Fico estarrecido cada vez que leio que houve um gesto ”interpretado contra” o comandante técnico do nosso INTERNACIONAL e o que é mais estranho que não tomo conhecimento de outros casos desse tipo de dita indisciplina em outros clubes “tratados dessa forma e com essa importância na imprensa”.
Se quando Fabrício levantou o braço, no “calor do jogo”, após uma reclamação desproporcional do comandante técnico, repreendeu o atleta em público, jogando “somente sobre seus ombros” a causa do golo, sem pensar na exposição inadequada, não respeitando o atleta, assim como qualquer outra pessoa se sentiria atingida, principalmente sabendo que as imagens estavam sendo projetadas pelos canais de televisão, não entendo mais nada, pois para mim indisciplina é se ele “não tomasse conhecimento da reclamação”. Isso foi uma demonstração de comprometimento com o objetivo, admitindo o erro, mas não a cobrança inadequada. Fosse outro jogador, baixaria a cabeça e o resultado poderia ter sido bem pior.
Desculpe os verdadeiros COLORADOS, mas advertências públicas, afastamento do grupo para treinar em outro local e em separado e outros castigos mais, não tem nenhum poder reparador, pois só prejudicam os objetivos do clube.
Para deixar bem claro, não sou de “esconder” erros, como não sou contra punições, mas se elas tenham que existir que não punam o clube e sim somente os infratores, mas convenhamos, não estamos falando de “piás”, mas de profissionais bem pagos e com capacidade de render um bom futebol. Não somos tão inocentes em acreditar que somente o Juan, Bolatti, Tinga, Dagoberto, Dátolo, Jô, Jajá e Fabrício estavam ou estão errados. Dá a impressão de ser um reflexo que foge e aparece do espelho do dia-a-dia.
Jogador indisciplinado, é aquele que procura o seu adversário para o agredir com pontapés, com palavras ou gestos; que não chega à hora marcada aos treinos ou às concentrações, que chega aos treinos ou concentrações embriagado ou sob o efeito de droga e outras razões. Não respeita a camisa que veste, não respeita os companheiros, não respeita o treinador, nem tampouco os dirigentes do Clube que o contratou, tudo isto de uma forma reincidente. Ao meu modo de ver, nestes casos a decisão mais acertada do Clube que lhe paga seria a rescisão do contrato, casos mais graves, advertências e multas pecuniárias.
O comandante técnico, no topo de seu pedestal, consagra que se trata de sua metodologia e que entende que o diálogo e o respeito são marcas do seu trabalho no vestiário, mas não é isso que estamos constatando dia após dia, pois para mim é exatamente o contrário. Muitas vezes a arrogância não nos permite ver e, principalmente, ouvir, pois foi por essa razão que temos dois ouvidos, duas orelhas e uma boca… Desde que eu me conheço por gente, nunca houve no nosso INTERNACIONAL “lavagem de roupa suja interna” pela imprensa e sem nenhum resguardo à imagem do clube.
Só para lembrar a cúpula COLORADA e o comandante técnico, disciplina tem a mesma etimologia da palavra “discípulo”, que significa “aquele que segue”. Se não seguem… Quando os atletas, os grupos ou as pessoas não acreditam, não seguem. Não sou psicólogo ou sociólogo ou estudei outra ciência social para explicar esse fenômeno do aumento da indisciplina em nosso clube, mas tenho certeza que existe gente capacitada internamente ou externamente para tratar profissionalmente esse assunto, mas me parece que não é o caso, pois para mim se trata apenas de “falta de liderença reconhecida e que se transforma em falta de pulso nas dificuldades”. As receitas mais recomendadas pelos especialistas são castigo (são atitudes que não devem ensejar prazer a nenhuma das partes, pois castigo é uma represália a um erro e deve ser aplicado somente quando extremamente necessário), compromisso, negociação e criatividade.
Essa política de ”lavar a roupa suja e os problemas internos” pela imprensa é altamente prejudicial à imagem do nosso INTERNACIONAL e só serve para esconder a falta de competência técnica adequada à realidade do clube, falta visível de liderança e falta de condições de armar um verdadeiro time de futebol, aproveitando o máximo das capacidades desse grupo de excelentes ou bons jogadores.
Nunca e em nenhum momento o nosso INTERNACIONAL esteve com uma imagem tão comprometida e deve ter algo de muito errado, que para mim, está em um comando técnico cheio de soberba, arrogância, distanciado do grupo, sem nenhuma liderança, de aspirações muito pequenas e muito aquém das responsabilidades de um grande clube. Por outro lado, já que não posso estar no Beira Rio, estou “cansado” de ver caretas e mais caretas que só servem para justificar sua falta de visão de jogo e “queimar” os jogadores para as câmeras de televisão. Fazer parte do grupo e estar junto com o grupo, “segurar a peteca”, deixar, principalmente para criticar ou elogiar no vestiário, em qualquer situação, boa ou ruim.
Direção, por favor, vamos exigir mais respeito ao clube, dos e aos jogadores, pois esperava mais e não quero continuar perdendo classificações importantes e títulos em 2012. Este time, resolvendo algumas carências, principalmente da zaga (nem que seja para acertar o posicionamento) e com um padrão de jogo (o excelente seria duas formas de jogar), pode ser excelente e trazer bons resultados em mãos capacitadas.
Antônio Carlos Pauperio – Salvador/BAHIA
Colorado até morrer!
Perfeito o teu comentário, AC! Desde a época do Santos, quando Burrival quis aplicar 10 jogos de punição ao Neymar, ficou explícito o total destempero deste cidadão quando o assunto é (in)disciplina. Sorte do Santos que LAOR quebrou a mão-de-ferro impiedosa de Burrival Jr e o demitiu da Vila Belmiro. Mala suerte a nossa que não temos dirigentes com capacidade e muito menos colhão para quebrar o treinadorismo ditatorial que impera nos vestiários. FORA BURRIVAL!!!
Pauperio! Concordo em gênero, número e grau, com a sua opinião sobre a condução dos casos de indisciplina e que tanto prejudicam à imagem do nosso Campeão de Tudo”. Gostaria apenas de acrescentar que entendo que jogadores “omissos” e/ou “resignados”, com os necessários puxões de orelha, não servem para vestir a camisa de qualquer clube profissional e muito menos o nosso Colorado. Por isso entendo a atitude do Fabrício e do D’Ale quando enfrenta as más arbitragens. Estes, sim, querem jogo, querem vencer e é isto que deveriam fazer todos os outros jogadores do plantel, ou seja: dar o sangue, se preciso for, pelo Clube que defendem! SC
Paupério…o DJ não é o que esperávamos. Falta comando. E o Fernandão deve estar longe do vestiário pois ele tem influencia, mas parece que as panelas continuam a influenciar o comando.
Alô você Pauperio!
Efetivamente não consigo cirurgicamente determinar aonde está a “coisa” mal conduzida” ou não conduzida de maneira ideal, mas que existe não se pode negar. É possivel até que sempre tenha existido e que as habilidades as tenham deixadas cobertas.
SC