Após um ano de 2014 bastante complicado, por vários fatores, mas acredito que muito por termos retornado a jogar definitivamente no Beira Rio somente após o encerramento da Copa do Mundo e também, é claro, por algumas convicções do treinador Abel, que fizeram com que a equipe demorasse para se firmar, em que pese tenhamos conseguido alcançar um ótimo desempenho na reta final. Com a classificação para a Copa Libertadores, atingimos uma meta que se tornou o objetivo das principais equipes que disputam o mais difícil campeonato do mundo, pois quando começa o brasileirão tem sempre umas dez equipes em condições de lutar pelo título, coisa que na minha opinião não ocorre em nenhum outro país.
Mas, enfim, conseguimos a tão almejada meta, teoricamente bastavam algumas contratações pontuais para suprir algumas deficiências em determinadas posições, qualificar outras e manter a comissão técnica ou contratar uma nova capaz de bem conduzir nosso rumo em 2015. No entanto, aí começaram nossas dificuldades, pois a aposta foi uma ampla modificação, uma comissão técnica estrangeira, que não discuto sua qualificação e sim o fato de ser totalmente alheia às peculiaridades dos enfrentamentos no Brasileirão, onde praticamente a cada final de semana temos um clássico. Já no primeiro jogo fomos enfrentar o Atlético Paranaense, com uma equipe totalmente descaracterizada, quando quase todos envolvidos na competição sabem que é muito difícil sair com vitória da Baixada. O resultado todos se lembram, não vou nem mencionar, começamos ali a competição com o pé esquerdo sem ser canhoto.
Para não ser tão cáustico, enalteço a conquista do Gauchão e algumas atitudes de Diego Aguirre, pois acho que outro técnico brasileiro não escalaria tantos jogadores oriundos das categorias de base na equipe titular ao mesmo tempo. Porém, sempre tem um mas, a preparação física, que, ao meu ver, foi se degradando aos poucos e temo que não seja possível recuperar a tempo de fazer uma retomada para essa temporada. O preço a ser pago tem sido enorme!
A pior parte foi a tão almejada complementação e qualificação da equipe, sim, contrataram vários jogadores com um passado glorioso, Campeões brasileiro, de Libertadores e até Europeus, mas com um presente totalmente duvidoso, uns por lesões, outros por estar retornando do estrangeiro. O pior ainda é que em alguns casos o problema parece ser o total desinteresse por parte do profissional, pois alegar que um atleta não entrou na devida forma física no mês de setembro devia ser motivo para dispensa por justa causa.
Particularmente, há muitos anos, acredito que os mandatários do nosso Clube deveriam ter a grandeza e humildade de contratar um gerente de futebol, executivo, manager, ou seja qual nome queiram dar a um profissional que realmente conheça o mercado da bola e tenha capacidade de descobrir novos valores no mundo a fora.
Eu gostaria de ver um Carpegiane, que até um clube criou e revelou vários valores para o Brasil e exterior, cito Naldo, Thiago Silva entre outros; um Falcão, que teria as portas abertas em praticamente todos os Clubes para negociar e ser recebido com o devido respeito que ele e o Inter merecem. Tudo bem se a fogueira das vaidades não permite essas pessoas com brilho próprio ofuscando os cargos políticos, principalmente a Presidência e o primeiro escalão do Clube. Encontrem outros, sem vínculos com o Inter e com competência plenamente comprovada, mas não é possível que continuem errando tanto nas contratações e gerenciamento do elenco, pois até esse momento, infelizmente, é praticamente perda total na parte técnica e, se pensarmos no lado financeiro, com os salários astronômicos que a imprensa divulga de jogadores que não deram nenhum retorno, é frustrante o que presenciei até esse momento.
Eu que tive a felicidade de acompanhar in loco a difícil transição dos idos de 1985, quando nasceram minhas filhas e aprenderam a ser coloradas forjadas na dificuldade momentânea do período, após esse salto de qualidade em todas áreas conquistada até o momento, confesso que não esperava me deparar com alguns acontecimentos que acreditava fazerem parte de um passado bem remoto. Mas vou reagir como sempre, torcendo para que todo associado, como eu, mantenha suas mensalidades em dia e mandem os maus sentimento embora, ficando na torcida que a normalidade volte a reinar e grandes títulos conquistar.
Um abraço colorado,
Arioldo Roldan Rocha.
Alô você Roldan!
Perfeito a figura de Edu Gaspar no Corínthians sintetiza tudo o que estas escrevendo. A partir da convicção de que alguém com plenos poderes pudesse agir o Corínthians se firmou. Com alguns medalhões conseguiu atingir todos os seus objetivos. Quando visualizou que seria impossível continuar com esse modêlo, dispensou seus salários mais caros, Guerreiro e Sheick e com um treinador competente, contratado bem antes de iniciar o novo mandato e com a retaguarda de quem efetivamente conhece futebol( contratos, jogadores etc) está aí novamente ponteando o campeonato, jogando com casa cheia. Temos ex-jogadores do Inter muito capazes de fazer esse trabalho, BEM ESCOLHIDO, basta lhes dar a chave do carro que a coisa anda, melhor do que está.
Coloradamente,
Melo
Olá Melo há muito tempo espero ver uma situação similar sendo implantada no Inter, abraço.