Algumas observações sobre o nosso Internacional.

Nessa postagem pensei em inovar e fazer “tudo diferente” do normalmente feito, pois tentarei fazer uma sequência de relatos e observações não pontuais. Não sei se vocês irão gostar, mas o objetivo e a intenção de agradar são muito grandes.

Na última quinta-feira, 28/03/13, após o empate em 0 x 0 do nosso Internacional com o São José, no Estádio do Passo D’Areia, em Porto Alegre, em um campo com gramado artificial (sintético), sinceramente ao meu modo de ver, mais apropriado para prática de futebol amador, e, em que mais uma vez o time adversário abusou de faltas e de violência contra os jogadores Colorados, com a conivência da arbitragem. Ficou evidente novamente que, apesar das dificuldades do campo sintético, das faltas contínuas dos adversários e da complacência da arbitragem, e de mais uma demonstração de ser um time guerreiro, muito diferente de 2012, carece ainda de reservas a altura dos titulares. Dos novos, somente Caio tem apresentado muito boas condições de jogar junto ao Damião.

No último sábado, 30/03/13, nova vitória, de 2 x 0 do nosso Internacional contra o Esportivo, no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo, mas com uma atuação novamente abaixo da normal do que vinha apresentando. Fica evidente a cada jogo que o nosso Internacional carece ainda de reservas a altura dos titulares. Dos novos, somente Caio continua apresentado boas condições técnicas de jogar (quando chamado e quando necessária a sua velocidade), junto ao Damião. Os demais ainda estão devendo, apesar das desculpas aceitáveis de falta de ritmo de jogo (embocadura)

Na última terça-feira, dia 02/03/13, houve a convocação da “seleção brasileira”, com jogadores que jogam no Brasil, para “pagar” a dívida pela desgraça ocorrida com o infeliz lançamento de um sinalizador por um torcedor do Corinthians e que veio causar a morte de um torcedor boliviano. Discutível a “forma de pagamento” ou não, não me parece lógica e correta essa “solução”, com a apresentação da “seleção brasileira”, quando ao meu modo de ver, deveria haver uma demonstração clara de repúdio e condenação ao ocorrido e prestar o devido apoio aos envolvidos, não por estarem certos, mas por serem cidadãos brasileiros presos em outro país.

Para ficar bem clara a minha posição, no próximo sábado, em partida organizada para “homenagear” a morte do garoto Kevin Espada, a “seleção brasileira” joga na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Difícil de entender, pois no final de semana, todos os campeonatos estaduais seguem sua rotina normal e a taça do Brasil já em andamento, ou seja, com mais jogos no meio da semana e longas viagens. Mantenho uma posição muito respeitosa em relação à infelicidade da morte do garoto de 14 anos durante uma partida do Corinthians contra o San José de Oruro, na Bolívia, mas não concordo com a forma com que as federações nacionais resolveram “homenagear” esse triste acontecimento.

Mais uma vez uma “verdadeira bagunça” que só satisfaz questionáveis interesses e, infelizmente, Leandro Damião convocado. Espero que ele não tenha nova decepção e não retorne abalado novamente. Depois de ver e escutar certo comentarista esportivo lamentando a não convocação do Fred (Fluminense) e enaltecendo o Pato, imagino que deve ter ficado decepcionado e preocupado com a nova convocação do nosso centroavante. Se fosse possível, para resguardar o atleta e os interesses do clube, o Internacional ou outras agremiações deveriam ter uma maneira de impedir esses abusos com seus atletas.

Não sei qual o ânimo de vocês ao verem a “seleção brasileira” jogar, mas, sinceramente, não consigo me empolgar, somente me irritar. Preparo-me para torcer como antes, mas não consigo. È muito propaganda enganosa e afirmações ditas como verdades absolutas de gente que pensa que somos todos uns idiotas. Vejo uma “panela” em cada convocação e a defesa de grandes interesses. Em vez de prejudicar os clubes brasileiros em jogos meramente de exploração política, deveriam convocar os “medalhões”, aqueles que eles consideram os melhores do mundo, que ganham enormes fortunas na Europa e no Brasil, e que só participam, como se diz entre boleiros, “das boas”, do “mamão com açúcar”. Se quisermos uma seleção brasileira verdadeira os melhores tem que ser convocados sempre, pois só assim poderemos sonhar com mais um título de campeão do mundo, principalmente agora que a competição será realizada no Brasil. Esse tipo de convocação só serve prejudicar os clubes e para criar e frustrar expectativas dos nossos jogadores brasileiros que atuam aqui e gerar novas decepções e problemas para eles e para os clubes terem que enfrentar e resolver.

Após o jogo da Copa do Brasil de ontem, contra o Rio Branco, na Arena da Floresta, Acre, onde mais uma vez a força Colorada desfilou em campo, vencendo por 2 x 0, evidenciando a total falta de critérios na definição de clubes na participação da Copa do Brasil e mais uma vez a sua apresentação deixou a desejar. Parece mentira, mas já faz 20 anos que o nosso Internacional ganhou uma, a única, Copa do Brasil. É chegada a hora de começar a mudar essa história.

Hoje, quinta-feira, dia 04/03/13, algumas pessoas iluminadas resolveram fundar, há 104 anos, um clube que tinha como objetivo principal congregar um povo único formado de todas as raças, todas as crenças, de todas as condições sociais e livres totalmente de preconceitos, para dividir felicidade. O nosso Internacional completa 104 anos de vida. Temos muito a agradecer a esse clube e mil razões para justificar porque torcemos apaixonadamente por ele, que sempre nos proporcionou uma sensação de eterna felicidade fruto de uma história repleta de vitórias, conquistas e incontáveis alegrias.

Fico pensando qual foi o meu maior momento de alegria proporcionado pelo nosso Internacional e fico em dúvida. Será que foi na inauguração do Beira Rio, na inauguração do Gigantinho ou quando dos títulos da Taça Libertadores da América ou do título de Campeão do Mundo de Clubes – FIFA. Não saberia dizer, pois minha maior alegria é continuar sendo Colorado e a cada novo jogo, continuar assistindo vitórias de nosso Internacional e a sonhar agora, com a reinauguração do Beira Rio.