Qual a razão?

Por Antônio Carlos Pauperio

Sinceramente, sem entrar na seara de “terra arrasada”, critérios de avaliação de competência ou dedicação, nem mesmo estar “jogando a toalha”, sem desmerecer bons trabalhos, dedicação dessas pessoas ao nosso Internacional, das boas intenções e dos esforços que possam ter sido feitos, não entendo qual a razão de tantas frustrações provocadas e de tantos equívocos repetidos.

Não dá para entender como um clube, como o nosso Internacional, atravessa, ano após ano, trajetórias sem rumo, sem clareza de objetivos e que terminam sempre, com mais uma “onda de explicações inexplicáveis” e novas “venda de esperanças” para o próximo ano.

De que adianta termos o majestoso Beira Rio, ter uma história invejável (tantas vezes Campeão Gaúcho, Campeão da Copa do Brasil, duas vezes Campeão do Brasil, Campeão da Copa Sul-Americana, duas vezes Campeão da Libertadores da América e 1º Campeão de Clubes do Mundo FIFA), ter uma imensa e maravilhosa torcida, se o que vemos são resultados de um comportamento de inferioridade, de submissão e sem demonstrações de grandes aspirações. Onde está o orgulho de assumir responsabilidades, de liderança, de luta e coragem do Gaúcho? Quem são os responsáveis pela manutenção da “senda de vitórias” e pela realização dos sonhos da Massa Colorada?

O Internacional é grande, mas precisa se comportar como tal. Para que nosso clube volte a ter sucesso, a gente precisa ter um clube grande, profissional, bem gerido por pessoas qualificadas em cada área e só assim um comando técnico e plantel escolhido à altura da grandeza de nosso Internacional poderá render o esperado.

Qual o Internacional que queremos para os próximos anos? Como será possível transformar essa sequência de frustrações e fazer o torcedor Colorado ter orgulho da sua equipe mais uma vez?

Penso que estão esquecendo o significado de uma palavra: respeito. Respeito pelos funcionários, dos porteiros aos diretores, dos cozinheiros ao técnico, passando também pelos atletas e, principalmente, torcedores. Ninguém pode ser considerado mais importante do que o outro. Existem apenas responsabilidades e cobranças distintas, como em qualquer grande empresa.

Quando os resultados de um trabalho qualificado voltar a aparecer dentro das quatro linhas irá recompensar todo o carinho da galera com momentos de alegria dentro e fora de campo.

Novamente é o momento de aglutinar ideias e de executar bem um bom planejamento. Profissionalismo e paixão podem caminhar juntos e, talvez, sejam receitas simples para o sucesso. O nosso Internacional nasceu para vencer. É esse o clube que todos gostariam de ver nos próximos anos. É esse o Internacional que aprendi a gostar e a querer cada vez mais.

Para encerrar, por favor, em respeito à nossa Massa Colorada, não “entreguem os pontos”, lutem até o fim e honrem essa camisa que tanta felicidade já nos trouxe. Tenham certeza, sempre estivemos e sempre estaremos com vocês, nessa luta em 2015 e continuaremos torcendo pelas vitórias de vocês e por dias melhores.