FESTA DO INTERIOR

O INTER pagou o preço por poupar os jogadores titulares.
O futebol do interior do Estado não pode ser ignorado em detrimento de desgaste dos jogadores principais. Por certo que a motivação de um elenco como o do nível do INTER não é a mesma que se tivesse que jogar três partidas por uma Taça Libertadores.
Obviamente que esse carnê não existe na competição continental, mas a motivação não é a mesma.
Do outro lado, um Lajeadense totalmente motivado, pois estava em jogo a oportunidade de defender perante um dos grandes do futebol gaúcho a excelente campanha que vem fazendo até agora. E foi exatamente isto que aconteceu. Vimos um INTER pesado, sem mobilidade, sem avanço dos laterais, com uma zaga atrapalhada e um ataque inoperante por falta de passes. Aliás, o início do jogo foi pesado para os dois lados, com as equipes se estudando.
Aos 3 minutos o Lajeadense tentou a primeira com Jandson, após uma falha em uma bola recuada pela defesa Colorada.
Agenor estava atento e evitou o gol. Um minuto e meio depois a bola na área do Lajeadense não mostrou qualquer perigo para a defesa alvi azul. A falta de entrosamento ficou escancarada quando aos 9 minutos Vitor Junior tentou jogada pela intermediária rolando a bola para a área e ninguém apareceu.
Quem começou a mostrar serviço foi o Lajeadense que aos 26 teve um chute perigoso para a área de Agenor depois do Rafael Aidar passar por Hélder.
O preço pela falta de entrosamento e qualidade técnica foi pago aos 40m 30s do primeiro tempo. Depois de uma falta que evitou um contra ataque, a bola foi chuveirada para a área e Jandson foi mais experto que Alan, tocando na bola e tirando de Agenor, que saiu errado. Lajeadense 1 x 0 INTER.
A tentativa de mudança no intervalo em muito pouco contribui para uma melhora do Inter. Maurinho e Otavinho trouxeram um pouco mais de movimentação, mas nada para empolgar narrador. E o segundo tempo foi tão chato quanto o primeiro. Menos para o time de Lajeado que soube segurar o INTER que tinha em Gilberto a única chama de vontade. Vontade que acabou atrapalhando ainda mais.
Inconcebível o avante ter que buscar a bola na intermediária, fazer jogada na lateral e cruzar para ninguém, pois era ele quem deveria estar lá. Pelo menos teve vontade. Aos 35 minutos a torcida, que veio de todos os lugares do Vale do Taquari, começou a deixar o estádio, pois a prioridade era conseguir sair logo com o carro do estacionamento por que sequer esperança de empate existia.
No intervalo o zagueiro Alan mostrou, a meu ver, a falta de objetivo do nosso Colorado, quando disse que na segunda etapa, o time iria tentar o empate. Ora, tentar a virada seria o correto.
O técnico Flávio Campos no início do jogo disse: “jogar contra o INTER é sempre difícil. Se vieram com o time B não importa para nós. Nosso objetivo é a vitória contra o Internacional.” Essa frase resumiu a vontade do time de Lajeado. A frase do Alan mostrou a falta de preparo do Campeão de Tudo. Destaque positivo: Gilberto pela vontade apresentada. Destaque negativo: Alan, não ganhou uma do Jandson.
Obrigado ao Arquibancada Colorada pela oportunidade. Obrigado Prof. Paulo Melo. Um dia chego no teu nível. Gostaria de ter contado outro resultado, mas foi este que vi.
Perdemos a batalha do Alvi Azul, mas não perdemos a guerra pela Taça Piratini.
“VAMO VAMO INTER!”
Saudações Coloradas.

Fábio Sonntag

5 thoughts on “FESTA DO INTERIOR

  1. Alô você, F Sonntag!
    Como estou fora da área não vi o jogo, mas ouvi alguma coisa. O fato de terem mandado a campo os reservas sem anunciarem com antecedência me deixou triste pois sei que o pessoal fica aguardando o time principal com muita espectativa e aí vem a fru.Poderia ter sidos tração a mesma coisa mas de outra forma não? De qualquer forma nos permitiu”ver o jogo” com teu comentário. tal foi a riqueza de detalhes.
    Forte abraço,
    SC

  2. Fiquei surpreso com a notícia e depois com a confirmação que o nosso Internacional iria poupar os jogadores titulares, pois pensei “cá com meus botões”, poupar para o que? Todo mundo sabe que essas viagens previstas no Campeonato Gaúcho são cansativas e que a disputa regional é assim mesmo. Não acredito que poupar agora é melhor do que buscar um montar um time forte, coeso, entrosado e que dessa forma sejam identificadas as carências e as soluções. Se essas partidas são vistas como possibilidades de melhor observar jogadores, ainda tem alguma validade, mas penso que uma decisão deve ser adotada, ou disputa o Campeonato Gaúcho para ganhar, ou reconhece a falta de interesse na competição e disputa com o time B. O que não pode ser ignorado e não valorizada é a presença da Massa Colorada nesses jogos e a sua expectativa frustrada de ver os seus ídolos. Não sei se é doença, mas não gosto e não aprendi a perder.

  3. Pois é Fabio, para mim quem tem Raphinha, Maurinho e Otavinho é TIMINHO.
    Ressucitaram até o naba do Elton. O que foram aqueles laterais ??? péssimos.
    O imbecil do Josimar quis 3 vezes mais do ganha no INTER para ir para o Palmeiras e fica entregado bola no meio e nós perdemos a vinda do Luan que é muito mais jogador. Acho que quando a maioria do time é ruim, contagia o restante, pois a bola chega quadrada.
    Gostaria de ver o Vitor Junior no time principal.
    O Dunga tem que ter no mínimo 2 ou 3 titulares no banco para este tipo de problema. Ficam na reserva, mas se precisar arrumar o jogo, eles entram.
    Abç.

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