Ficamos no empate sem gols no gramado sintético do Passo D’Areia. Com um time misto e sem D’Alessandro, apesar de diversas finalizações, faltou pontaria, principalmente para o Dátolo, melhor em campo e Leandro Damião que também tentou vários chutes ao gol de Vitor, o bom goleiro do zéquinha.
Também não faltou retranca, pancadaria em alguns momentos e a velha conivência da arbitragem, que acabou trancando o jogo a todo o momento, mesmo em jogadas vencidas. Parece que já é uma regra estabelecida pelos árbitros do fadado gaúchão: Reclamar não pode, mas bater por traz no tornozelo do adversário é jogada normal. É sempre a mesma coisa, jogamos contra times ruins, com verdadeiros brucutus em campo, estádios sem o mínimo de condições, gramados péssimos e arbitragens de vistas grossas às pancadarias, colocando em risco a integridade de atletas importantes “caríssimos para os cofres do clube” para outras competições. Por estas e por outras, que sou favorável ao uso de time reserva sim e formulação de um regionalzão ao invés desse campeonatinho de meia duzia de torcedores, com os 6 melhores times de cada estado, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O restante desses times de quebra-canelas que vá disputar um gauchão, catarinão ou paranazão para conquistar uma vaga para os campeonatos principais. Ah! Isto é só minha humilde opinião! E enquanto isso não acontece, vamos ao jogo.
Primeiro Tempo
Sem o principal articulador, D’Ale, e com uma atuação fraquíssima dos dois alas, Fábrício e Gabriel, penamos para manter o rendimento das últimas partidas. Dátolo e Vitor Júnior até não jogaram mal mas não conseguiram manter o mesmo ritmo do D’Alessandro ao meio-campo colorado. No início, até aconteceram algumas triangulações, numa delas, com Dátolo lançando Gilberto dentro da área, no entanto, o desvio passou à direita do gol do Vitor, que havia saido mal no lance. Depois, os meias participaram de uma linha de passes dentro da área, aos 11, que terminou com erro de Josimar.
Fora esses dois lances, antes dos 15 minutos, não assustamos o Zequinha. Seja pelo gramado sintético ou pela falta de entrosamento, já que o time foi alterado em todos os setores para poupar alguns jogadores e dar oportunidade para outros, não repetimos as boas atuações. E o São José não se aproveitou e mesmo com o mistão do nosso Colorado, o zequinha foi dominado e quase não criou jogadas ofensivas. A única foi aos 29, quando Luizinho escorou cruzamento de Diego Rocha. Muriel, sem complicações, ficou com a bola.
Segundo tempo
Dátolo voltou mais interessado procurando o gol a toda momento. Com duas jogadas individuais, tentou a finalização de média distância, mas sem sucesso. Quem mais assustou foi Josimar, ao bater uma falta de longe, aos 6 minutos. Vitor voou para fazer a defesa na grama sintética, molhada pela chuva de Porto Alegre. Duas finalizações com Leandro Damião, outras duas de Dátolo. Nenhuma delas acertou o gol adversário. O São José se assanhou com uma cobrança de falta de Cleber, mas também sem assustar o gol colorado.
Sem criação, Dunga optou por colocar Caio na vaga de Gilberto. O setor ofensivo colorado não esteve em boa noite. O ex-botafoguense até tentou, mas também pouco criou. As duas melhores chances da partida saíram em dois lances estranhos: primeiro, em um bate-rebate dentro da área. A bola sobrou para Damião, que arrematou mascado, de dentro da área. Depois, aos 29, a zaga do zequinha deu uma rosca e quase encobriu o goleiro Vitor, por pouco não marcou contra.
Até o final da partida seguimos no campo ofensivo. Dátolo errou uma cobrança de falta frontal, que havia funcionado com D’Ale no jogo contra o São Luiz. Mas, com a pontaria ruim, não mantivemos a sequência de vitórias.
O próximo compromisso vermelho é no sábado, às 21h, contra o Esportivo, no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo. Já o São José enfrenta o Canoas, no domingo, às 16h, no Passo DAreia. O empate deixou o Inter com 10 pontos no Grupo 2. Na campanha geral, são 25 pontos. Já o São José fez seu primeiro ponto na Taça Farroupilha e continua firme na briga contra o rebaixamento.
FICHA TÉCNICA
Local: Estádio Passo D’Areia, em Porto Alegre (RS)Data/Hora: Quarta-feira, 27/03/2013 – 22h
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Auxiliares: Júlio Cesar dos Santos(RS) e Lúcio Flor (RS)
Cartões amarelos: Diego Rocha, Goiano, Cleber (SJO) Alan (INT)
Cartão vermelho: Agenor Piccinin
SÃO JOSÉ: Vitor; Thiago Mattos, Gustavo, Everton e Diego Rocha; Maycon (Goiano -27/2ºT), Cleber, Bruno Martins, Hugo (Aldair -37/2ºT) e Luizinho (Lucas Gaúcho – 45’/2ºT); Henrique- Técnico: Agenor Piccinin.
INTERNACIONAL : Muriel; Gabriel, Alan, Romário e Fabrício; Airton, Josimar, Vitor Júnior e Dátolo; Gilberto (Caio -22/2ºT) e Leandro Damião – Técnico: Dunga.
Alô você, Saldanha!
Estando fora da cidade do “Campeão de Tudo”, vou me valer do teu elucidativo texto. Em se falando de violência dentro do campo de jogo, entendo ser mais do que na hora de um estudo e encaminhar a FGF, no sentido de preservar o que o público gosta de ver: FUTEBOL. Talvez se deva creditar uma parcela da ausência de público em função desse anti-jogo que podemos ver em todos ou quase todos os jogos. O ingresso é caro e quando se paga é para ver futebol., quem quiser ver UFC tem essa possibilidade em outro local.
Recadinho ao Marco:
Só dois comentários em post do mês de emarço e duas “porradas” ein? Tu até tens razão em algumas colocações mas não enxergas nada de bom? O time tem suas deficiências é claro, mas ganhou de forma indiscutivel o primeiro turno (não se pode medir por outra competição, pois foi só essa que aconteceu) e fez uma série de vitórias como há muito não fazia, jogando contra os mesmos adversários em anos anteriores. Eu to achando que tu estás querendo ser o “bandido do filme”.
Caro MELo !!! É assim mesmo que se escreve. Estou tranquilo quanto as porradas pois sou resistente quanto as minhas convicções. Esses times do Gauchão até com o time de bairro eu ganho. Estes jogos não são parametro para dizermos que estamos preparados e sim para escancarar as deficiências !!!! Nunca disse que não houveram melhoras, certamente o animo do time e o posicionamento melhoraram e já se vê o dedo do técnico. MAs só isso não ganha taças, temos que ter um plantel (reservas qualificados) e não apenas um time titular onde também ainda faltam algumas peças.
Análise precisa, Saldanha! Só batendo muito nos tornozelos é que a zagueirada pode segurar o Damião. E esse Daronco é muito fraco, e não é de hoje. O gramado atrapalha muito, é visível a demora dos jogadores colorados para dominar a bola, girar e passar. Dizer que é igual ao gramado natural é uma baita ignorância. Concordo que o Dátolo foi quem mais se movimentou e procurou o jogo, mas poderia ter se alimentado antes do jogo, pois me pareceu “fominha” demais. Nos escanteios queria fazer gol olímpico e nas faltas, próximas ou distantes da área adversária, em vez de cruzar para a área chutava direto em gol. Em uma delas o Damião reclamou muito. E o Gilberto, hein? Que baita fria! Concordo também com o Marco. Falta plantel sim. Outro dia escrevi sobre isso neste Blog do AC. Para o Gauchão é suficiente, mas dizer que é possível vencer a Copa do Brasil ou o Brasileirão sem contratar reforços, como afirma Souto, é mentir para a imensa nação colorada. SC
Depois eu sou chamado de “limão”. Vimos ontem uma vergonha em relação a “jogadores” reservas para um clube do tamanho do Inter. São jogadores que não poderiam nem passar na frente do Beira Rio. Esse é o plantel que nossa direção diz ser suficiente, conforme entrevista do Luiz SOuto, diz ele: “ Esse time é suficiente para o que vamos enfrentar. Não vi nenhum time que irá jogar o Brasileirão fazer mais do que o Inter. Além do Corinthians, não vejo nenhum clube que poderá se qualificar para chegar ao Brasileiro em uma condição diferenciada. O Inter tem time e grupo, mas não podemos nos abster das críticas. Observamos as carências e as posições que precisamos reforçar. Na segunda onda de contratação tentaremos sanar essas deficiências — disse”. São esses os reservas imediatos de um time que quer ser campeão da COpa do Brasil e Brasileiro. Ah me poupem…….