Todos nós já passamos por situações de morrer de raiva . Tem dias que parece que tudo dá errado, o transito infernal, teu chefe nem deu bola para o trabalho que te custou um dia inteiro, o supermercado não tinha troco e te deu uma balinha. Não dá para segurar. Uma coisa destrutiva vai se formando dentro de você e, você acaba descontando todas as suas frustrações cima do marido, esposa, mãe, enfim, em cima de quem não tem nada a ver com a origem do problema.
D’Alessandro anda de parabéns. Tem se segurado e mostrado uma personalidade de verdadeiro capitão colorado. Mas quem devia dar exemplo, como Dunga, tem deixado a desejar. O episódio protagonizado em Caxias, contra o Esportivo representa bem o “estilo” de Dunga. A propósito: lhe deram o nome errado do anão. Ele devia se chamar zangado! Ele tá com raiva de tudo!
Temos que perceber que a raiva por si só não é uma coisa ruim, a raiva é um mecanismo de defesa e foi fundamental pra a sobrevivência das espécies. Um dos mecanismos de auto defesa é a raiva, pois ela de mobiliza contra o ataque alheio.
Tem horas que dá mesmo vontade de gritar e até de agredir uns e outros. O problema surge justamente esse quando essa revolta te faz perder o controle e agir desproporcionalmente, como fez nosso técnico.
Raiva está relacionada à frustração e aparece em 2 tipos de situações:
– Quando você não consegue realizar uma coisa que queria muito – você se sente frustrado.
– Quando você se sente desprezado, diminuído e desvalorizado.
Tem gente que é craque em fazer os outros se sentirem diminuídos (Vanderlei Luxemburgo) e conseqüentemente morrendo de raiva, por exemplo, o lateral que nunca joga, fala mal de todos os jogadores quando não vence e não aceita contestação. Tudo isso mata a torcida de raiva.
Existem duas formas muito negativas de lidar com essa raiva:
– Explodir e perder o controle. Quem perdeu o controle perde a razão, mesmo que a razão esteja toda com ele na hora da explosão ela vai para o “ralo”.
– Abaixar a cabeça. Engolir sapo não é saudável. Normalmente a pessoa que engole é aquela que traz dentro de si uma educação onde deve sempre atender às expectativas dos outros. Quando você tem a crença que as necessidades dos outros são mais importantes que as suas você desenvolve um ego fraco, se torna uma pessoa incapaz de responder e de se impor quando precisa. Saber dizer “Não” é saber cuidar de si mesmo, é enfrentar o problema. Se não conseguir você ficará vítima e refém da raiva.
Não ter raiva nenhuma é tão perigoso quanto explodir de raiva. Mas é preciso aprender a externar os sentimentos na hora certa, do jeito certo. Uma das piores coisas a fazer é disfarçar a raiva, ou seja, D’Alê corre perigo.
Tem gente que diz “Eu me controlo” quando na realidade ele disfarçou, engoliu. Isso é péssimo. Controlar a raiva é aprender a lidar com ela. Daqui a pouco o argentino não suporta a 16° botinada que leva no jogo e estoura.
Para aprender a lidar com a raiva
Sem reprimir, sem explodir e se prejudicar ainda mais deve-se ir a fundo e descobrir quais são as crenças que estão por trás dessa raiva.
Precisamos nos reconciliar com as coisas que nos fizeram sentir frustrados (coisa do tipo: Dunga e árbitros) para começar a superar estas situações e ter a coisa que mais interessa: o controle!
E com controle, esperamos que nosso técnico e nosso meia não façam um “cavalo de batalha” quando as coisas se complicarem no jogo, mas que saibam agir com elegância, como D’Alê semana passada, obtendo o respeito que merece.
Beijocas…
Simone Bonfante – Criciúma/SANTA CATARINA
Inter: no campeonato das paixões és líder invicto e isolado!
Simone, pensei muito antes de colocar meu comentário, mas não gostaria de “deixar em branco” meu posicionamento. Gostei muito das tuas colocações e gostaria de somar acrescentando que respeito a imprensa de forma irrestrita, de maneira geral, pois representa a maior força da democracia e da liberdade, entretanto discordo de mantermos os mesmos comportamentos frente a amigos ou a qualquer outra pessoa da imprensa imparcial e a frente de determinadas pessoas que declaradamente agem como inimigos, somente com o intuito de perturbar, de “levantar lebres”, de provocar o descontrole do entrevistado e que almejam somente criar um ambiente de discórdia. Ao meu modo de ver, fico admirado com o esforço que o comandante técnico do nosso Internacional faz para manter o equilíbrio e penso também que não devemos ter a pretensão de agadar a todos ou simplesmente nos comportamos como os outros querem, esquecendo e anulando os valores que acreditamos e, principalmente anulando a pessoa que somos e que queremos ser. Para encerrar, que bom ser COLORADO e ganhar o primeiro título de campeão do Rio Grande do Sul em 2013. Barba, cabelo e bigode na Taça Piratini, para o desespero de alguns. Alguma dúvida?
Alô você Simone!
Mais um texto de qualidade (já é lugar comum). Mas considerando o episódio Dunga., já vi ele ser alvo de campanha nacional com Rede Globo tentando empurrar ele lomba abaixo e não conseguindo, muito pela postura do “capitão” e pela fidelidade de seus comandados. Imaginando que ele seja muuiito inteligente e tenha se apercebido de que nada adianta denunciar o submundo pois o “carro chefe da imprensa”, é digamos simpática aquela turma da confluência entre os municípios de Cachoeirinha e Gravataí e talvez sonegue informações que não lhes sejam interessantes, ao mesmo tempo que potencializa pequenos acontecimentos tornando-os E N O R M E S. Teria ele arrumado um jeito de chamar a atenção de todo o mundo esportivo? Teria algum cérebro inteligência suficiente para maquinar ou finalizar algo depois dessa denúncia? Caso tivesse feito uma denúncia em uma coletiva a repercussão seria a mesma? As minhas respostas são : Não, não e não.
SC
Hoje o Inter vence a Piratini, vence também a Farroupilha; grenal só no brasileirão e “eles” vão acabar sem nada pois não vão longe na LA…
O Dunga tem que dar o exemplo e se acalmar. Como vai cobrar algo do D’Alessandro assim?
Eu sei como controlar a raiva: São Luiz 0 x 3 Inter, caso contrário conte: 10, 9, 8,7….