Se o 10 não joga, os outros 10 também não!

De fato, o GreNal no Beira-Rio praticamente vazio, não agradou nem os torcedores alí presentes, muito menos os que, aflitos, acompanharam de longe.  Faltou tudo que em GreNal estamos acostumados a presenciar. Mas algo chamou atenção com uma intensidade jamais vista. 11 zumbis trajando vermelho, estavam ocupando o lugar dos 11 guerreiros com salários de 6 dígitos dentro de campo. Que vergonhosa falta de vontade do time alvirrubro. Desde o 1º segundo, o Colorado errou passes. Não soube nem iniciar o jogo com a devida atenção. Foi de lastimar cada minuto desse que foi o pior jogo da temporada até o momento.

O tempo há de mostrar os erros do Internacional como Clube: Torcidas (des)organizadas, Andrade Gutierrez, “jogadores” de baixo nível usurpando do dinheiro de sócios, que não vão ao estádio, mesmo estando em plenas condições de alí estar. E o pior de todos os erros: falta de “puxões de orelha” nos jogadores titulares, todos cheios de brilhantismo (merecido), que se tornam verdadeiras múmias em jogos em que é preciso ter gana, fome de bola. Sim, “puxões de orelha” a esses craques que volta e meia acham que já está tudo ganho, que será fácil, mesmo o adversário sendo uma equipe quase morta. O INTER TEM QUE PARAR DE RESSUSCITAR EQUIPES QUE JÁ ESTÃO NA RUÍNA ABSOLUTA!

Quantas vezes nós, Colorados de alma rubra, não vimos jogos aparentemente fáceis se tornarem verdadeiras batalhas? O Inter tem que se impor dentro de um Beira-Rio ensurdecedor, com gargantas de aço a gritar e fazer juiz, jogador e adversários sentirem a pressão vinda das arquibancadas. Aí sim, a torcida fará a diferença e será coroada por não deixar o time enfraquecer.

Outra coisa: no GreNal foi perceptível como o time tem uma dependência de Andrés D’Alessandro. Bem marcado, se o argentino pegasse na bola, de duas, uma: ou era desarmado ou caía de falta. Se alguns críticos ainda não entenderam o motivo dos pedidos incessantes para que ele permanecesse no Inter, na última quarta-feira pôs fim às suas dúvidas. Se nosso camisa 10 não participa ativamente do jogo, o time apenas assiste à partida, correndo atrás da bola, sendo envolvido facilmente para marcação adversária.

O craque só apareceu mesmo para provar que o ‘nervoso D’ale’ ainda não morreu e que nem a faixa de capitão acalma seus ânimos.

Uma vez, Paulo Melo comentou no texto “Carta ao Rei” que sabemos que D’Alessandro não é eterno. Bom, isso ele não é mesmo. Mas nos faz refletir na seguinte questão: um dia esse maestro vai embora e não haverá gritos de “Fica, D’Alessandro” que o segure. Será mesmo saudável manter essa tal “D’Aledependência”? Bem, os testes referentes a este tema foram de resultados negativos.

Falta a nossa velha amiga e sempre salvadora VONTADE. Não só do time, mas da torcida sempre presente no estádio. Como um time se sente motivado com 15 mil zumbis assitindo à partida? (Seria o caso da volta da Guarda Popular?) E como os torcedores se sentirão valorizados com 11 zumbis dentro de campo? Falta vontade de ambos os lados.

Ergam a cabeça, arrumem a casa. Não tá morto quem peleia! Vamo Sport Club Internacional!

PS: E nosso rival caiu em poças novamente…

Saudações Coloradas!

Jéssica Loures – Barbacena/MINAS GERAIS
Inter, dos pés à cabeça, da mente ao coração.

2 thoughts on “Se o 10 não joga, os outros 10 também não!

  1. Alô você Jéssica!
    Mais um texto e excelente qualidade. Vou fazer algumas considerações:
    1- não podemos prescindir da qualidade do D’Ale (que não vai jogar bem todas), mas também não se pode ficar dependente dele (aí concordamos);
    2 quanto a motivação, cogitar a volta de torcida organizada (???) ou não, é o caso de aprofundar um estudo. Nos moldes atuais, de uma maneira geral, eu sou contrário.
    3 entendo que a principal motivação dos jogadores está no dia 30 de cada mês, no estabelecimento bancário que acordaram com a direção, o grito da torcida pode ser o complemento só isso. Aliás há um questionamento que de há muito ronda os papos sobre futebol, É A TORCIDA QUE MOTIVA O TIME OU O TIME QUE MOTIVA A TORCIDA?

  2. Muito boa analise Jessica! isso ai mesmo, faltou entrar ligado, faltou lutar, faltou matar o “morto”. Sao coisas que nao podem faltar nunca, especialmente em um Grenal. E se o D’ale nao joga, os outros nao assumem a responsabilidade.
    Como comentei em outro post, a fala mansa de Dorival, Luigi e Anapio tem q dar lugar a uma voz forte, de lider, para deixar o time ligado, pilhado, desde o primeiro minuto. cade o Fernandao nesta hora? Fazia tempo que nao via um Grenal com um time em crise dominar tao facilmente do inicio ao fim o jogo. Inaceitavel!

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