Durante todo o campeonato as coisas andaram mal. Começaram mal e foram piorando gradativamente. Houve falta de planejamento, lesões contínuas, má avaliação de jogadores, troca de técnicos e a inexperiência no comando do futebol levavam a pensar que teríamos um triste fim.
E eis que aí surge um INTER totalmente modificado daquele que se vinha apresentando. Agora com atitude, ousadia e superação.
Enfrentou um adversário embalado pela boa campanha aliada à despedida de seu estádio. Fora a tônica reinante durante toda a semana. Os poucos minutos que a mídia dedicava ao colorado eram para falar de crise e do novo treinador, enquanto o adversário, que tomava quase todos os espaços jornalísticos, parecia ter em mãos um jogo jogado. Nos programas de esporte seus torcedores incentivados pela mídia falavam até em goleada. Chegou a hora do jogo e aí surge a grande surpresa.
Aparece um INTER completamente diferente do que se vira durante o campeonato: agora com vontade, atitude e guerreiro. Mesmo em grande parte do jogo contando com 9 (nove) contra 11 (onze) do rival foi um leão, com jogadores até sangrando em campo, enfrentou-o de igual para igual, saindo do estádio como o herói da festa, deixando a equipe azulada com alta dose de frustração. Afinal, tinham até preparado uma volta olímpica e rojões, desperdiçados na ira contra o GRANDE adversário.
E foram os 1000 torcedores (2%) frente aos 45000 do adversário que fizeram a festa. E ainda tiramos a vaga direta deles à disputa da Libertadores.
É este o INTER que nós colorados esperávamos e, quem sabe, seja o prenúncio para o ano de 2013.
Parabéns por ontem colorado! E que venha o rival da “Arena dos Aflitos”.
O Jogo
1º Tempo: Primeiros 20 minutos muito truncados, com disputa palmo a palmo. O rival com maior iniciativa, encontrando nossa defesa muito bem. A dupla de zaga (Índio e Moledo) soberba. E um meio de campo com Ygor e Guiñazu bastante combativos. E D’Alessandro, agora com bastante vontade, ditava as tentativas pela frente. E Fred com algumas tentativas, frustradas pela forte marcação. Se formos analisar, o adversário praticamente não apresentou perigo de gol, exceção do cabeceio de André Lima aos 38’. Mas foi o INTER, através de Damião, quem teve a maior chance de gol da partida. Um cruzamento de Fred e a cabeçada aos 40’com gol escancarado, para fora. O Damião de 2011 não perderia este gol. Poderia ter decretado um célebre “Monumentalço”.
Na medida em que o tempo foi passando, o INTER foi crescendo na partida e enquanto esteve com 11 (onze) manteve-se até melhor no jogo. A bem verdade, de pouco futebol e muita disputa. Afinal era Grenal.
2º Tempo:
Parecia que as coisas iriam se repetir como no 1º tempo, mas a expulsão de Muriel logo aos 2’ deu contornos de que o adversário viria com tudo.
Os primeiros minutos foram de muita confusão e sem futebol e assim chagamos aos 13’ com a expulsão de Damião. Cotovelada impensada talvez, fruto do nervosismo do jogo, mas não dá para esquecer que o mesmo Damião era alvo da violência adversária, tanto que sangrou duas vezes, a ponto de colocar uma toca na cabeça. Não que as duas expulsões ocorridas não tenham sido justas, mas eles também vinham batendo em nossos jogadores e sequer cartões amarelos eram apresentados. A rigor, esse juiz Heber Roberto Lopes nunca me agradou. Lembram do 1º jogo da Copa do Brasil contra o Corinthians lá em S.Paulo? Sim, é aquele juiz que permitiu a cobrança de falta com bola rolando, sonegou um pênalti no Alecssandro no início de jogo e amarelou meio time do INTER, impedindo que alguns não jogassem no jogo da volta em Porto Alegre.
Bem, se as coisas estavam difíceis com 10 (dez) imaginem com 9 (nove).
É claro que o INTER só poderia manter-se na defesa. Mas, com heroísmo, diga-se de passagem. E olhem que as coisas não foram tão terríveis assim, pois o colorado defendia-se muito bem, com os zagueiros, especialmente o grande Moledo, lateral e meio-campistas, todos garantindo lá atrás. E Renan que entrou no luar de Muriel, fez três grandes defesas, também foi um dos destaques colorados. Pelo lado deles, nervosos sem destaques especiais. Os dois articuladores: Zé Roberto e Elano merecem todo o respeito.
A pressão era toda deles. Pudera, contra 9 (nove). E mesmo assim Cassiano que entrou muito bem no lugar de Fred conseguiu pelo menos 3 (três) estocadas perigosas e se não fossem as faltas de Saimon e Pará, não sei não. E aquele cruzamento aos 41’ do D’Alessandro em que Cassiano por pouco não encaixa, mas Pará salvou. Cassiano estava bem e não deveria ter saído.
E esse juiz Heber para dizer que não expulsara somente jogadores colorados, tentou compensar com um vermelho para o Saimon, já nos descontos e, por favor, após o mesmo ter dado um soco em nosso treinador Loss, que também acabou expulso.
E aos 48’ a cena desesperadora do torcedor azulado. Um rojão é lançado contra nosso preparador físico Flávio Soares (Galo). É, meus amigos, o mesmo rojão que estava preparado para a festa da vitória que não aconteceu.
Bem feito, cantaram a vitória a semana inteira (até por goleada) e não levaram. Esqueceram que a camisa vermelha é a mesma acostumada a jogos épicos e heróicos. Afinal, não foi assim contra o Barcelona?
Por fim, o epílogo do Estádio Olímpico não se concretizou em festa sobre o manto colorado. E eles continuaram amargados pelo prólogo da inauguração: Aqueles 6×2 (a maior goleada em Grenais dos últimos 60 anos). E a 2ª maior, a dos 5×2 do Uh Fabiano, também aconteceu por lá.
Fixa Técnica do Jogo:
Escalação do INTER: Muriel, Ratinho (Renan), Moledo, Índio e Fabrício; Ygor, Josimar, Guiñazu e Fred (Cassiano) (Forlán); D’Alessandro e Damião.
Técnico: Osmar Loss
Escalação Adversária: Marcelo Grohe, Pará, Werley (Saimon), Naldo e Anderson Pico (Leandro); Souza, Fernando (Marquinhos), Leo Gago e Elano; Zé Roberto e André Lima
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Local: Estádio Olímpico
Arbitragem: Heber Roberto Lopes (PR)
Público: 46.209
Renda: R$ 1.549.230,90
Saudações Coloradas
Heleno
Adriana,
E para piorar, as indefinições para nomeação da nova Comissão Técnica continuam.
Por favor, não pretendemos ver o mesmo filme em 2013.
Saudações Coloradas
Tudo isso com os mesmos 3 volantes esclados pelo Fernandão e antes ainda, em alguns momentos, pelo Dorival? E aí?Jogam ou nao quando querem? Eu fiquei feliz pelo resultado que obtivemos, que pode ser considerado uma vitória.Mas nao posso deixar de olhar pro ano e pensar que se as peças dentro de campo forem as mesmas em 2013, nao adianta mudar de técnico….
Realmente Heleno um novo Inter ressurgiu no greNAL da despedida deles do nosso salão de festas! Que os bons ventos retornem, que a diretoria tenha aprendido com os erros cometidos e refaça todo o para 2013 e que a direção seja para novas grandes conquistas! Saudações Coloradíssimas!
Flávio,
Depois do rojão, o Heber com medo e para evitar coisa pior encerrou o jogo.
Também penso que com os 11 (onze) em campo teríamos tudo para vencer, uma vez que completos estávamos melhor. Mesmo assim, o resultado foi muito bom. Hoje ao andar pela cidade, vi no máximo uns 3 (três) de uniforme apijamado.
Eles ficaram inconsoláveis e com vergonha. Durante o almoço no restaurante, ouvi da mesa do lado: -Nós tínhamos que ter ganho este Grenal de qualquer jeito. Um outro do grupo, rindo de satisfação: -Vocês não são de nada mesmo. Nem contra 9 (nove), cara, é pra matar. Uma frustração que vocês vão ter que carregar pelo resto da vida.
Acho que este é o sentimento que ficou com eles.
Abraço
Melo,
Na verdade eu pensei no termo MONUMENTALAÇO, eis que na pressa de escrever faltou o a.
Depois de ver a camisa dos azulados que fizeram para a despedida com o termo monumental, cheguei a pensar e propor ao BAC, se ganhássemos é claro, a confecção de umas 50 camisetas com a expressão Monumentalaço e o escore junto para vendê-la na festa do dia 11. Aposto que venderia como água.
Mesmo assim, até daria para pensar, por exemplo, “Monumentalaço dos 9 na Festa Deles”. Pena que está muito em cima do laço.
Abraço
O time todo, inclusive o pessoal do banco, estava imbuído de muita gana neste jogo. Isso é prova de que se pode mais e precisamos, além de reforços de qualidade, saber reorganizar a casa e tirar mais do grupo que temos. Mesmo não querendo desmerecer a atuação de ninguém, preciso fazer uma distinção sob minha responsabilidade à atuação do Rodrigo Moledo. Ele encarnou o que eu acho que não pode faltar a um verdadeiro jogador COLORADO, o espírito guerreiro, destemido, deixando perplexos e atônitos os 45 mil gremistas que contavam com um domingo de festa, que virou pesadelo. Este filme passará para sempre na memória deles. Para nós, mesmo que ao final de um ano que prometia mais, ficou uma sensação positiva. Com medidas responsáveis e concretas, podemos sim mirar um futuro melhor. Temos torcida, temos valores a manter e a melhorar, e algumas mudanças inevitáveis que podem até ser sentidas, mas nem todo remédio tem gosto bom. SC a todos(as).
Alô você Heleno!
Acabo de ver o jgo de novo pelso teus comentários. Mas um elogio especial ao MONUMENTALÇO. Essa foi para fechar o ano.
SC
Infelizmente o Juiz não deu o desconto que havia prometido, pois se houvesse dado, teríamos nos despedido do velho salão de festas com mais uma vitoria, pois jogando com 2 a menos ainda tava fácil, só com um a menos era certa a vitória, mas tudo bem, valeu. Depois do jogo ficou o sentimento de duas coisas, o time azul é muito fraco e como nós conseguimos ser tão piores do que eles. 2012 sepultado, mas com enterro de honra…. hehehehehehe. Esperança se renova para 2013, espero que a Diretoria deixe o próximo treinador trabalhar e que ele saída tirar o maximo desses jogadores, assim teremos um time muito competitivo. Abraço a todos os fiéis colorados.
Vou sentir falta do nosso Salão de Festas !!!!!!!!!!!!