Um clube com a grandeza de nosso Internacional, enfim, nesse momento não deveria só sonhar com a Libertadores porque sua torcida olha o plantel, faz comparações com os times adversários, faz as contas, revisa os números, passa a régua e nota, que noves fora tristeza, é possível ora bolas.
Para acreditar é preciso competência e um pouco de coragem, pois conquistas, até que algum cientista prove o contrário, são resultados de planejamento, um objetivo único de vencer, um pouco de sorte e uma dose de otimismo.
Não se pode negar que o time hoje é solidário, nem a falta de entrega e disposição dos jogadores em campo, com exceção de um o outro, que a torcida identifica melhor do que eu, para as estratégias traçadas pelo treinador, mas está faltando algo. Ao nosso Internacional, nesse momento, além de disciplina e prudência, falta ver essa coragem dentro e fora de campo. Deveria estar na expressão de dirigentes e jogadores. Os jogadores atuando onde tiverem de atuar, se multiplicando, em dois ou três, suando as camisas não apenas pelos salários, mas se entregando ao objetivo da vitória ou de um desempenho digno.
Penso que o nosso Internacional deveria ter a coragem para fazer sempre o que foi combinado e os adversários que se ajeitem como acharem melhor. É claro, compreensível e aceitável, que há partidas boas e ruins, erros e acertos, triunfos e derrotas, porque disso o jogo de futebol ou outro qualquer são feitos, caso contrário, seriam equações, não jogos Justamente por não ser uma equação, não adianta montar um esquema de jogo e achar que está resolvido. É preciso ter também uma dose de ousadia.
Um time da grandeza de nosso Internacional não pode continuar tendo o desempenho que tem apresentado e tomando “sufoco” em casa, mesmo que não seja hoje no Beira Rio, assim como fora de times consideravelmente muito inferiores. A direção do nosso Internacional, a mesma da gestão passada, não deveriam deixar a montagem do elenco refletir a escolha simplesmente do treinador. Nenhum treinador, por mais experiente ou inexperiente que seja, tem o direito de ignorar que sempre há lugar para o talento, pois só determinação e disciplina tática não resistem trinta e oito rodadas e as dificuldades de um Campeonato Brasileiro. O que preocupa ainda mais o torcedor é que nosso Internacional tenta apresentar um padrão de jogo, mas de uma nota só e que já é de domínio total de todos os adversários, grandes ou pequenos. O nosso Internacional, na maioria das partidas, se comporta como um time limitado e medroso. Defende com dez ou nove, ataca com um ou dois. Primeiro não quer perder, depois quer ganhar. Na realidade, um plantel de fazer inveja a qualquer clube, mas um time desacreditado, inseguro e que não consegue se impor em campo. O time é estimulado a jogar pelos lados ou “enfiar” a bola para a “parede” do Damião, quando com D´Alessandro e Alex em campo, eles é que deveriam receber a bola e colocar no pé do(s) atacante(s). tanto isso é verdade, que Damião sempre tem que se virar para receber uma bola em posição de finalizar. É difícil alguém me convencer do contrário, mas atualmente um time que queira obter bons resultados deve colocar em prática a filosofia moderna de defender e atacar em bloco e dos volantes participarem das ações ofensivas.
A maior contribuição que essa direção poderia dar talvez seja outra: a mudança de mentalidade, principalmente dela mesmo. Ao invés de se “fazer de morto”, de vítimas e transferir a responsabilidade, ir à luta, sem medo de ser feliz. Deveria trocar o “choro” de perseguição da arbitragem, o bairrismo e a parcialidade de parte da imprensa, o desgaste da sequência de jogos, os desfalques, nada disso deveria ser desculpa e contra as justificativas, desculpas ou os “bodes expiatórios” de sempre, ser mais ousado. E quando não dá certo, uma palavrinha rara no futebol de hoje – honestidade. Honestidade e hombridade de admitir que foi inferior ao rival. Jogar fechado para conseguir um pontinho ou quem sabe uma vitória num erro adversário? Não. Afinal, o risco é do jogo. O medo dos cavardes. Independentemente de vaga à Libertadores deixar uma lição, a de que com trabalho, conhecimento, coragem e honestidade é possível superar as dificuldades, transformando-as em oportunidades e chegar longe Deixar de ser grande só nas bravatas, mas ser, de fato jogando bola e chegar novamente às grandes conquistas, voltando a encher a torcida Colorada de orgulho. E se não der? Dane-se. Que mal há em sonhar alto? Para quem já fez tanta história e já chegou tantas vezes tão longe, acreditar é obrigação.
Por todas essas razões, também sou um dos considerados “lunáticos Colorados” que ainda “não jogou a toalha” e ainda acredita, assim como grande parte dessa maravilhosa, inigualável e fiel torcida.
Para encerrar gostaria de falar um pouquinho sobre os “escorpiões”. Acho que todo mundo conhece a fábula do sapo e do escorpião. O escorpião pede uma carona para atravessar o rio; o sapo nega com medo de ser picado; o escorpião o convence com o argumento que, se fizer isso, morrem os dois. Durante a travessia do rio, o escorpião pica o sapo que, antes de os dois afundarem, pergunta: ” Por que você fez isso?” E o escorpião: Porque é a minha natureza”. Ao longo dessa inigualável experiência vivida na prática da democracia do BAC, da livre expressão, aberto ao coração dos verdadeiros Colorados, muitos vezes fico triste quando percebo que determinados torcedores escorpiões preferem torcer contra essa ou aquela diretoria, não percebendo que estão torcendo contra nosso Internacional. Aprendi com meu velho e querido pai que uma vez terminada uma eleição, todos devemos torcer pelo sucesso de quem foi eleito pela maioria, sejam quais forem os escolhidos, isso não quer dizer, que tenhamos que ficar calados quando não concordamos com uma ou outra coisa feita, mas as nossas críticas devem ser sempre educadas e construtivas, direcionadas aos resultados, aquilo que acreditamos não estar certo e não às pessoas, senão os grandes prejudicados seremos nós mesmos e nosso Internacional.
Pensei em responder cada colocação feita sobre o tema da minha postagem, mas cheguei a conclusão que o que escrevo a seguir resume todas as respostas que gostaria de dar. Conheço muito pouco dos “bastidores” de nosso Internacional, nem tenho interesse ou curiosidade de saber detalhes maiores, pois, pela distância, não posso dar uma contribuição maior ao clube, mas quero continuar sempre sendo apenas um simples e apaixonado torcedor Colorado. Vou continuar criticando sempre que acreditar ser necessário e vou valorizar, na mesma proporção, o que estiver sendo feito de forma certa para nosso clube, pois tenho isenção ou seja, não tenho nenhum outro interesse a não ser torcer pelo sucesso de nosso Internacional e sou, como disse anteriormente, apenas mais um Colorado nesse mundão. Dizem os mais velhos que conselho se fosse bom deveria ser cobrado e não dado de graça, mas a quem não concorda com a forma de eleição no nosso Internacional não deveria ser contra quem hoje o dirige, principalmente nessas horas mais difíceis, pois passa a ser mais uma força contrária para a solução dos problemas e, sim, deveria gastar suas energias para promover a mudança na forma de eleição do clube. Penso que agora é hora de união, para ajudarmos de alguma forma a sair dessa “enrascada” que essa diretoria colocou o clube. Desculpem, não concordo com muita coisa feita atualmente por essa direção, mas agora não quero pensar nisso e, mesmo que não seja ouvido e contra a vontade de alguns, vou continuar fazendo a minha parte, para que o que está acontecendo nunca mais aconteça em nosso Internacional. Os mais “rodados”, como diz o Melo, devem lembrar que já passamos por um perigo desses e seria muito lamentável, triste demais, ver nosso Internacional, no novo Beira Rio, jogando a série B do Campeonato Brasileiro.
Paupério, assino e concordo com o que disseste. Ninguém imagina que o Presidente do clube, queira sua desgraça, principalmente porque se o clube for vencedor, o Presidente levará muitos méritos e será eternamente lembrado, assim como é o Fernando Carvalho. Entendo que ao Presidente, cabe presidir o clube, a empresa Internacional, e aos diretores de Futebol, pensar o Futebol e ajudar o técnico nesta tarefa, já que eles não tem que pensar o resto do clube, como o Presidente precisa. Agora, o Presidente quando escolhe os diretores de futebol, está fazendo uma aposta, porque ninguém tem na testa escrito “não vou errar”, principalmente por estarmos falando 200% sobre pessoas. Claro que sempre queremos o nosso clube no degrau mais alto, mas as vezes para melhorar, tem que piorar, nunca para a série B, mas em um determinado momento, alguém tem que varrer a casa e colocar móveis novos, para novamente apostar que vai dar certo. Enfim, o futebol é dinâmico e apaixonante por este motivo e a torcida jamais estará satisfeita com qualquer resultado que não seja a vitória. Agora é torcer pelo que temos e para, como nos últimos 104 anos, permanecermos na elite do Futebol Mundial, que nunca esteve na divisão de baixo.
Grande abraço.
Luciano: A reeleição de Luiggi foi uma rasteira nos associados do clube. Demonstrou que os Conselheiros estão andando para nós torcedores. Desde o anúncio de que a festa do Gigante Para Sempre foi entregue à rbs (outra rasteira) não tenho ânimo para falar no Internacional. Os INTERésses gritaram mais alto! Espero o pior em 2014, pois a mesma cambada de incompetentes que comanda o clube permanecerá lá, nas entranhas do clube, tal qual sanguessugas, enchendo as próprias panças; contando com a nossa complacência, com a cara de pau que lhes é peculiar e com a irresponsabilidade fiscal inerentes aos clubes de futebol. OREMOS!
Muito apropriado Niko, há algum tempo quando as redes sociais, incluindo os Blogs, começaram a ser mais e mais utilizados e considerados se criou um estereótipo de que quem critica não é Colorado, não está do lado do Clube, faz parte de uma oposição que visa sempre o pior para quem está no comando e por consequência para o Clube e o time dentro de campo. Isso é comportamento de “chapa branca” que prefere deixar dois, quatro ou mais anos as coisas acontecerem sem mudança de atitude, sem profissionalismo e priorizando interesses muitas vezes pessoais. Me lembro muito (e tristemente) das entrevistas de alguns conselheiros naquela reeleição INDIRETA do Luigi que comemoravam um resultado em cima de um péssimo desempenho em 2012, onde até experiência de treinador (Fernandão) a direção quis fazer em meio ao Brasileirão. Queremos assim novos tempos para o INTER e nova postura. Com mudanças e não aquele velho discurso de que temos um bom grupo, uma boa base, coisa que não temos definitivamente. Se tivesse, teria que estar aparecendo, sem solução mágica.
Pauperio,
Dos vários pontos que tocaste, o que pareceu-me o mais marcante é o da postura do time dentro de campo. Durante todo o Basileiro, o INTER, ao invés de ser e mostrar um time de imposição, virtude dos grandes, foi de aceitação, jogando simplesmente para não perder, ao invés de colocar tudo para vencer. Tal comportamento é apropriado para times pequenos.
Com esse plantel deveríamos estar em outro patamar, mas, com a postura adotada, ficamos numa posição intermediária. Uma pena!
Apenas uma sucinta colaboração: Tênue é a linha que divide o ferrenho “lunático” torcedor, do torcedor “oficialista” (aquele que concorda com tudo o que acontece no clube).
Alô você Pauperio!
Também me acho lunático. Entendo assim como entendes que o Inter deve ser colocado acima de tudo, mas lamentavelmente não é isso que ocorre, os interesses pessoais dominam. Não consigo entender domo alguém pode ficar fora de uma direção por ser de “outro partido”. Maldita política que tomou conta ATÉ DOS CLUBES DE FUTEBOL.
SC
As pessoas de bom senso e educação não vão confundir as coisas, hostilizando a pessoa desse ou daquele dirigente. As críticas ou os elogios, quando merecidos, serão feitas(os). O que não concordo é confundir o fato de ser Colorado(a) com a complacência de só observar o que está acontecendo de errado e não encontrar alternativas, seja no apoio ou na crítica. E na democracia representativa que vivemos não basta apenas aceitar e se submeter passivamente ao resultado das urnas, seja de forma ampla com participação direta dos eleitores (sócios) ou em sala fechada de composição política no Conselho Deliberativo, que embora legítima e legal estatutariamente falando, não foi ainda digerida por boa parte dos associados.