ALMA, GARRA, SANGUE NOS OLHOS SERA QUE TEMOS?

ABEL
Amigos, vocês se lembram da vergonha de 50, dos 7×1 de a poucos meses, pois bem. Foi umahumilhação pior que a de Canudos. O Argel ganhou de nosso escrete no grito e no dedo na cara, e claro no futebol. Não me venham dizer que o escrete colorado é apenas um time. Não. Se uma equipe entra em campo com o nome do SPORT CLUB INTERNACIONAL e tendo por fundo musical os cânticos de uma torcida loucamente apaixonada — é como se fosse a pátria em calções e chuteiras, a dar botinadas e a receber botinadas.
Pois bem. Depois da experiência bíblica do Mazembasso, em 2010 passamos a rosnar, por todas as esquinas e por todos os botecos do continente, o seguinte juízo final sobre nós: — “O colorado campeão de tudo é bom de bola, mas frouxo como homem”. É o que diziam, sim, de nós, com feroz sarcasmo, os craques das outras equipes. E, de repente, estoura um sururu monstruoso. a torcida vaia, e ao final da partida pede a cabeça do grande comandante.
Bem amigos, esperei alguns dias para poder fazer uma analise concreta sobre a situação do escrete colorado e o que percebo e estarrecedor e um tanto quanto preocupante. No entanto diante do que vimos. E eis a tese: Vontade ou intencionalidade é a capacidade através da qual tomamos posição frente ao que nos aparece. Diante de um fato, podemos desejá-lo ou rejeitá-lo. Ante um pensamento, podemos afirmá-lo, negá-lo ou suspender o juízo.Para os filósofos Santo Agostinho e Descartes, vontade e liberdade são a mesma coisa: a faculdade através da qual somos dignos de louvor, quando escolhemos o bom, e dignos de reprovação, quando escolhemos o mau.
Agostinho e Descartes concordam em que o fato de nós humanos termos vontade nos torna responsáveis pelas nossas decisões e ações. A dimensão moral do homem decorre do fato dele ter vontade. Em Agostinho, a escolha digna de reprovação é pecado. Em Descartes é erro. O pecado é uma falta religiosa oriunda da vontade. O erro é uma falta moral ou epistêmica. Moral quando a falta oriunda da vontade é prática. Epistêmica quando a falta oriunda da vontade é teórica. Agostinho e Descartes também concordam em afirmar que o fato de termos vontade não só nos torna responsáveis por nossos atos e decisões como também livra Deus de qualquer responsabilidade sobre a mesma, tal como explica a teodiceia.
Uma alma é Energia Divina; é existência além da matéria. É a parte de você que existe além da matéria, além de seu corpo e de seus cinco sentidos. Não pode ser vista. A alma é para o corpo aquilo que o astronauta é para a roupa espacial; funciona como uma bateria, dando vida e animação. Tire o astronauta da roupa, e esta será basicamente inútil. Tire a alma do corpo, e o corpo basicamente desmorona. (Isso é a morte – a separação entre corpo e alma).
É impossível dar uma definição concreta da alma, pois a alma não é uma entidade concreta mas abstrata. Não é matéria – é energia – mas também não é energia física. É energia Divina, um pedacinho de Deus dentro de você.
Faço a meditação acima para justificar a escolha do meu personagem: — Abel. Alguém dirá que Abel é um delinquente irrecuperável. Amigos, vamos reexaminar o problema. “Ser ou não ser delinquente”, “ser ou não ser paranoico”, eis a questão. Mas os mesmos que agora exigem a cabeça dele, como se ela fosse a de Maria Antonieta, o idolatravam em 2006. Porem o que se ve agora e um time totalmente apático e sem vontade, como a cara do seu comandante. Que não sabe porque perde, que escolhe essa ou aquela competição que teima diante de 100 mil torcedores, de uma torcida apaixonada pelo seu clube. Mas onde encontrar a solução; talvez na vontade pauta inicial deste texto. É isso que esta faltando ao escrete vontade de querer ganhar, sangue nos olhos, garra, a força e a vontade de sua torcida de ser campeão de tudo novamente; onde esta o sangue farrapo? “Meus senhores e minhas senhoras. Sera que só vejo paranoicos na minha frente”. Ou eles estão com a razão!!

Saudações Adriano Garcia
   Presidente da Regional
 

4 thoughts on “ALMA, GARRA, SANGUE NOS OLHOS SERA QUE TEMOS?

  1. Ultimamente, nós colorados vivemos numa UTI de ansiedade, sempre sofremos até o último minuto de oxigênio.
    Enquanto houver esperança, tenho a certeza que nós estaremos apoiando o nosso Querido Internacional.
    Mas como dizem os analistas do futebol: ” Futebol é o momento”. Então, tenho certeza que amanhã, nosso guerreiros farão outro momento do que o apresentado até agora. Que venha os 3 pontos, que permaneçamos no G4 e quem sabe, alguns tropeços do Cruzeiro e um pouco de sorte do nosso Colorado para alcançar o pódio esse ano (sei que é um pouco de utopia), mas sonhar não custa nada!

  2. Bem, ser colorado, agora, deixa uma questão no ar. Quando ganhamos 5 consecutivas, e quando perdemos outras cinco consecutivas. Quem vamos encarnar?
    “Por que não te calas” , ou ” volta para o navio” … ? O Comandante ainda é o mesmo: “deixa o homem trabalhar?” … “Eis a questão!” Mas, contra a força não há resistência: ” Eis o Homem!” Crucifica-o! Assim sendo, “…Perdoai-os, Eles não sabem o que fazem”. Também já foi dito, “… não é um país sério …” E quanto mais instruído, mais exigente… Caim já fez o crime, depois não adiantará “lavar as mãos”. “Sejamos gregos na glória e na virtude, romanos”.

  3. Alô você Maurício!
    No meu entendimento Abel nunca foi diferente. Sempre foi assim, gente boa, bom caráter, meio tresloucado e com momentos de chefe indígena. Seu primeiro momento “Meu Deus”, foi no greNAL do século, ainda iniciante, ao perder um lateral esquerdo (expulso) e perdendo o jogo, colocou um segundo centro avante e retirou um volante (Leomir), o resultado todos sabem o Inter virou o jogo e Abel virou ìdolo. Mais tarde em 2006 em meio a Libertadores Abel deixava o promissor Pato no banco e promovia seguidas entradas de seu bruxo, Michel. a diferença é que em 2006 tinhamos alguém que entendia de futebol para , sempre que necessário, dar conselhos ao Abelão. Agora não. O nosso vice de futebol é um camarada ponderado, bem articulado, mas em matéria de futebol não tem argumentos suficientes para convencer quem tem uma certa bagagem e sabe distinguir o cheiro do éter. Termos plantel, salários em dia, belas acomodações e só não avançamos porque nos falta essa peça da engrenagem para reconduzir nosso treinador. Um vice de futebol de postura não permitiria que Abel colocasse o jovem Aylon a 2 minutos do final, quando o moral da equipe já tinha ido pro brejo. Isso é desvalorizar nosso patrimônio, repito, um vice de futebol de padrao “C” não permitiria isso, ou no mínimo cobraria fortemente de seu subordinado.
    Coloradamente,
    Melo
    ixar

  4. Abraços Garcia, boas reflexões.
    O colorado está (não o é) um time frouxo, sem bombacha nem esporão.
    Abel, com seu estilo típico, não conduz nem firmará uma equipe classicamente gaúcha.
    Neste monte de clube melancia, talvez a raça seja um diferencial. Contudo, os ruins perdem motivados ou aguerridos.
    No jogo contra o Figueira, o Argel fez mudanças táticas que o sr. Abel foi incapaz de perceber ou se achou muito grande para querer mudar o time.

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