A espinha dorsal do time

Prezado(a)s Colorado(a)s da Arquibancada Colorada,

Como havia escrito anteriormente, nesta vez eu vou comentar sobre o time considerado titular do Sport Club Internacional. No meu entender acho que neste começo de temporada tivemos um desempenho melhor do que em relação ao ano passado por dois motivos: tivemos um acréscimo de qualidade com a vinda do atacante Dagoberto (apesar da saída do meio-campista Andrezinho) e a entrada do zagueiro Rodrigo Moledo no time (no momento está bem melhor do que o “General” Bolívar). Além disso, iniciamos a temporada com o técnico Dorival Junior, bem mais capacitado e menos teimoso do que o Celso Roth 😉

Ah sim, também em termos psicológicos estamos bem melhores, já que há um pouco mais de um ano atrás estávamos ainda “lambendo as feridas” por termos sido eliminados da finalíssima do Mundial Interclubes 2010 e, no ano passado conseguimos a classificação para a pré-Taça Libertadores da América.

Apesar da derrota (1 x  2) recente no último GreNal, tivemos um desempenho muito bom na primeira fase da Taça Piratini (primeiro turno do Gauchão 2012) principalmente com o time titular. Talvez pouco(a)s Colorado(a)s tenham notado, mas derrotamos os dois finalistas da Taça Piratini, Caxias e Novo Hamburgo, fora de casa!

Na minha humilde opinião não tenho receio de afirmar que, neste ano, possuímos uma das melhores formações de meio-campo dos últimos anos! Vejam só: Guinazu, Tinga, Bolatti, Elton, Dátolo, Oscar, Dagoberto, D’Alessandro, etc! Somente D’Alessandro (principalmente este) e Oscar correspondem ao coração do nosso time! Alguns podem comentar aqui: “Tá, mas perdemos o GreNal com eles em campo!” É verdade, apesar de eu não ter visto o jogo, ouvi atentamente a narração pela Internet, e todos os reporteres, comentaristas e narrador foram unânimes em dizer que perdemos o clássico devido à falta de marcação no meio-de-campo. Infelizmente o Guinazu e o Tinga não puderam atuar e, como o Bolatti é muito leve (e/ou lento), ficamos à mercê do nosso arqui-rival. Provavelmente o nosso técnico deveria ter colocado o Elton no meio-de-campo para ajudar na marcação ao invés de jogar na lateral-direita, mas quem colocaríamos no lugar do Nei que estava lesionado?

De um coisa eu tenho certeza, se Tinga, Guinazu, Oscar e D’Alessandro estiverem inteiros e jogarem juntos, dificilmente o nosso time perderá a batalha do meio-de-campo (já a guerra, ou seja, o resultado da partida, é outros “quinhentos” 😉 Acredito que esses quatro craques jogando numa formatação retangular (Tinga e Guinazu atrás e Oscar e D’Alessandro na frente) com o Dagoberto e o Leandro Damião no ataque, o time fica quase imbatível (claro que tem ainda a defesa para se preocupar…)

É interessante como o meio-de-campo ideal tem que ter marcação e criatividade ao mesmo tempo. Possuindo somente uma das duas características citadas geralmente resulta em placares adversos. O equilíbrio é fundamental. Lembro-me de 1975 quando tínhamos Caçapava (na marcação) e Paulo César Carpegianni e Falcão (na criatividade) e também de 1976 quando eram Batista (na marcação) e Jair e Falcão (na criação). Para quem não sabe, mas naquela época se jogava somente com três jogadores no meio-de-campo já que ainda havia ponteiro-direito e ponteiro-esquerdo 😉 Essa história de quadrado, retângulo, losango no meio-de-campo começou em meados da década de 80 se eu não estiver enganado…

Pessoalmente eu estou muito contente pelo nosso time possuir no mínimo uns cinco craques no meio-de-campo! Qual é o time no Brasil que possui um meio-de-campo mais qualificado que o nosso? Se, por um lado criticamos a Direção do Sport Club Internacional em relação à reforma atrasada do Gigante da Beira-Rio, temos que aplaudir e agradecer por não liberar o D’Alessandro para a China e ainda trazer dois jogadores talentosos como o Dagoberto e o Dátolo!

Acredito que se conseguirmos trazer um lateral-direito e um zagueiro de ótima qualidade e mantermos os atuais jogadores, teremos um dos melhores times dos últimos tempos!

Evidente que no papel (ou melhor na prancheta 🙂 é uma coisa e na prática é outra. Mas se o nosso atual técnico conseguir achar e manter uma formatação de time que seja compacta, de marcação e criatividade ao mesmo tempo, então teremos uma grande probabilidade de voltar ao topo no ranking nacional e internacional novamente!

Wilson Pardi Junior – Numazu, Japão
Cônsul do Sport Club Internacional no Japão

 

3 thoughts on “A espinha dorsal do time

  1. Al|ô você Wilson!
    É sempre muito bom ler seus textos. Nos primórdios o WM vaticinava , dois beck um centre half, um half direito um half esquerdo, um, half direito e por aí ia. Tudo que veio depois foram variações portanto não há nada de novo desde há muito.É só simplificar, não inventar e coocar os melhores para jogar at´pe que adquiram uma constância de jogo. Pra mim é isso.
    SC

  2. Em tese é isso aí mesmo, mas no comando técnico tem um cidadão que saca do time dois dos jogadores que formam essa formação tida com ideal em nome de uma pseudo-autoridade do tipo “me imponho do jeito que eu quero”. As carências da laterial-direita e da zagua são flagrantes e já sabiamos disso desde o ano passado. É impossível não ter algumas opções no mercado (especialmente em janeiro), mas nossa Direção não foi atrás. E agora? Será que o Damião vai “explodir” de novo? Dependemos muito dele e de maior constância nas atuações do Oscar e do Dale, que são as melhores opções de criação do time. E para o meu gosto, ainda carecemos de um goleiro inquestionável, mas isso não é tão urgente como as outras posições citadas.

  3. Grande COLORADO Wilson, realmente as tuas colocações são bastante válidas, mas as carências citadas, trazer um lateral-direito e um zagueiro de ótima qualidade, já era uma constatação consensada no final de 2011 e até agora nada. O que me preocupa mais foi a “leitura equivocada” (ou falta de leitura) do comandante técnico nos últimos resultados negativos. Vendo os jogos, não gosto da apatia do lateral esquerdo nos maus resultados e acredito que a atual dupla de zaga, apesar de bons jogadores, uma vez batida ou com adversários velozes, é lenta e não tem recuperação. Essa idéia de manter o Damião sozinho lá na frente, com tres zagueiros marcando, só serve para indispor o jogador com a torcida e “queima-lo”.

    Para voltar ao topo no ranking nacional e internacional novamente não podemos mais aceitar equivocos nos momentos de decisão. A leitura do livro a “A Arte da Guerra” poderia ajudar ao comandante técnico e também à direção do nosso INTERNACIONAL, pois estratégias (plural) devem ter papel importante em nossas decisões. Uma realidade que também não pode ser esquecida, é que não estamos disputando um campeonato entre conventos e enfrentando times de freiras. Não acredito que haja lugar para a existência de pureza e inocência nesses enfrentamentos.

    Sinceramente, estou cansado de “arranjar” alguma desculpa para esses insucessos inexplicáveis, principalmente quando o time escalado e que vinha jogando estava trazendo confiança e alegria a todos nós. Como pode alguém mudar a espinha dorsal antes de um jogo tão importante como foi esse último. Acredito em falha, em um momento de lapso de falta de inteligência, pois, até que se prove o contrário, nosso comando técnico é capacitado. Ao meu modo de ver, está faltando um comando técnico que conheça melhor a aldeia e os caboclos, a grandeza do INTERNACIONAL e, por essa razão, na época, mostrava simpatia pela contratação do Falcão e/ou do Dunga.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.