Quem não ouviu de nossos avós e pais sobre os craques do passado do nosso Inter? Eu que sempre fui parceira de meu pai no futebol e ouvia atentamente histórias fantásticas e pitorescas da época do Rolo Compressor, assim como dos jogadores das décadas passada. Lembro que eu ficava fascinada quando me narravam que em plena década de 60 os goleiros (Miltom Vergara e Manga) não utilizavam luvas e nem caneleiras. Que as concentrações eram realizadas no Glorioso Estádio dos Eucaliptos e em dias de muito calor e mosquitos, os jogadores colocavam ao ar livre suas camas em pleno gramado do estádio. Também, ouvia que os grenais as torcidas ficavam lado a lado e usavam roupas de passeio (fatiota e gravata, rsrs e vestido godê com óculos escuros e bolsinha de mão combinando). As vezes penso que nasci na época errada, essas lembranças destas narrativas me passavam um sentimento de humanidade entre todos que participava do grande espetáculo: Futebol.
Milton o goleiro do greNAL de Inauguração do Olímpico(Imagem: Arquivo BAC)
Meu pai comentava que os dirigente se reuniam na Rua da Praia com chapéu para arrecadar numerário para pagar os jogadores, pois na época não havia profissionalismo, portanto nada de CLT ou Estatutos da Lei Pelé e nem ao menos janelas para negociação com jogadores fora do Brasil.
Lembro que quando menina, na década de 70, eu ficava encantada com os torcedores da coréia que no intervalo dos jogos, disputavam partida de futebol com uma bola feito de meia. Que encantamento e simplicidade, além do amor à camiseta que percebíamos no sangue que fluia de cada jogador.
Lembro que nos últimos dias de meu Pai, eu prometi que faria um projeto para resgatar a alta estima de ex-atletas, e iniciei uma jornada com apoio de alguns colorados, entre eles: a Grande Soninha Colorada. Fizemos visita ao Milton Vergara , ao qual nos relatou, durante uma tarde, histórias hilárias das concentrações do jogadores na Praia da Alegria (Guaíba), estes atravessavam de balsa.
O lendário Ailton Correa de Arruda- Manga (Imagem: Site do Inter)
Tivemos o privilégio, também, de ser recebidas pelo lateral direito Luisinho, fantástico, um senhor com 82 anos e com muita saúde, descrevia cada gol que realizou pelo Internacional.
Portanto, deixo aqui um pedido especial: vamos resgatar a história do nosso Inter, interagindo e aproximando os ex-atletas do Beira Rio. Todos têm interesse em participar fazendo visitas a instituições de saúde e de caridade. Acho que seria fantástico e deste forma estaríamos ajudando muitos a resgatar a alta estima.
Contem comigo e tenho um projeto pronto com parceria da Universidade, englobando apoio de assistente sociais, psicóloga e historiadoras.
4 thoughts on “Os Craques do Passado”
Cláudia,
Falar do passado é remontar ao 1º time colorado que ainda piá escutei pelo rádio lá no interior e nunca mais esqueci: LA PAZ, FLORINDO e ORECO, MOSSORÓ, ODORICO e LINDOBERTO; LUIZINHO, BODINHO, LARRY, JERÔNIMO e CHINESINHO.
De lá para cá, especialmente em toda era Beira-Rio, desde a inauguração, sempre esteve presente em mim.
SC
Meu cunhado falou que era fá do Edevaldo, lateral direito que veio do Fluminense para o time de 1982, do Ernesto Guedes…outro Inter, outras épocas, vai saber…
Cláudia, excelente a tua postagem sobre nossos “velhinhos fantásticos”. Posso afirmar que graças a meu velho e querido pai, que hoje torce “Lá de Cima”, que me levava aos jogos e me deixava assistir agarrado ao alambrado, consegui ver, curtir e viver momentos mágicos entre tantos ídolos, principalmente nos Eucaliptos e, mais tarde, no Beira Rio. É um privilégio dos 66 anos (67, no domingo) vividos intensamente, em todos os sentidos, com esse sangue e amor Colorado correndo por todas as veias. O maior mérito que vejo em seu comentário, gostaria de salientar, é ver que ainda existem pessoas que são gente, gente como você demonstra ser com tuas colocações e atitudes, Em um tempo em que as pessoas só pensam em si mesmas, de forma única e egoísta, é muito bom ver que determinados valores ainda existem e que são vividos por alguns. Como Colorada, não me espanta e não me causa surpresa.
Um abraço Colorado
Pauperio
Alô você Claudia!
As histórias de um futebol poético me tocam muito. Também ouvi muitas histórias contadas pelo meu pai. As concentrações as escapadelas noturnas para visitarem os cabarés, as chegadas ao amanhecer com a famosa ressaca e atuações icnacreditavelmente extraordinárias, fazem parte do acervo. Claudinha, de certa forma o BAC vem fazendo isso há 04 anos, valorizando a participação de ex-atletas na gloriosa história do SC Internacional, queira Deus que consigamos deixar esse legado aa grande massa colorada ao MAR VERMELHO.
sc
Quem não ouviu de nossos avós e pais sobre os craques do passado do nosso Inter? Eu que sempre fui parceira de meu pai no futebol e ouvia atentamente histórias fantásticas e pitorescas da época do Rolo Compressor, assim como dos jogadores das décadas passada. Lembro que eu ficava fascinada quando me narravam que em plena década de 60 os goleiros (Miltom Vergara e Manga) não utilizavam luvas e nem caneleiras. Que as concentrações eram realizadas no Glorioso Estádio dos Eucaliptos e em dias de muito calor e mosquitos, os jogadores colocavam ao ar livre suas camas em pleno gramado do estádio. Também, ouvia que os grenais as torcidas ficavam lado a lado e usavam roupas de passeio (fatiota e gravata, rsrs e vestido godê com óculos escuros e bolsinha de mão combinando). As vezes penso que nasci na época errada, essas lembranças destas narrativas me passavam um sentimento de humanidade entre todos que participava do grande espetáculo: Futebol.
Cláudia,
Falar do passado é remontar ao 1º time colorado que ainda piá escutei pelo rádio lá no interior e nunca mais esqueci: LA PAZ, FLORINDO e ORECO, MOSSORÓ, ODORICO e LINDOBERTO; LUIZINHO, BODINHO, LARRY, JERÔNIMO e CHINESINHO.
De lá para cá, especialmente em toda era Beira-Rio, desde a inauguração, sempre esteve presente em mim.
SC
Meu cunhado falou que era fá do Edevaldo, lateral direito que veio do Fluminense para o time de 1982, do Ernesto Guedes…outro Inter, outras épocas, vai saber…
Cláudia, excelente a tua postagem sobre nossos “velhinhos fantásticos”. Posso afirmar que graças a meu velho e querido pai, que hoje torce “Lá de Cima”, que me levava aos jogos e me deixava assistir agarrado ao alambrado, consegui ver, curtir e viver momentos mágicos entre tantos ídolos, principalmente nos Eucaliptos e, mais tarde, no Beira Rio. É um privilégio dos 66 anos (67, no domingo) vividos intensamente, em todos os sentidos, com esse sangue e amor Colorado correndo por todas as veias. O maior mérito que vejo em seu comentário, gostaria de salientar, é ver que ainda existem pessoas que são gente, gente como você demonstra ser com tuas colocações e atitudes, Em um tempo em que as pessoas só pensam em si mesmas, de forma única e egoísta, é muito bom ver que determinados valores ainda existem e que são vividos por alguns. Como Colorada, não me espanta e não me causa surpresa.
Um abraço Colorado
Pauperio
Alô você Claudia!
As histórias de um futebol poético me tocam muito. Também ouvi muitas histórias contadas pelo meu pai. As concentrações as escapadelas noturnas para visitarem os cabarés, as chegadas ao amanhecer com a famosa ressaca e atuações icnacreditavelmente extraordinárias, fazem parte do acervo. Claudinha, de certa forma o BAC vem fazendo isso há 04 anos, valorizando a participação de ex-atletas na gloriosa história do SC Internacional, queira Deus que consigamos deixar esse legado aa grande massa colorada ao MAR VERMELHO.
sc