O treino comandado por Diego Aguirre nesta terça-feira (27) chamou a atenção por exigir dos jogadores que usassem a cabeça, literalmente. No primeiro trecho do treino teve um jogo em que só valia trocar passes de cabeça. Com campo e times reduzidos, os jogadores só podiam avançar e marcar gols cabeceando a bola.
Pois vem aí a disputa da Libertadores, competição na qual é preciso marcar gols também fora de casa, em especial na fase mata-mata. É claro que o treinador detectou que o INTER possui carência de atletas com característica de um bom cabeceio. Nos escanteios a favor do INTER nossos zagueiros podem e devem tentar a marcação de gols (já tivemos Figueroa e Índio, dois mestres nesse quesito), e deveremos ter Réver, um exímio cabeceador chegando ao ataque, e talvez Juan.
Mas quanto às oportunidades que não decorrem de escanteios, aquelas jogadas de linha de fundo muitas vezes praticadas pelo lateral Fabrício, por exemplo? Quem acompanhará e ficará na área do adversário para cabecear? Nosso principal atacante, Nilmar, apesar de ter muita qualidade técnica não sabe cabecear, não é sua característica.
D’Alessandro, o craque do time, apesar de ter o apelido de “El Cabezon” também não usa essa grandeza para tocar na bola e marcar gols. Dos que circulam nas imediações do ataque atualmente, apenas Sasha tem um bom cabeceio. Então, será preciso treinar muito para que o Nilton, que também cabeceia muito bem, consiga avançar e chegar ao ataque em jogadas em andamento, não apenas de bola parada.
Caso contrário será preciso mudar o tipo de jogada, ou seja, em vez de alçar a bola na área todos os cruzamentos deverão ser feitos de bola rasteira, já que ninguém sabe cabecear. Ou então será preciso chamar novamente aquele cuja maior virtude é o cabeceio para marcar gols. Falo de… He-Man!
Colocando-se no lugar do treinador, o que você faria?
O grande ídolo Fernandão era um especialista no cabeceio. Claro, Melo, ninguém esquece, nem nós nem “eles”, o golaço de F9 no greNAL, o GOL MIL. Retroagindo ainda mais no tempo lembro do saudoso Escurinho. Entrava quase ao final dos jogos e sempre quardava o seu gol de cabeça, às vezes mais de um, nos cruzamentos feitos da linha de fundo. O INTER teve muitos goleadores que sabiam cabecear. Lembro também do Rei Dadá, que se comparava ao helicóptero e ao beija-flor, que como ele paravam no ar! Bah, mas isso já é muito saudosismo. Tomara que o Winck, como lembra o “Saci”, esteja realmente curado das lesões e faça muitos cruzamentos para o Réver, Sasha, Fabrício, Nilton e alguém mais que mostre a virtude de um cabeceio certeiro. Ou terão que cruzar por baixo, onde Nilmar se mostra mortal. SC
Bá! Faz tempo que não temos um cabeceio ofensivo confiável. Em bola parada, que seja… Ultimamente o Fabrício tem sido nosso melhor cabeceador, marcando alguns gols com a dita cuja. O Aranguiz fez uns, também, sempre de surpresa, como já disse o Paulo. Contra o Shaktar até entraram tabelando de cabeça na área, será um sinal? Tomara! O Rêver dá uma esperança, mesmo. Se for ao lado do Juan, então… Parecd que resolveram o problema de lesões do Winck. O guri sabe cruzar. Sendo otimista com os auspícios do deus das lesões musculares temos defesa e atacante: Ramsès, Winck, Rêver, Juan e Fabrício. E Nilmar. A questã é o meio-campo. To ressabiado com o D’Ale centralizado e Aranguiz pelo lado, mas tô dando um voto de confiança no Aguirre. Esse treino cabeça me ganhou. O Williams me parece fora de forma, o Nilton me lembra o Edinho (hehehe), e aquele volante do SP, volta?
VAMO INTER!
Alô você aquidaban!
Perfeita a observação. Em outros tempos o INTER tinha essa jogada como solução, todos nós lembramos disso, até recentemente tínhamos dois especialistas no jogo aéreo. O saudoso F9 (que começou com o gol mil) e o bom e velho Índio. Saber enxergar é atributo.
Coloradamente,
Melo
Grande Melo! Não tenho a estatística na mão, mas lembro que o Cruzeiro foi campeão do Brasileirão 2014 marcando muitos gols de cabeça. Ricardo Goulart e Moreno fizeram vários. E o INTER em 2014 só fazia gols de cabeça com Rafael Moura. É uma alternativa para os duros jogos da Libertadores, mas vejo que não temos bons cabeceadores para utilizarmos com jogadas normais, a não ser nos escanteios, como escrevi neste post. Vamos ver as soluções de Diego Aguirre. Estão trabalhando para isso. SC
Alô você!
Interessante o tema abordado. Já no ano anterior o Inter “matou” o centro avante que trouxe porque não jogava pra ele. O R.Moura precisa de bola alta na área que venha do fundo e o time não produzia esse tipo de jogada. Agora temos outra referência: Nilmar e a jogada pode ser de fundo mas tem que ser rápida para aproveitar o que ele tem de melhor que é a velocidade. Talvez só Alex tenha esse potencial, porém quanto a jogada que o tema aborda que é o cabeceio não vejo que possa faze-lo. Aranguiz ja andou fazendo uns golzinhos de cabeça, mas em jogada eventual, tipo surpresa. Tens razão Aquidaban, é preciso pensar nisso com carinho.
Coloradamente,
Melo