Mais do que na técnica: na força!
O Internacional entrou em campo para jogar contra o América mineiro, numa noite quente para o inverno gaúcho, de sangue doce.
Com Jackson como volante, Josimar não sabia se saia ou ficava, a saída de bola estava enrolada e nada acontecia.
Mais uma vez, diante de uma defesa implacável, o time não conseguia sequer triangular a bola, quanto mais abrir espaço e então concluir a gol.
Numa cabeçada forte, mas sem direção, Jackson foi o único que concluiu a gol pelo lado do INTER, enquanto o América se defendia e se projetava à frente, como time grande.
Primeira grande conclusão da partida: não existe jogo fácil. Nós mesmo podemos complicar e se o adversário estiver ligado, e tiver o mínimo preparo físico, pode nos levar ao estresse máximo.
Foi assim que saiu o gol do América. Numa jogada em que a bola teimou em rondar a área do INTER, Juan estressado preciptou-se na marcação facilitando o drible para o melhor deles, que fez de bico.
Os minutos restantes do primeiro tempo foi de desacerto total.
Na volta, quando todos esperavam a saída de Dátolo, que pouco apresentou no primeiro tempo, Dunga surpreende e retira Jackson, colocando mais um homem de frente. Homem que trouxe mais qualidade para o ataque colorado.Qualidade e força. Jorge Henrique foi o sinal para a blitz que em 3 minutos virou o jogo. Mas antes das jogadas que resultaram no score positivo, uma observação. Se tem mais gente na frente, não sobra ninguem na marcação, e é mais fácil encontrar alguem desmarcado. Eles não conseguem atacar…
Vai com a correria daqui, a força dali, o cara se estressou e botou a mão na bola. E mão na bola dentro da área é penalti. E penalti nos pés de Dale é gol.
A força continuou e numa jogada sensacional do Dale, que correu para armar, depois correu numa diagonal para receber e cruzar virando todo o jogo para o Forlan que bateu e no meio do caminho encontrou o zagueiro tonto. Gol contra que acabou sendo do Forlan. Merecido porque jogou muito sem bola. Dai por diante, ainda que o América se mostrasse guerreiro e um time muito obediente em campo, taticamente bem agrupado, o Inter criou mais chances com Dátolo, que começou a aparecer muito bem. Por fim, em nova assitencia de Dalessandro, em outro cruzamento fantástico, a bola encontrou Maurides, e morreu nos fundos da rede. Maurides morreu, no melhor dos sentidos, na maca que o retirou do jogo logo depois da comemoração. Em acrobacias maravilhado pelo gol aliviador, marcando em favor deste grande clube de futebol, o menino entusiasmado torce o joelho.Mas já havia deixado a sua marca e o coração dos colorados mais equilibrado.
Foi tres a um, na base da força, do técnico e da superação. Em Minas não será fácil.
Adriana Paranhos
Adriana, sinceramente não gostei da apresentação do nosso Internacional, possivelmente resultado de tanta improvisações. O caso do Willians realmente deve ser analisado com cuidado, pois um deslize (ou falha) desses não pode acontecer. Fiquei sem entender o que aconteceu, pois a desorganização foi muito grande em campo e a atuação foi totalmente “suor” e de exceção, somente o sempre excelente D´Alessandro.
O INTER se mostrou um time competitivo no segundo tempo, quando esteve mais arrumado taticamente. O Jackson é um bom zagueiro, de muito futuro. Mas o Dunga irá queimá-lo se colocá-lo a jogar de volante. Uma curiosidade: o número da camisa do Maurides era a 31 e o placar foi 3 x 1! Lá em Minas será mais fácil, pois a pressão do resultado estará sobre eles. SC
Adriana,
Ontem vi dois INTER em campo. O do 1º tempo nada criou e nenhum chute a gol. O time estava todo desengonçado, com a forte marcação e bom futebol dos mineiros. No 2º, sim, um outro INTER. Para mim a entrada do Jorge Henrique foi providencial, mudou o time e com D’Ale, sem a forte marcação do 1º tempo comandou. E aí todos melhoraram, menos o Gabriel, salvo aquele passe de calcanhar para o D’Ale, no lançamento do gol, não foi bem. No 1º tempo quando deveria, quase não apoiou e no 2º quando ía à frente deixava um boqueirão pela direita e todas as jogadas do América no 2º tempo foi por aí. O Índio, apesar de velhinho, continua sendo o cara.
SC
Alô você Adri!
O D’Ale de novo foi o diferencial no time do Inter, a D’Aledependência é real. O teu texto diz tudo a vitória foi com a cara do Capitão do tetra o C.Caetano, muito suor muita dedicação. Também concordo que lá não será nada fácil até porque na matemática dessa competição temos só um gol de vantagem pois tomamos um em casa.
SC