Ontem, dia 02 de Julho, dia da Independência do Brasil, na Bahia, pois esse Estado lutou pela liberdade e nessa data, em uma das festas mais especiais para os baianos, com o desfile do Caboclo, que valoriza a importante participação nas lutas que teve o elemento indígena identificado, simbolicamente definido como o “verdadeiro brasileiro”, o dono da terra, que somara seus esforços aos demais combatentes.
Sempre com intenção de valorizar e apresentar fatos que caracterizam essa luta do povo baiano, gostaria de citar o episódio da vitória na Batalha de Pirajá como decorrente de um toque errado de corneta. Temendo ficar sitiado, o Major José de Barros Falcão, no comando de posição-chave, mandara tocar a retirada, mas o corneteiro Luís Lopes, um português que combatia do lado brasileiro, fez o oposto: deu o toque primeiro de avançar cavalaria e, em seguida, o degola: os inimigos, acreditando a chegada de reforços, saem em debandada e os brasileiros, quase derrotados, saem vitoriosos da pugna.
Voltando ao presente, lendo um comentário sobre uma postagem sobre “confiar no Presidente”, fiquei desafiado a escrever sobre esse assunto.
Qualquer Colorado torce para que qualquer direção tenha sucesso e nesse momento, mesmo não tendo perdido a confiança, está apreensivo quanto ao futuro do nosso Internacional. Justo ou não, respeito qualquer opinião, principalmente em se tratando do nosso Internacional e da Massa Colorada.
Seria inverdade negar que 2011 e 2012 não foram bons anos para o nosso Internacional e que foi depositada na reeleição da diretoria, ao final de 2012, no Presidente, a esperança de mudanças necessárias e inadiáveis.
A montagem de um grupo qualificado e competente para formar uma comissão técnica de respeito foi o maior mérito até agora. Dunga, Paixão e companhia possuem a mais alta qualificação e é quase a garantia de sucesso, mas não são tudo. Para que esse sucesso seja alcançado, precisam de um elenco à altura do nosso Internacional e dos anseios de sua torcida.
A falta de contratações para suprir as carências, velhas conhecidas de todos, do time principal, é o ponto mais negativo, somado ainda a venda de jogadores, já “encaixados”, Fred e Moledo e a manutenção de atletas que não agregam nenhum valor ao clube, só mais despesas.
Ninguém é tão leigo que não considere um ano atípico, sem o nosso Beira Rio, com baixas arrecadações, alto custo da folha e demais despesas para a manutenção do clube em atividade e disputando competições importantes. Junto a isso podemos agregar essas declarações na imprensa que só procuram criar esperanças, iludindo a torcida e que só fazem aumentar a desconfiança e gerar frustrações.
Confiança existe, sempre existe, principalmente a cada novo mandato, independente de quem esteja na direção. Confiar todos nós confiamos, mas já começamos a temer a repetição dos anos anteriores.
Para encerrar, tenho conversado com vários torcedores Colorados e não encontrei até agora um que não esteja apreensivo e esperando alguma reação. Particularmente, por tudo que já escrevi, eu não acredito em alguma grande mudança de rumo, em um futuro próximo, não é coerente com que estamos presenciando, e começo a ficar mais uma vez completamente frustrado com as ações da direção no momento atual. Não é possível que tudo o que de errado foi feito nos anos anteriores não tenha servido de aprendizado para que não se repita. Procurar entender o que está acontecendo e tentar justificar, pois seria admitir falta total de um mínimo de humildade e inteligência nessa atual direção.
Apesar disso tudo a confiança existe, mas já começa a esmorecer e a criar um sentimento de descrença no futuro e o desejo de reclamar, mesmo que não seja ouvido, mas não quero ficar quieto, me omitir, vendo o nosso Internacional lutar pra se manter na classificação que está hoje no Campeonato Brasileiro e a ouvir desculpas “esfarrapadas” quando não conseguir ganhar a Copa do Brasil e conseguir a maneira mais fácil de chegar a Libertadores de 2014.
Apesar de desconfiado, me nego a acreditar que no planejamento de 2013 esteja somente manter o nosso Internacional classificado para o Campeonato Brasileiro de 2014, pois seria um absurdo e um despropósito monumental.
De forma a esclarecer alguns Colorados que leram a postagem e ficaram procurando entender essa história de 02 de Julho, procurei e encontrei um texto no Correio da Bahia, de 03/07/13, que resumidamente traz informações sucintas e bem esclarecedoras e coloquei mais algumas informações que penso qualificar ainda mais o texto..
Quando Pedro I declarou a independência do Brasil em relação à coroa portuguesa, em 07 de setembro de 1822, surgiram diversos conflitos regionais entre os separatistas e tropas que ainda eram fiéis ao governo português. Na Bahia, o domínio lusitano já estava desgastado desde 1798, ano da Conjuração Baiana. No início de 1822, a coroa portuguesa nomeou um novo comandante das armas para a província da Bahia. O militar Madeira de Melo tinha a função de reprimir as ideias separatistas e assegurar a supremacia da coroa sobre os nativos. Em fevereiro daquele ano, soldados portugueses invadiram o Convento da Lapa (local de visitação obrigatória dos turistas em Salvador) para prender os rebeldes. A ação resultou na morte da abadessa sóror Joana Angélica, que agarrada aos portões do Convento enfrentou as baionetas portuguesas, sendo considerada a primeira mártir do levante baiano pela independência. O desejo pela liberdade tornou-se mais intenso e ganhou força em cidades do interior do estado, como Santo Amaro e Cachoeira (cidades também com muita visitação e com muita história a saber), no Recôncavo baiano. Nessas cidades se agruparam brasileiros de todas as cidades vizinhas e de lá partiram para Salvador. Depois de um ano de batalhas sangrentas, em 02 de julho de 1823, os brasileiros conseguiram expulsar os soldados portugueses de Salvador, proclamando assim, definitivamente, a independência da Bahia e do Brasil. A figura do caboclo se tornou símbolo da batalha, em homenagem aos índios e mestiços que estiveram nas lutas. Todos os anos, as imagens do Caboclo e da Cabocla são levadas todos os anos do Largo da Lapinha até o Largo do Campo Grande (onde sempre á acesa a pira do Fogo Simbólico), percorrendo os caminhos que foram palco dos conflitos. Como já havia comentado anteriormente, acredito que seja a festa que mais representa o povo baiano, por permitir a participação livre, popular, todo tipo de manifestação e principalmente passa de pai para filho uma história maravilhosa e mantendo viva a tradição baiana, assim como nós gaúchos, festejamos nossa Revolução Farroupilha, nossos heróis e nossas tradições (que saudade do meu Rio Grande do Sul).
CONCORDO EM PARTE COM O PAUPERIO. A BASE (CT) É MUITO BOA MAS MATÉRIA PRIMA ´DE QUALIDADE SÓ SAIU. É VERDADE QUE CHEGOU O J.HENRIQUE, MAS É MUITO POUCO. E A BASE EIN? NADA?
A apreensão é um sentimento comum a todos nós, Colorados, neste momento. E a maior causa desse sentimento vem de meses atrás, quando se começou a falar em Robinho, Diego, Nilmar e Julio Batista. Quem colocou esse assunto na mídia? A própria imprensa gaúcha ou a Direção do INTER? Acreditei que tenha sido a Direção, e que só se esperava a janela se abrir. Até agora, nada. Gostei da contratação do Jorge Henrique e também do Ednei, em quem deposito muitas esperanças. Mas é preciso mais, pois houve vendas (Fred e Moledo)., e estamos acostumados a olhar para o banco e ver substitutos de muita qualidade, que seriam titulares em muitas equipes da Série A. Basta lembrar de tempos recentes, quando Giuliano, o melhor jogador da Libertadores 2010, era reserva! Mas quando essa realidade começa a mudar nós, torcedores, ficamos a pensar até onde o Colorado pode chegar? E aí ficamos muito preocupados mesmo, meu amigo Paupério! SC
Alô você Pauperio!
Oportuno assunto no momento em que o presidente vem a público se pronunciar sobre a atual situação.O presidente pergunta na entrevista: -“Quem fez uma grande contratação no Brasil este ano?” Por outro lado uma constatação minha. Valores de destaque de grandes clubes foram embora exemplo de Neimar e Paulinho. De fato o Inter não é diferente da realidade brasileira atual. O Galho é que mesmo sabedor disso tudo tenho o mesmo sentimento que tens: apreensão, insegurança, incerteza etc.
Oremos!
Melo, penso que algumas pessoas são diferentes de nós e parecem estar em outro Brasil, pois não é possível desconhecer as contratações excelentes feitas pelos grandes cubes brasileiros. Pode ser possível que esse pessoal não leia jornal ou não assista os programas de televisão ou, na pior das hipóteses, o problema é de inteligência e não conseguem entender o que está acontecendo no futebol brasileiro. Em determinados momentos penso que se trata até de falta de respeito à inteligência dos torcedores Colorados. Posso estar enganado, mas grandes contratações não significam repatriar jogadores com qualidades questionáveis, reservas em seus clubes e já quase em final de carreira. Sinceramente, não gosto desse jeito de encontrar justificativas nos outros, fazendo comparações sem sentido e meramente com o intuito de arranjar “desculpas esfarrapadas” para não dizer a verdade. Pode ou não pode contratar, tem dinheiro ou não tem, o resto é “conversa mole para boi dormir”. A verdade, hoje em nosso Internacional, é só uma, vender bons jogadores pode, contratar bons jogadores não pode. Desse jeito é mais um ano de 10º, 11º ou 12º lugar…