Peço licença a vocês para falar, novamente, sobre meu maior ídolo colorado… Ele que exatamente hoje completa cinco anos no clube!
Lembro daquele dia como se fosse hoje…
Saí do trabalho e fui direto para o Beira Rio e pela primeira vez, decidi ficar no meio da Popular. Canta daqui, pula de lá, e o jogo que é bom, não vi quase nada…
Mas o que mais me marcou foi a histeria geral na torcida e todos olhando para os camarotes e cantando “D’Alessandrooooo, e dá-lhe D’Alessandroooooo”! Confesso que pensei que era exagero, só porque se tratava de um argentino… Me perdoa, D’Alessandro, eu não sabia de nada…
Naquele jogo, depois de uma falha terrível de um zagueiro que não nos
representa mais, vimos o time adversário marcar o único gol da partida e amargamos uma volta para casa de cabeça inchada… Mas aquela festa toda para o novo reforço, diminuiu um pouco da ressaca no dia seguinte. Mas e ele, o que estaria pensando o cara que chegou ao seu primeiro (e único, tenho certeza) desafio em solo brasileiro, depois de ver seu novo time ter uma atuação terrível recompensada com uma derrota?
Em seguida tivemos sua estreia, justamente em um GreNal! E fez uma boa estreia! Mas o que nos encantou foram, e são, as características que elevam este gringo ao patamar de ídolo: total empatia com a torcida, simpatia, genialidade, explosão, paixão, jogadas fantásticas (que apenas os deuses conseguem fazer no futebol), inteligência, craque, maestro… Liderança incontestável!
Nos acostumamos a ver sua jogada inconfundível, mas que sempre confunde os adversários: La Boba! A jogada onde todos sabem o que o maestro irá fazer, mas sempre ficam desconcertados frente ao gênio e a bola, sua fiel companhia!
Logo no seu primeiro ano com a camisa colorada, veio a conquista do título, até então, inédito ao futebol Brasileiro: a Copa Sul-Americana! Naquele campeonato, teve ao seu lado aquele menino, o menino do Beira Rio, que voava em campo e marcou o gol do título…
E depois deste, não parou mais de comemorar títulos! Em 2009 veio o Gauchão e ele pode então sentir como é bom mandar aqui no Rio Grande! E na sequência da temporada, o vice da Copa do Brasil em um jogo em que o meia garante se envergonhar de suas atitudes… Então, deixemos para lá…
E foi em 2010 que pode comemorar uma das maiores glórias para os times sul americanos: a Taça Libertadores da América! E naquele ano vimos em campo o maior jogador da história atual do Inter mostrar o motivo de tanta idolatria: o cara destruiu a Libertadores, juntamente com Giuliano, infernizaram as defesas adversárias! Não teve para mais ninguém! D’Ale, maestro colorado, foi eleito o Melhor jogador das Américas! E nosso Inter, Bi-Campeão da Libertadores da América, vendo novamente a América sendo pintada de vermelho! A grandeza deste título e de tuas atuações não foram sequer manchadas pela tristeza que se abateu após a fraca campanha no Mundial!
E sua quarta temporada com a camisa colorada veio com tudo novamente, conquista do título gaúcho e conquista da Recopa no segundo semestre. Mas foi aí que nossos maiores medos tiveram início: os milionários do futebol começaram a ver nosso maestro com olhos de cobiça… Mas, graças a Deus, a oferta foi baixa e o gringo continuou vestindo a camisa colorada na temporada seguinte!
A temporada seguinte foi aterrorizante… iniciamos 2012 com a possibilidade de saída do nosso maestro para a China… um adversário que achávamos que seria imbatível: o dinheiro! A investida foi alta, poderia garantir a vida tranqüila de seus familiares por longos anos, mas foi aí que entrou o algo a mais, algo que acertou em cheio o ídolo colorado: o carinho da torcida! Seus fãs e aqueles que reconhecem a importância do gringo para o time atuaram de maneira implacável fora das 4 linhas: pegaram D’Alessandro em sue ponto fraco: a paixão pelo clube, usaram o sentimental como fator decisivo! E o carinho de todos atingiu o alvo em cheio! D’Ale e a família não resistiram e resolveram permanecer em Porto Alegre! Até uma música foi feita por um fã especialmente para a ocasião: “D’Alessandro eterno (nunca diremos adeus)” ! Se não ouviram, recomendo! É fantástica!
Voltando ao futebol de 2012, nunca esquecerei o dia em que o Caxias nos encurralava em campo, em pleno Beira Rio, e D’Ale foi para campo, no amor à camisa e raça, mudou a história do jogo e nos garantiu o título gaúcho de 2012! Mas foi um título conquistado sobre seu sacrifício, que o deixou em má situação durante todo ano. Foi um ano de sucessivas lesões, de intolerância de alguns torcedores, que até então eram oprimidos por suas grandes atuações, e diante da fragilidade muscular exposta por uma preparação física vergonhosa. E o ídolo passou a sofrer com constantes críticas e destemperos por parte daqueles que foram incapazes de reconhecer sua entrega naquela partida do Gauchão.
2012 foi um daqueles anos em que tudo que se quer é esquecer que existiu… Fomos um exemplo de sucessões de acontecimentos equivocados, em que parte da torcida se voltou contra seus ídolos, do passado e do presente, a direção se perdeu e tudo acabou sobre as costas daquele que se expõe, que sabe dar a cara a bater. O expoente do mau momento vivido pelo clube em campo, se deu após a torcida perder a paciência e vaiar o time em campo… Mas graças a Deus, o maestro não pulou da barca e o ano, péssimo, chegou ao fim.
E 2013 começou cheio de esperanças: Dunga, nosso eterno capitão, encontra em D’Alessandro sua maior referência em campo! E nesta temporada, vemos um capitão como sempre foi o meia D’Alessandro: dedicado, vibrante, guerreiro, apaixonado, genial, companheiro, solidário, comandante, referência técnica, o cérebro do time! Chama a responsabilidade, puxa para si todas as broncas, se expõe, decide, resolve! E a fase perfeita é recompensada pela estatística: o time tem mais de 80% de aproveitamento com D’Alessandro em campo! Fizemos uma campanha irretocável no Gauchão! Frequentadores do G4 e sim, com certeza, um sério candidato ao título brasileiro! Avançamos na Copa do Brasil! Juntamente com Diego Forlán (sim, o melhor da Copa do Mundo 2010 também é nosso), formam uma das duplas mais entrosadas e efetivas dos campeonatos em que estamos disputando!
E é assim, uma fã declarada e apaixonada, que termino este post, dizendo ao maestro D’Alessandro, obrigada por tudo! Obrigada por tua dedicação, entrega, identificação, carinho, simpatia, reconhecimento, talento, atenção e principalmente, obrigada por me representar tão bem em campo! Obrigada por me fazer encher o peito e o olhar de orgulho em dizer “COMO É BOM SER COLORADA! Obrigada por ser reconhecidamente torcedora de um time que todos sabem que está sempre brigando por títulos, um time que não se acovarda por estar ‘sem casa’ e sim um time que se agiganta sabendo que em 2014 terá um dos mais belos estádios do mundo! Obrigada D’Alessandro por seres um torcedor colorado! Obrigada por seres o capitão colorado! Obrigada por tudo! E me perdoa por não reconhecer tua grandeza quando por aqui chegastes e me mostrar o motivo da idolatria imediata que recebestes! Obrigada por estares conosco nesta meia década e que te tenhamos eternamente por aqui!
Vamo, vamo Inter! E dá-le D’Alessandro!
Cristiane, como se diz em espanho, “mui lindo”! Você disse tudo! SC
Alô você Cris!
Sem nenhuma dúvida, D’Ale se inscreve na seleta galeria os jogadores diferenciados que vestem (no caso dele) ou vestiram o sagrado manto Escarlate.
SC
Cristiane,
Não resta dúvida que D’Alessandro está se tornando um dos maiores ídolos da história colorada (das últimas décadas). No entanto, até há pouco não possuía a unanimidade da torcida (acho que ainda não a tem), a exemplo de um Falcão, Figueroa, Fernandão, como jogadores, é claro. Mas, está chegando lá, tanto assim que, sem ele em campo, o INTER fica um time qualquer (vide jogo contra o Náutico).
A propósito, estou escrevendo um post a respeito do assunto, que será publicada em breve.
SC