POR ADRIANO GARCIA – EL MAGO
Identidade é o conjunto de caracteres próprios e exclusivos com os quais se podem diferenciar pessoas, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, quer diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes. Sua conceituação interessa a vários ramos do conhecimento (história, sociologia, antropologia, direito, esporte, etc.), e tem portanto diversas definições, conforme o enfoque que se lhe dê, podendo ainda haver uma identidade individual ou coletiva, falsa ou verdadeira, presumida ou ideal, perdida ou resgatada. Identidade ainda pode ser uma constituição legal, e portanto traduzida em sinais e documentos, que acompanham o indivíduo.
Para a Sociologia, Identidade é o compartilhar de várias ideias e ideais de um determinado grupo. Alguns autores, como Karl Mannheim, elaboram um conceito em que o indivíduo forma sua personalidade, mas também a recebe do meio, onde realiza sua interação social.
Para a Antropologia, Identidade consiste na soma nunca concluída de um aglomerado de signos, referências e influências que definem o entendimento relacional de determinada entidade, humana ou não-humana, percebida por contraste, ou seja, pela diferença ante as outras, por si ou por outrem. Portanto, Identidade está sempre relacionada a idéia de alteridade, ou seja, é necessário existir o outro e seus caracteres para definir por comparação e diferença com os caracteres pelos quais me identifico. Na Filosofia a identidade constitui objeto de cogitações por variados pensadores e correntes filosóficas, e seu conceito varia, portanto, de acordo com os mesmos.
A idéia básica da qual vamos partir é a seguinte: a identidade não é um elemento que cada um de nós possui ao nascer; ela é algo adquirida aos poucos, ao longo de nossa infância, de nossa educação, etc.
A identidade situa-se no ponto de cruzamento entre algo que vem de nós (o equipamento psíquico com o qual nascemos) e algo que nos vem de fora, isto é, da realidade externa. E, como dizia Freud em Totem e Tabu, na realidade externa o que existe é a sociedade humana, com as suas instituições e as suas normas. Tentemos definir, brevemente, o que quer dizer a palavra identidade. O primeiro sentido é o de ser idêntico a: duas folhas de papel são idênticas quando não existe diferença perceptível entre uma e outra. Outro sentido é aquele em que empregamos a expressão “carteira de identidade”: neste caso, trata-se de um conjunto de sinais que permitem a outros dizerem quem nós somos, isto é, nos identificar, nos distinguir em meio a um conjunto. No caso da carteira de identidade, tais sinais são o número do R. G., a filiação, etc. Já percebemos, ao justapor estas duas acepções da palavra, que a identidade remete aos temas da diferença e da alteridade, isto é, remete aos seus opostos. Identificar significa “separar”, “designar”, mas também significa “tornar igual à”: é neste campo semântico que se insere o sentido propriamente psicológico do termo.
Todos nós temos um sentimento de identidade, isto é, a sensação subjetiva de que algo subjaz aos diversos momentos de nossa existência e os tornam partes da mesma vida, a de cada um de nós. Este sentimento de identidade está associado a fenômenos como o da continuidade (hoje e ontem, sou o mesmo, embora esteja em outro lugar e esteja vivendo coisas diferentes), e como o da sensação de ter limites.
Mas onde entra na historia do futebol toda esta tese de identidade? Amigos – todo time tem sua própria identidade, seu jeito peculiar de jogar, aqui se pode citar o carrossel holandês de 1974, o Barcelona que em sua historia joga no sistema Tiki-taka (do espanhol tiqui-taca) é um sistema de jogo no futebol caracterizado por passes curtos e movimentação, trabalhando a bola por várias aéreas do campo, e mantendo a posse de bola. O estilo é primariamente associado com o FC Barcelona, de La Liga, desde o período de Johan Cruyff como treinador até o presente, e a Seleção Espanhola com os treinadores Luis Aragonés e Vicente del Bosque. Tiki-taka difere do tradicional pensamento das formações no futebol para um conceito derivado de um jogo em zona. O Rolo compressor era um time de craques extremamente ofensivo formado pelo dirigente Hoche de Almeida Barros (o Rocha), quando assumiu a presidência do clube em 1940. No Rolo, se consolidavam aos poucos as peças de um time de futebol que seria invencível. Houve uns quatro ou cinco rolos, mas o primeiro tem um nome que deflagrou todo o resto: Carlitos, o maior goleador da história do futebol gaúcho, marcando 485 gols. Na década de 1940, a grande equipe do Internacional teve um retrospecto avassalador contra o rival: em 28 Grenais venceu dezenove, empatou cinco e perdeu apenas quatro. Nesta mesma época, conquistou o hexacampeonato estadual (de 1940 a 1945), sendo que em 1942, 1943 e 1945 foi invicto. O time mais ofensivo de todos os tempos já surgido no Rio Grande do Sul durou praticamente toda a década, e teve um sucessor, o “Rolinho” comandado pelo inesquecível Teté nos anos 1950.
O mais incrivel feito, alem das conquista da America e o Mundial de 2006, foi efetivamente o hexacampeonato conseguida entre 1940 e 1945 com os expoentes Larry, Tesourinha, Rui, Villalba e Carlitos – este o criador do gol plano inclinado. O que foi superado pelo octa conseguido em 1969 a 1976 com Dario, Caçapava, Falcão, Manga, Figueroa, Lula e Escurinho. E nos dias atuais onde foi parar essa identidade, talvez perdida nos aureos anos do passado de gloria. As constantes mudanças de jogadores e de esquema tatico faz com que essa identidade nao se mostre, e isso e preocupante pois nem a torcida consegue identificar qual o verdadeiro escrete rubro. Sabe-se que e uma equipe em formação e ha muito por se fazer, e que alguns ja começam a dar indicios de craque. Garotos como Taiberson, Valdivia, Alissons, Rodrigo Dourado, Sasha deixam a torcida mais esperançosa. No entanto ela esta desconfiada com um pe atrás aguardando a concretização dos dias de glórias, esperando o toque, sinal que ira acordar o Gigante novamente e faze-lo rugir com os feitos do seu amado Sport Club Internacional!!!
Alô você Adriano!
Crise de identidade, perfeito. Nós que fazemos os encontros para homenagear os ex jogadores, plotamos isso quando começamos a encontrar dificuldades em encontrar “aqui na terra” ex jogadores, ídolos. Muitos deles, os atuais ou de um passado recente são de “fora”, nesse caso estão Fernandão, Iarley, Clemer, e mais recentemente, D”Ale, Alex. Esse meninos da nova safra muito bem referidos por ti , Taiberson, Valdivia, Alisson, Rodrigo Dourado, Sasha são candidatos a ocuparem essas cadeiras vagas e nos deixam como dissestes, esperançosos.
Coloradamente,
Melo