Nosso Templo Sagrado, o Estádio Beira-Rio, completa hoje mais um aniversário. Desde a sua inauguração, na qual estive presente, foram 44 anos de glórias. Foi nele que o INTER construiu suas maiores conquistas em caráter oficial. À exceção do MUNDIAL FIFA, que aconteceu no Japão, todas as finais foram no portentoso Gigante, relembrando: OCTA CAMPEÃO GAÚCHO, TRI INVICTO BRASILEIRO, BI CAMPEÃO DA LIBERTADORES, BI CAMPEÃO DA RECOPA, COPA SUL-AMERICANA e COPA DO BRASIL. A partir de sua inauguração, em 1969, o INTER conquistou 8 (oito) campeonatos regionais a mais que o adversário da então Azenha, bem como mantém uma diferença favorável de 12 Grenais disputados no Beira Rio.
E, sendo um templo tão glorioso, nós colorados não o derrubamos para construirmos outro, simplesmente o restauramos e o modernizamos. E parece ser esta a tendência das maiores casas culturais e esportivas do nosso mundo de hoje.
Com efeito, não daria nem para imaginar a reação dos parisienses ao serem informados de que o maior centro cultural da França, o Museu do Louvre, seria demolido para construção de uma nova casa de artes. Inconcebível esta idéia, ainda mais que o Museu em referência tem mais de 300 anos de existência e, ao longo do tempo, sofreu inúmeras reformas e melhorias, culminando com a última nos anos 80 em que lhe foi adicionada a grande pirâmide de vidro, na entrada.
Pelo que se tem observado, tal acontece em praticamente todas as grandes obras e templos artísticos, culturais e religiosos.
E quanto aos estádios de futebol?
Se você quiser uma pronta resposta, pergunte a um argentino, torcedor do Boca Júnior, se admitiria a derrubada do Estádio da Bombonera para dar lugar a outro mais moderno. Nem pensar! Aliás, tal idéia já foi cogitada em anos passados, tendo em vista ser o estádio considerado ultrapassado, mas os torcedores nunca admitiram tal hipótese. Consideram-no um templo sagrado. Reformas sim, mas que seja preservado. E assim tem acontecido. Em nosso meio, o mesmo se poderia dizer do Maracanã, Pacaembu, Mineirão e Morumbi, que já foram ou estão sendo remodelados, somente para ficarmos com alguns exemplos brasileiros. Modernizá-los sim, mas derrubá-los, não.
Há situações em que foi aceita a demolição do estádio para dar espaço a outro mais moderno, porém no mesmo lugar de antes, a exemplo do Estádio da Luz do Benfica de Portugal e Wembley de Londres.
Em relação ao nosso meio gaúcho, ao contrário de outros, parece que o pensamento de manutenção da estrutura original do Estádio Beira-Rio prevaleceu no bom senso colorado. Apenas foi aceita a idéia de remodelá-lo, adaptando-o aos atuais padrões da FIFA. Demoli-lo, nem pensar! Isto significa dizer que foi preservada a imagem vitoriosa de seus 44 anos de existência. Em tempos recentes, até houve proposta de construtora portuguesa para substituí-lo por outro no mesmo terreno, mas tal proposição sequer foi adiante. Ainda bem.
Aí a se perguntar: Por que esta resistência em mantermos a estrutura original do nosso Estádio. Estaria vinculada a custos? Também, mas o cerne da questão parece ser outro.
No fundo, sentia-se que os colorados, principalmente os dirigentes, queriam remodelá-lo, sem construir um novo estádio. Talvez movidos pela integração das vibrações e energias positivas que o mesmo estádio nos proporcionou, ao longo de seus mais de 40 anos de vida.
E esta idéia de preservação, na qual sempre me mantive engajado, parece estar impregnada no seio da grande massa colorada.
Não é para menos, porque nós colorados temos motivos de sobra em lá permanecer, enquanto outros tentam novos locais, como fuga, talvez à procura de vitórias tão escassas em seu acervo, nos últimos tempos.
Portanto, colorados, sigamos em frente, agora com o GIGANTE PARA SEMPRE.
Saudações Coloradas.
Heleno
Rocha,
Embora torcedor adversário, gostei de receber teu acesso ao Blog e comentário. Afinal, nosso BAC é aberto a todos, desde que mantidos os princípios da cordialidade e educação.
Tenho diversos amigos como tu, torcedores do nosso rival e também lamentaram a decisão de mudança do Estádio Olímpico para a Arena. Ao que me parece, e pelo que percebi, é teu também teu pensamento lamentando o fato de abril mão de um estádio e patrimônio próprio para ficar na dependência de terceiros, com prejuízos ao próprio Clube. A mídia tem explorado muito essa situação. E olhe que ao lado do Beira-Rio e Morumbi, o Olímpico situava-se entre os 3 (três) melhores estádios particulares do País. Acompanhei o sofrimento de Hélio Dourado e do próprio Fábio Koff que não desejavam o que foi feito. E por interesses outros, que não me compete analisar e comentar, aconteceu o fato, talvez contra a vontade da maioria dos torcedores do Clube.
O que nós colorados percebemos é que a Arena está menos identificada com que era o Estádio Olímpico para vocês.
E nós colorados, pelo que se pode observar, estamos mais felizes com a remodelação e preservação do Gigante da Beira-Rio.
Coisas da vida!
Um abraço
Belo texto, mas a parte que falaste da “turma da Azenha”, saiba que não se aplica a todos nós.
EU nunca fui a favor de sair do Olímpico, porque ali é a CASA do meu querido Grêmio, ali está a sua história, ali desfilaram PARTE de seus maiores craques e lá foram erguidos os seus maiores troféus.
Mas o que eu poderia fazer? Metralhar toda essa CORJA que vendeu o Grêmio deixando-o sem patrimônio? Sinto muito, tenho uma vida pra viver, futebol NADA ME DÁ, aliás, só quem ganha são os “jogadores”, um bando de mercenários que sequer sabem chutar uma bola, por mim, estavam todos puxando carroça, não dou UM CENTAVO do meu suado dinheiro pra sustentar vagabundo.
Se o CONSELHO do Grêmio recheado de gente letrada permitiu que tudo isto acontecesse, eu lavo minhas mãos.
LEMBRE-SE, existem gremistas que sempre foram, são e serão contra isto que foi feito contra o clube.
Saudações e parabéns por seu clube manter a HISTÓRIA.
Arquidaban,
Com poucas palavras disseste tudo.
Ao contrário de outros, tanto que o deixaram para ser demolido, nós colorados nos orgulhamos do Beira-Rio palco da nossa contínua felicidade. Abandoná-lo jamais!
SC
Gigante para Sempre. No mesmo lugar para sempre. Na beira do rio para sempre. Herdeiro de milhões de vozes que já se calaram. À espera de outros milhões de colorados que irão torcer, vibrar, gritar, cantar junto com o time do coração, o SPORT CLUB INTERNACIONAL! É isso mesmo, Heleno. Remodelar, atualizar, renovar. Jamais destruir ou mudar. SC
Maryne,
Pois é, também contribuí com alguns tijolinhos na construção do nosso Beira-Rio.
Valeu a pena minha modesta contribuição. Podes acreditar!
Abraço
Alô Mestre Melo,
Tive o privilégio de conhecer o Pinheiro Borba. Um gorduchinho, baixinho e calvo. Era português de nascimento. De uma simpatia inigualável. Sempre o via no elevador do Ed. Comendador Azevedo – Uruguai, 155. A turma da Azenha mexia com ele, falando no projeto da “Boia Cativa” e que o seu estádio dos sonhos estaria sempre inundado. E o velhinho sorrindo, sem perder a postura, dizia: Não mesmo! Se de lá se vê o mais belo por do sol do mundo, também terá a proteção divina. Espere e verão.
Sábia profecia. Por questão de justiça e reconhecimento àquele idealizador, que poucos colorados sabem, o. “Gigante da Beira-Rio” recebeu o nome oficial de “José Pinheiro Borda”.
Que continue nos dando alegrias.
Saudações Coloradas
Meu pai me contava sobre os domingos em que ia levar seu tijolinho para ajudar na construção do Gigante. Hoje eu é que estou ajudando com o que posso para ver cocluida essa obra que nos dará muita alegria.
Alô você Heleno!
Muitas emoções e muitos Títulos. O “velho” PInheiro Borda, entrou para um SPA. Logo depois vai passar pelas mãos da equipe do Pitangui, . uma academia para tonificar e até quem sabe um viagra. Tudo pronto, segurem o Velho!
SC