O texto abaixo foi extraído do blog
do bola
Pior Conselheiro da História do Inter
29 de julho de 2013 10
Potter escreveu esse texto após sair do conselho do Inter. Era 15 de dezembro de 2012.
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O Pior Conselheiro da História do Inter
Sou, disparado, o pior conselheiro que o Inter já teve. Entrei no conselho por um convite de um amigo. Aquele processo: convite; aceito; chapa tal; eleição; cláusula de barreira e bum: sou um conselheiro! Me inflei de felicidade! Que legal! Sou Conselheiro do clube que amo!
Posse, festa e a realidade: as reuniões do Conselho. Eu deveria ter sido expulso da casa. Quase nunca fui. Nas primeiras marquei presença e bastou para ver aquilo que a minha vaidade não via: é fachada. Conselheiro é fachada. Ele não manda em nada. Ele não apita em nada. Ele quer tudo, mas não vai mudar. E se você é conselheiro e não se encaixa nisso, relaxa: você sabe que é exceção. E o pior: a flauta que antes era somente azul agora também era vermelha. Eu era oposição. Mas virei situação. Mas a situação repartiu. Eu era o que agora? E o chumbo vermelho vinha de tudo que é lado.
Derrota no domingo, ataques pessoais em redes sociais. A culpa era minha! Conselheiro omisso! Não vai em reunião e agora tá aqui no twitter criticando o meio-campo com 3 volantes! Respondia de forma rasa que um monte de conselheiro ia nas reuniões e mesmo assim o time formava com 3 volantes. Mas nas redes sociais nada se conserva. É o ódio que chega. A todos, de todos.
Mas minha vaidade achava legal o box para colocar o carro no Beira-Rio! Era conselheiro, ora! Nunca o usei. Ou vou de moto ou vou de bicicleta aos jogos. Ou seja: nem isso eu ganhava para ser conselheiro. Aliás, pagava: conselheiro paga – se quiser – metade de uma associação de cadeira. Então eu pagava 3 carteiras por mês. Nei e D’Alessandro ganhavam meu dinheiro.
Você, torcedor, louco para ser conselheiro, leia isso com desdém. Apesar de eu achar que você realmente quer mudar o clube, explicarei, por cima, como funciona. Quem manda no clube é o presidente. E cerca de 20 pessoas que o rodeiam. O conselho cuida. Mas de longe. O dia a dia, o futebol, o que aparece diariamente em tinta preta nas páginas dos periódicos não é o conselho que toca. O conselheiro é um exibido. Ele acha que é mais torcedor. Mas não é!
Alguns conselheiros torcem contra. Porque com a democracia só se chegará ao tão sonhado poder se o time for mal. Dias desses Luigi foi reeleito no Conselho. E só lá. E deu-se a chiadeira. Mas os conselheiros que reelegeram Luigi foram escolhidos pelo povo! Pelo sócio! Ou seja: a gente ainda está aprendendo com a novata democracia clubística.
Mas peço desculpas a quem confiou em mim. Fui o pior conselheiro do Inter. Ocupei espaço no conselho, não fui nas reuniões – no mesmo horário defendia meu Inter no Bola Atlântida nas noites de segunda e optava por não chegar atrasado nas reuniões. A culpa foi minha. Não dei um conselho. Fui um fracasso.
Mas agora sou livre! Não concorri! Sou apenas aquilo que mais doce pode ser de um clube de futebol: torcedor! Apenas isso! Critico e elogio sem ninguém pensar que aquilo é jogada eleitoreira! Não me culpo por ocupar o lugar de alguém no Conselho! Agora sou a maioria! Sou a parte mais legal do clube! Sou um colorado, simples, sócio, feliz, triste e sem ranço! Na verdade, nunca tive ranço! Mas a política clubística tem!
Tô fora! E parabenizo os ilustres novos conselheiros do Inter! Que um dia vocês se aproximem do poder. Porque é ali que se aconselha. E obrigado aos conselheiros que me ouviram, que conheci nesses quatro anos. Não mais os atrapalharei! Nem ao Inter! E sei que a intenção da maioria é boa. Mas é coberta de vaidade, de ego e de amor. Tudo junto, misturado, numa panela de pressão insana, cheia de raivas, alegrias e vontades. E as vontades, você sabe, tem diversas caras.
Minha cadeira agora está ocupada. Por alguém melhor que eu. Tenho certeza disso. Do Conselho sairá um presidente do Inter do futuro. Boa sorte a todos. De 300, um ou dois serão. #0 ou 40 aconselharão de verdade.
Do Inter serei sempre torcedor. Só torcedor. Política partidária clubística? Não mais.
ps: O espaço do BLOG ARQUIBANCADA COLORADA está a disposição para quem, representando o CD, queira contrapor.
Isso me faz questionar, até onde vai o “ser torcedor” quando se ocupa uma cadeira do CD?
SC.
Gostei do conselheiro cinsero, porque tem pessoas que não reconhese sua própria capacidade. Confesso que já recusei varios cargos em entidades de classe, porque entendo que se estou dentro tenho obrigação de participar ativamente das decisões. Por isso Sr. conselheiro, na minha opinião Voce nunca deveria ter entrado.
Alô você!
Em primeiro Lugar vamos separar CONSELHO DE CONSELHEIROS. O que o Potter descreve como CONSELHO é o que sempre imaginei. Defendo que o CONSELHO só acha o meu endereço eletrônico próximo as eleições. Passado esse período, perdem meu endereço para me encontrarem novamente na próxima eleição.Sei que existem conselheiros dando murro em ponta de faca, mas a meu juízo pecam por não realizar sua vontade própria e sim a do “partido”. Mas voltando ao que Potter se refere, um dos exemplos mais gritantes é que depois das questões serem avaliadas via de regra aparece um conselheiro dando entrevista na mídia e afirma: “eu aprovei, mas com restrição”. Qual é o efeito prático disso? Respondo eu, nenhum. As atas do CD estão repletas de “com restrição” que não redundaram em absolutamente nada. E segundo Potter só estacionamento já justifica o plus na mensalidade e segundo o conceito de alguns que querem preços exorbitantes para a nova fase do Beira-Rio, está muuuuiiito barato.
SC
SC
Parabéns ao Potter,gostaria que muitos outros “conselheiros” tomassem a mesma atitude,pois muitos só estão lá para cornetear e torcer para a derrocada da diretoria atual,sobrevoando como urubus esperando a carniça. Gostaria muito que o conselho do nosso Inter,fosse realmente algo útil e torcessem para o bem do clube. O dia que isto acontecer,seremos o maior e o imbativel.