As discussões sobre o futebol de nosso Internacional seguem acaloradas, ano após ano, mas somente entre aqueles que não possuem o poder de influir diretamente sobre o futuro do nosso clube. Debater sobre calendário, opções de disputa de competições, teto salarial dos atletas e treinadores, política de contratações, estratégia de “poupar” jogadores e uma maneira mais moderna de fazer a gestão do clube. Isso deveria motivar a imprensa, pois empolga torcedores, apesar de mexer com certos interesses, inclusive de jogadores (merecidas ou não, éticas ou não), mas parece chegar como ofensa aos dirigentes do clube.
De forma a evidenciar que as soluções não são só internas, o nosso Internacional teve um jogo antecipado, de forma a beneficiar o São Paulo, aliás, coisa já corriqueira entre interesses de clubes de São Paulo e do Rio Grande do Sul. A CBF visou apenas o interesse do clube paulista, o rival, nesse caso, o Internacional, não importa. Esse tipo de atitude revoltaria qualquer dirigente de pensamento e gestão moderna. Teria mil argumentos e mil ações a tomar, de forma a resguardar os interesses de seu clube, claramente prejudicado, mas a obediência cega demonstra quanto não estão preparados adequadamente para enfrentar essas dificuldades. Não consigo enxergar uma ação eficaz da direção, pois sequer levanta e sustenta uma discussão sobre a atual conjuntura do futebol brasileiro.
A vontade de manter o futebol de nosso Internacional preso às mesmas ideias e pessoas não consegue se desempregar do pensamento daqueles que comandam o nosso e outros grandes clubes. Discussões que deveriam servir para transformar o futebol Colorado têm servido apenas para reafirmar vaidades.
Os debates e as críticas continuarão, principalmente nas redes sociais, pois existem maravilhosos Colorados sempre prontos a ajudar, a colaborar, e novas ideias vão continuar surgindo, sem efeito algum naqueles que ostentam o poder. O nosso dirigente não gosta de ser confrontado. Olhar para o próprio umbigo significa baixar a cabeça e querer não enxergar que os problemas do futebol do Internacional e brasileiro são muito maiores. Enquanto isso, o futebol Colorado segue correndo sempre atrás, mais um ano, distante da manutenção e respeito à história do clube e sempre longe da realização do sonho da Massa Colorada.
De que adianta o majestoso Beira Rio, ter um técnico vencedor (apesar de parecer perdido), ter jogadores reconhecidos mundialmente (apesar de jogando e se esforçando abaixo do possível), ter uma história invejável (Campeão Gaúcho, Campeão do Brasil, da Sul-Americana, da Libertadores da América e 1º Campeão de Clubes do Mundo FIFA), apaixonar uma Massa imensa e maravilhosa, se o pensamento ainda é de inferioridade, de submissão, sem grandes aspirações (sempre promessas não cumpridas, desculpas esfarrapadas), mais parecendo um clube de pelada de várzea, montado na última hora. Fazendo justiça, os clubes da várzea lutam para não perder e jogam com amor ao time, sempre.
Encerrando, só um esclarecimento, não pertenço a nenhuma das correntes políticas dentro do nosso Internacional, sou apenas mais um dos torcedores Colorados totalmente descontentes com a postura da direção atual e dos resultados do nosso clube.
Quero ser campeão!
Antônio Pauperio
Salvador / Bahia
Alô você Pauperio!
Tem amargura na tua caneta e bem entendo pois também estou assim. E veja bem o Presidente acusado de indolente até dotou o Time de estrelas de primeira grandes como Nilmar, Aranguiz e Alex e manteve em nome do manifesto popular D’Alesandro. Trouxe um treinador cujo curriculo não pode ser despresado (embora não fosse o da minha preferência). é bem verdade que a gritaria por zaga sempre foi muito grande. Mas aqui entre nós dava pra montar um time não? e chegamos ao fim o campeonato lamentando mais uma vez que tivéssemos… Não definitivamente, o nosso problema não está em uma só pessoa ou em um só jogador. Está no conjunto da obra, nos interesses pessoais. Enquanto não houver sintonia nesse sentido vamos amargurar mais algumas indisposições em que pese o esforço de alguns, Oremos!
Coloradamente,
Melo
Melo, essa situação de “grande time no papel”, “favorito” a cada início de competição, esse amontoado de excelentes jogadores (de desempenho excelente só no papel e no nome), essa falta de convicção na manutenção de um time titular e essa miopia em escalações e substituições, não pode continuar mais. Não aguento mais ouvir e ler “desculpas esfarrapadas”, lamúrias e explicações para o inexplicável. Hoje, desculpe, estou triste com essa situação que se perpetua no nosso clube, e é resultado da falta de tudo em todos. Falta pulso na direção tanto do clube, como do time, Tem jogadores que se esforçam em alguns jogos e em outros não. É notório que existe uma desunião no grupo e o pior, uma competição de desastrosa de vaidades. Tem determinados momentos que não culpo só o treinador, pois não me parece só comando técnico o problema. É mais falta de empenho sempre, em cada partida, falta de qualidade e suor para honrar esse manto sagrado, falta de assumir a responsabilidade com essa maravilhosa torcida, falta de pulso ou de competência de uma direção que deveria traçar e garantir um rumo no futebol de acordo com a grandeza de nosso Internacional. Apesar de reconhecer méritos, por favor, não me venham com novo mentiroso sonho em 2015.