas contratuais e dar seu parecer. Sabe-se que isso demanda certo prazo, mas esse tempo tornou-se longo demais!!! E, pior, a expectativa é de que essa agonia se prolongue ainda mais no tempo, pois o Luigi “comemorou” a não-escolha do estádio para a Copa das Confederações, pois assim haverá mais tempo, e blá blá blá, que enrolation! E a tal Andrade Gutierrez, serás que lhe falta capacidade financeira para assumir o compromisso com o INTER? O que haverá nos bastidores dessa negociação? A torcida Colorada precisa de respostas! Enquanto isso parte da imprensa se delicia apontando os erros cometidos pela Diretoria e passando o Mico para nós, torcedores. Já fazem até enquete sobre qual o estádio mais adequado para sediar a Copa… Assim, Luciano, tal como aconteceu na campanha “Sai Bolivar”, cabe a nós, torcedores, manter o tema das obras muito vivo, até que tenhamos uma solução da qual possamos nos orgulhar. Parabéns pela abordagem.