100 por cento, mas ainda sob olhares inquisitores

100% Fernandão, desta vez com gol de Dagoberto

O Inter foi a Florianópolis e venceu. Ponto. Vencer fora de casa no Brasileirão significa crescer na tabela. veremos até o fim da rodada.

São duas partidas dirigidas pelo novo técnico, duas vitórias. 100 por cento, mas ainda sob olhares inquisitores, porque vi um time muito atras, contra uma equipe das mais fracas deste campeonato. Um a zero é pouco pro Inter num jogo como este.
No início do jogo o Figueira foi pra cima e além da cabeçada que raspou o travessão, teve um chute espalmado por Muriel. Nosso goleiro vem aparecendo bem. No mais apenas rondou a área, diante de um Inter bem fechado, com defesa segura. Aliás, segurança que veio em bons lances de agilidade de Ratinho dentro da área. Mas também foi só o que ele fez. Não gosto dele no apoio.Não funcionou hoje, como na partida passada também não. Em um lance de passes rápidos, Dale (tinha que passar por ele) achou o  rápido e tecnicamente bom Fred que cruzou na medida para Dagoberto marcar o único gol da partida. Sim, o zagueiro estava muito mal colocado para marcar o atacante do Inter. Mas a jogada foi boa, rápida e objetiva, com um gostinho de futebol das antigas, com o jogador indo ao fundo de campo e cruzando BEM.
Isso marcava os 20 minutos do primeiro tempo e a partir de então o Inter se assentou em campo.Com mais tranquilidade avançou, pouca coisa e manteve o jogo na intermediária.Esporadicamente foi ao ataque. E num dos lances mais curiosos que vi nos últimos tempos, Jaja soltou um petardo no travessão.A bola se ofereceu a Dagoberto que também acertou a trave e só depois, erroneamente o bandeirinha marcou impedimento. Tivesse acontecido o gol de Dagoberto, ele não ousaria marcar.
De volta do vestiário, o segundo tempo seguiu com o Figueira indo ao ataque de forma atabalhoada, pressionado pela torcida, enquanto o Inter parecia ter escolhido ver o jogo e controla-lo ainda na intermediária.O time do Figueirense é um dos mais fracos técnicamente que já vi jogar. Cada chute um óh de desespero vinha da torcida catarinense. Os minutos foram passando mornamente, até que Indio em cabeçada fulminante botou a bola lá onde a coruja dorme. Pensei que o lance daria motivação ao INter, assustaria o Figueira.Mas ledo engano.Tudo continuou como antes até que fosse ouvido o apito final.
Na modificação de Dagoberto por Marco Aurélio só uma lesão justificaria. Fiquei mais calma quando minha suspeita se confirmou.Não pela lesão que quero não se confirme, mas pela iniciativa obrigatória do técnico. A Troca de Jajá era necessária desde o primeiro tempo.No ataque ele não se sente a vontade. Por isso deixei para comentar o lance capital do segundo tempo só agora. Da bola açucarada de Dalessandro para o Fred (a parceria promete) até segundos depois quando Jajá não deixou a bola para o menino, tocou nela adiantando demais, passou-se uma eternidade de jogadas da partida em minha mente. Em todas elas Jajá passava mal, enrolava-se com a bola, prendia a jogada.Menos quando funcionava de pivô, pois a imposição de fisico lhe dá vantagem suficiente. Mas aquela não era uma jogada de pivô.Gritei não, mas a bola já estava nas mãos do goleiro adversário.
Fabrício e Jajá se superaram nos passes errados. Mas Fernandão confirmou a estrela brilhante que nasceu com ele e o acompanha no Inter. Ficou tudo bem, são tres pontos a mais, a segunda vitória fora de casa e a perspectiva de boa apresentação contra o Vasco, com a  volta de alguns jogadores titulares. e a estréia de Forlan.  Mas tivessemos feito mais um gol apenas e derrubavamos alguns corneteiros, impediamos a imprensa chata de nos metralhar, e a auto estima do time estaria ainda melhor. A prova de fogo é no próximo sábado.Até lá, Fernandão é 100 por cento. E antes que eu me esqueça: Dalessandro teve motivos para se irritar.E não o fez. Isso renderá cronicas de nossos amigos e colegas jornalistas?

 

Att
Adriana Paranhos

2 thoughts on “100 por cento, mas ainda sob olhares inquisitores

  1. Alô você Adri!
    OLha quando se joga contra um time fraco tem que ganhar, certo? Foi isso que o Inter fez sem ser brilhante, assim entendi tua crônica. Apesar da dita fraqueza adversária gostei da dupla de volantes. Não é que o Elton jogou a segunda partida bem?
    SC

    1. Oi Melo. Exatamente. Venceu mas não foi brilhante.No Brasileiro, mais do que ser brilhante sempre é preciso vencer.Por isso está td bem. Acredito que sempre que o Elton jogar longe do Guina ele irá melhor. Mas gostei mesmo dele como lateral e ele já havia sido testado assim pelo Dorival.Talvez jogando de volante quando estamos defendendo e movimentar-se como lateral para surpreender o adversário no ataque seria interessante. Será que pode?

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