Só os bobos, só os tapados não enxergam que o escrete colorado conseguiu, ontem, a sua maior vitória. Digo “maior” porque vencemos não de banho, não de goleada, mas por um escore magro, esquálido, quase fúnebre: — 1 x 0. O povo queria que enfiássemos uns seis ou sete. Eis a nossa tragédia: — a pura e simples vitória não basta. Desejamos enfeitá-la, pôr-lhe fitinhas e guizos. E o triunfo sem show, sem apoteose, o triunfo enxuto deixa o torcedor descontente e desconfiado. Mas eu vos digo, aqui, que ninguém nos ouve: — foi a maior vitória colorada. Imaginem se, por um absurdo, tivéssemos batido de quinze. Íamos enfrentar o galo como uns anjinhos, isto é, com uma sensação mortal de invencibilidade. Vejamos, porém, quem deve ser, entre os 22 homens de hoje, o meu personagem da semana. Ao terminar o jogo poderíamos eleger o incansável Willians, ou o maestro D’ale, ou o milagroso Alisson. Amigos, nada descreve o uivo, o urro que soltamos aqui quando o espíquer atirou o seu berro bestial: — “Gol!”. Até aquele momento, o Brasil inteiro, de ponta a ponta, do presidente da República ao apanhador de guimba, o torcedor estava agonizando, morrendo, ao pé do rádio. Eu falei em uivo, em urro. Sim, amigos: — foi um som jamais ouvido, desde que se inventou o homem. Algo de bestial, de pré- histórico, antediluviano, sei lá. Nunca, em nossa curta passagem terrena, conhecemos uma euforia assim brutal. Foi um desses momentos em que cada um de nós deixa de ter vergonha e passa a ter orgulho de sua condição nacional. E pergunto: como esquecer quem foi Paulão, um garoto de cor, quem nos arrancou, ontem, de nossa agonia e de nossa morte? “Garoto de cor”, disse eu. Mas um tipo racialmente nobre como Paulão, por exemplo. Pelé em ação, dentro de campo, tem na sua corrida a cadência de certos cavalos de charrete, com perdão da imagem. Como Paulão, daria também um belo príncipe etíope de rancho, um príncipe de Ébano. e com a graça que Deus lhe propiciou ele em um único lance, um único momento estufou as redes do arqueiro com galhardia, com garra, com uma obra prima digna de Pele, de um Leônidas, o diamante negro, sim ele o copiou em grau e gênero com um belo gol de bicicleta. A torcida em êxtase gritava “levantem uma estatua para ele, uma estatua pra ele ao lado do eterno capitão”.
Presidente da Regional
MUITO BOA A REFLEXAO DOS SENHORES, EU VEJO UMA TORCIDA DESCRENTE E ANGUSTIADA, SABEMOS DA FRAGILIDADE DE NOSSA EQUIPE QUE ESTA SEM PREPARO FISICO NESTA RETA FINAL, DOI VER UM ALEX, NILMAR FICAR DE FORA POR ERROS NA PREPARAÇAO FISICA, VER UM D’ALE DESGATADO AO FINAL DE UM PARTIDA TENDO QUE SE RECUPERAR AS PRESSAS, DIFERENTE DAQUELE DO PRIMEIRO SEMESTRE, NO ENTANTO QUERIA FALAR DA NOSSA TORCIDA QUE DEVERIA APOIAR ATE O FINAL COMO ERA ANTES, E SE A EQUIPE NAO CORRESPONDER AI SIM VAIAR, ME LEMBRO DE 2006 QUANDO O GABIRU ENTROU NO LUGAR DO NOSSO ETERNO CAPITÃO, PENSEI IGUAL A MAIORIA, É FOI A VACAPRO BREJO; E AI ACONTECEU TUDO AQUILO QUE JA SABEMOS. ENFIM O QUE NOS RESTA NESTES TRES JOGOS E LUTARMOS, APOIARMOS, EMANRA VIBRAÇÕES POSITIVAS PARA A OBTENÇÃO DO OBJETO QUE E A LIBERTADORES DE 2015!!!!
Senhor Adriano, estou de acordo e espero que a maioria dos “crentes no manto rubro” também. Paulão superou a expectativa. Nilmar anteriormente tentou e não conseguiu. Ontem Paulão mostrou como se faz, sem nem mesmo olhar para onde remessaria a nossa redenção. Mais um gol épico, de ocupar espaço na Galeria onde já figura o Gol de Figueroa. Para os mais antigos, quem conheceu o zagueiro Florindo, que ao contrário, usou da mesma plástica não para marcar e sim para impedir um gol adversário. E agora, não precisaremos erigir monumentos, apenas já temos nome para as ciclovias da cidade: Ciclovia Paulão. E se fosse bombom: Charme ou Inspiração? Ou desentupidor Paulão: a melhor solução! E sem heresia São Paulo olhando de cima viu em segundos o nascer de uma inusitada obra… São Paulão – só determinação! Outro que ficou preocupado, foi São Benedito,com os seus devotos colorados, pois o país moreno como é, já telefonei para a Cida, a Cidinha, para os leigos, Nossa Senhora Aparecida, que já deu entrada com o nome São Paulão por merecimento e estar dentro das cotas… Precisamos rezar, sim pois faz parte de nosso íntimo, precisamos orar de forma que nossos atletas tão perseguidos pelas lesões agora sofrendo agressões auditivas de “visões confusas” que não percebem o quão prejudicial são para a Equipe. Se o outro “Argentino”, estivesse assistindo o jogo, após o gol, Sua Santidade concluiria, lá na sua janelinha : “Habemus Centroavante”!
Alô você Adriano!
Pois tive o privilégio de falar a quem estava próximo, ante a entrada do Paulão em substituição ao Ernando: “O Paulão vai fazer o dele”. Evidente que mais do que um presságio era um desejo pois foi constrangedor ver meia dúzia de destemperados vaiarem à sua entrada. Paulão não tem sotaque castelhano e não é bonito é eficiente sem ser brilhante, não tem medo de se arriscar na frente, nos dois últimos jogos contribuiu decisivamente para o sucesso Colorado. Porque a vaia? Será que acham que vaiando ele vai se transformar em Figueroa. Que insensatez! E esses caras que vaiaram será que vaiariam o Paulão cara a cara? Eu acho que não e achando que não , nomino esse ato com o covardia.
Coloradamente,
Melo