A hora da paixão

As vezes me pergunto em que mundo vivem alguns jogadores, alguns técnicos, alguns dirigentes do futebol brasileiro. A resposta é normal: ora vivem no centro do país, em outras regiões que não no sul. Certo. O que dói é a reflexão a seguir. Se vivem por outras bandas, não possuem meios de saber o que se passa por aqui. Sim, porque nós sabemos o que se passa no centro do país.E o centro do país acha que só eles existem. Assim é da política partidária ao futebol, da cultura até a economia…
No futebol isso fica claro quando profissionais vem, aos times de ponta do Rio Grande do Sul, praticar o que sabem. É preciso sempre mais do que um ou dois anos para entenderem a força que move nossas paixões, a força que nos faz orgulhosos de nossas raízes que são diferentes dos demais.
São diferentes e ponto. Ou porque gostamos do futebol de raça (força) ou porque mesclamos raça e toque de bola, inteligencia de estratégia (futebol bonito como dizem no eixo central). Ou porque amamos nossas cores, nossa história acima de qualquer cosia.
Pois o Sport Clube INternacional ensinou a alguns o que é este amor, esta paixão. O Inter conquista muitos destes profissionais que depois se fixam por aqui. Cantam em verso e prosa que são colorados. Foi assim que Abel conquisou a américa e o mundo. Carioca sim senhor, mas que reconehce que aqui tem futebol e dos bons. Foi assim que Fernandão chegou e por vontade própria não sai mais. É por isso que Figueroa nos respeita tanto. O uruguaio Benitz, o Gamarra, Dadá Maravilha, enfim…
Mas tem aqueles que insistem em achar que precisam apenas fazer o óbvio e como são de lá, nós os precisamos amar. Eles não nos devem nada…
Nós vivemos no Inter hoje um momento em que falta paixão. Queria que o Dorival pudesse chorar de emoção e virar 72 horas acordado para montar uma estratégia que vencesse a todos e a tudo. Que reunisse todos os jogadores e pudesse ouvir um compromisso pelo título e não para calar a torcida, pois ela se levantará em uma só voz se ver emc ampo a vontade e a luta “encarnada”de quem conhece a história deste gigante.
Ouço as entrevistas, vejo os casinhos de irritação dos jogadores(as vezes  justificadas) de equívoco do treinador, vejo jogadas arrastadas, descompromissadas e não consigo ver paixão. Em nenhum momento.Seria essa nossa solução por agora?
Vejam quantos gaúchos temos no elenco? Bom mas se amar o INTER vai muito além de ser gaúcho, que tal oferecer algumas aulinhas de história, livros, conversas com torcedores? O convívio por dentro desta grande massa pode mexer com os brios destes caras, depressivos, descontentes, que desacreditam no time, que demonstram claramente não saber o tamanho do clube onde jogam.
Eu tenho certeza absoluta que os profissionais são capazes do títuloq ue buscamos a tanto tempo. Falta motivação, falta paixão. Onde buscar isso?

Adriana Paranhos – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
Conselheira do Sport Club Internacional e Fundadora da FFC (1º Torcida Organizada Feminina)

 

3 thoughts on “A hora da paixão

  1. Grande Adriana! Gaudérios, peleadores e apaixonados! Este deveria ser o sentimento predominante dentro do nosso vestiário. Deveria partir da diretoria o exemplo a ser seguido por todos: diretores, comissão técnica, jogadores e funcionários do clube. Há que se ter nas veias o sangue colorado pulsando forte a cada jogo, a cada lance, a cada discussão na mídia. Quanto a isto, é desnecessário falar sobre os altos salários que circulam sob as arquibancadas do Beira Rio, e, para bons profissionais meia palavra basta! Tens absoluta razão quando colocas em xeque a falta de sentimento pelo Clube e com isso a falta de comprometimento com a causa maior que é a conquista de títulos. Quem sabe um corredor polonês com os jogadores não resolvesse a questão? Oremos, mais uma vez! SC Claudio Saldanha

  2. Alô você Adri!
    Saudades de um senhor chamado Frederico Arnaldo Balvét. Ao que parece não foi aprendida a lição, ou talvez tenha sido esse o defeito do velho comandante, não passou a diante os ensinamentos, não fez o seu sucessor. Nessa razão ditreta estão aqueles que o cercavam. Não observaram e por consequencia, não aprenderam.
    SC

  3. Adriana,profundo e com forte conteúdo para os que tem um pouco de inteligência e amam esse Rio Grande do Sul e o nosso INTERNACIONAL. Sinceramente, esses valores, esse despreendimento para o melhor, essa vontade de ser, de crescer incessantemente e de ser respeitado, representa o que sentimos por esse clube. São sentimentos que só um Gaúcho sente, só um COLORADO vive e só um COLORADO entende. É muito mais profundo que existir. É só existir, se for dessa maneira, amando, se doando, buscando a participação construtiva, sem egoísmos e sem vaidades próprias.

    Muito obrigado por ter contato com uma COLORADA como você, que o “Patrão lá de cima”, nos proteja e que nosso INTERNACIONAL retome o seu verdadeiro caminho.

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