Dezembro sempre é um mês em que as notícias e as especulações sobre a montagem dos times, comissões técnicas e até dirigentes de futebol tomam maiores proporções. No caso do Internacional, essas questões ficam ainda mais latentes em função de tudo o que aconteceu ao longo da temporada de 2013 e principalmente do que não aconteceu. Claro que se fizermos uma breve retrospectiva, perceberemos que 2012 e parte de 2011 também foi assim. Mas em 2013 o “esforço” para que as coisas fossem muito piores deve ser ressaltado. Uma sucessão de decisões desastradas e até inconseqüentes foram tomadas. E decisão, sabemos todos, é prerrogativa sempre da Administração de qualquer entidade. Não adianta tentar transferir os erros e acertos para a imprensa, para o tempo, para os funcionários, para o campo de jogo, etc. Vamos ter pela frente algumas semanas de encaminhamentos, mas não temos como fazer previsões mais seguras, pois a Administração do Clube não fala sobre o assunto. Aliás, falam, falam que sabem o que deu errado e isso é que mais me preocupa no momento. Sabiam também em 2012, foram reeleitos para 2013 e 2014, e o que estamos vendo é o total despreparo do Presidente e de seus escolhidos para os postos diretivos mais próximos do futebol. Não levo em consideração as composições políticas, pois eles sabem muito bem o que fizeram para garantir a eleição indireta que obtiveram. Quanto ao grupo. Bom, essa questão enseja realmente muito debate e isso não pode ser impedido. Eu vejo que já está mais do que na hora de se encarar a realidade de que não temos um grupo de qualidade, que não temos uma boa base e que muitos jogadores que estão jogando no Internacional não teriam espaço, pelo seu desempenho técnico e físico, em times que querem ser competitivos. Eu realmente passaria a régua, fazendo evidentemente algumas ressalvas. Neste ponto do debate o risco saudável do contraditório se acirra. Minha posição é mais do tipo “terra arrasada” mesmo, pois perdi a paciência que ainda tinha com grande parte deste grupo. Que vão ser melhores em outro clube. Nem em termos de investimento eles justificam sua permanência no Beira Rio. Investimento bom é aquele que te dá retorno e não aquele que compromete o teu patrimônio, a tua imagem e os teus resultados. Para não ficar sem mencionar nomes, além de alguns jovens que estão sendo promovidos, mas que não podem ser solução, temos o Dalessandro. Parece que até fica, desde que haja um projeto de time vencedor, pois ele parece estar cansado com o que está vendo. Otávio parece mesmo ter um espírito competitivo e quer vencer na carreira, mas já se fala na sua venda, o que não é novidade, afinal foram esses mesmos dirigentes que venderam o Moledo e o Fred. Jorge Henrique não é brilhante tecnicamente, mas tem um espírito de inconformismo com os maus resultados que anda em baixa no Internacional. O atual Leandro Damião não serve a nenhum grande clube. Não sei dizer se ele tem recuperação a curto prazo. Sobre o goleiro, acho que tem que prospectar outro com maior capacidade técnica, mas trazer outro não afirmado ou promover um jovem sem garantia também não seria a melhor decisão. Com isso, abro mão do restante do time titular e de algumas péssimas opções como Airton, Rafael Moura, Caio, Josimar, Edinei, Cleber (o titular Fabrício também pode ir), entre vários outros. Não sei o que Alex ainda aspira no Inter. Vamos encarar os fatos. Esse atual Presidente não tem biografia vencedora e não tem perfil de mudanças profundas e necessárias. Então as esperanças diminuem. Talvez alguma postura mude, como os inexperientes dirigentes de futebol e os técnicos sem currículo para série A, como Fernandão e Clemer. Outra coisa, já sabemos que o Beira Rio só ficará disponível mesmo para o Clube a partir de meados de julho de 2014. Então boa parte das desculpas podem já estarem garantidas. Vamos ver o que vem pela frente.
É por causa dessa politica que estamos assim…à deriva!
Para esclarecer sobre os jovens da base, incluindo o João Afonso, o Valdívia, entre outros, o comentário tem o seguinte trecho quando menciono os jogadores que penso que ainda podem render no Internacional:
“Para não ficar sem mencionar nomes, além de alguns jovens que estão sendo promovidos, mas que não podem ser solução, temos o Dalessandro….”
Luciano,
Aproveitando o gancho do Melo, lembro a definição dita pelo General Charles de Gaulle. “Estadista é aquele que coloca os interesses da nação, acima dos interesses pessoais”.
Guardadas as proporções, é o que está faltando no INTER.
SC
Luciano,
Começo pela tua definição básica em investimento: “Investimento bom é aquele que te dá retorno e não aquele que compromete o teu patrimônio”.
O resultado é o que aí está: péssimos resultados e uma folha pesada às expensas do Clube. Portanto, a Direção totalmente reprovada neste item.
Quanto ao aproveitamento de jogadores, concordo com os nomes de D’Alessandro, Otávio e Jorge Henrique. Alex também deverá ser testado. Ao contrário do que citaste, incluiria o nome do Caio e Josimar. O 1º surgiu bem, depois decaiu.
Também aproveitaria o João Afonso, Scocco e os jovens da base que não citaste. Parece que Juan, dos veteranos, o que melhor se apresentou, não vai ficar. O Ygor se jogar e parar de se lesionar, ainda serve. O Índio, com um jovem zagueiro a seu lado, ou mesmo para o grupo ainda tem utilidade. Há inclusive alguns emprestados (Sacha e Gilberto) que deverão ser reavaliados. Os demais referidos e excluídos por ti: Airton, Rafael Moura, Cleber, Fabrício e o próprio Damião, também, para mim, podem ser dispensados ou, melhor, negociados.
Quanto ao Ednei parece que sentiu o peso da camisa colorada. Demonstrou algumas virtudes no apoio e cruzamento. Quem sabe ainda pode ter um aproveitamento.
Mas é indispensável algumas contratações corretas (cirúrgicas por assim dizer) e não apostas ou medalhões que foram astros no passado e vivem somente do nome, a exemplo de Forlán.
Era isso, mas antes de mais nada temos que enfrentar bem o dia de amanhã.
Haja coração!
SC
Alô você Luciano!
Muitas, muitas incertezas, mas temos algumas convicções. Sigo afirmando que tudo passa pela “MALDITA POLÍTICA” , que negocia cargos chave em uma equipe de futebol exatamente como se faz em Brasília com os ministérios. Assim, gente com condição absolutamente insuficiente é guindado a condição de supremo mandatário no futebol para atender “aos companheiros de partido”, digo grupo político que em síntese é a mesma coisa.Já estou com saudades de alguém que coloque EFETIVAMENTE O INTER À FRENTE DE TUDO, inclusive é claro o seu partido grupo político. De resto meu amigo estás absolutamente certo quanto ao conteúdo de teu texto.
SC