Internacional, sexto colocado, e o adversário, a Ponte Preta, sétima colocada, jogo de seis pontos. Trinta e oito minutos do segundo tempo, ou oitenta e três minutos da etapa complementar, a sete minutos regulamentares do encerramento da partida, um jogador adversário, cai ao passar a bola para seu companheiro, que mesmo vendo-o caído, lança para outro companheiro que divide com o nosso zagueiro e a bola espirra para a linha lateral. Segue-se uma discussão entre os atletas das duas equipes e o Árbitro autoriza o reinício do jogo, com o arremesso de lateral para o Internacional (William). Até aí, tudo normal. A bola sai da lateral (William) para a zaga (Paulão), que a envia para o meio- de- campo (Dourado), que a envia para a lateral esquerda (Arthur), que a envia para o meio da intermediária adversária ( Valdívia), que sai de dois adversários, lança Alisson Farias na ponta direita, que vai a linha de fundo e lança para D’alessandro no segundo poste, dentro da grande área, que mata a bola, amacia no tapete verde, atrasa para William dentro da área, que devolve para Alisson Farias entre TRÊS, que devolve rente ao chão novamente para a direita encontrando Anderson, que apenas atrasa por dois a três metros no centro da grande área para o certeiro chute de Vitinho no canto direito do goleiro adversário. Se contarmos os toques na bola desde o arremesso lateral manual na direita, até a retirada manual da bola do fundo da meta adversária contaremos mais de 28 toques sem a presença do adversário.A partir daí, entra em campo a Ponte Preta. Aos 42 minutos do segundo tempo, a querida Macaca quer Fair Play, quer “carinho”… Popularmente: “ me poupe e me abane!”. Se não sabe ainda, vai saber: não é amistoso! Perder dois pontos em casa, naquele momento, é aceitar o fim do campeonato quatro rodadas mais cedo. É despedir-se do trabalho sem a conclusão da obra. É inaceitável quando sabemos que um adversário quando desiste da vitória lhe resta o empate para satisfação e se for fora de casa é a vitória moral… Fair Play. Bonito, muito bonito, quando utilizado entre as quatro linhas com a lisura e honestidade que a atitude merece. Mesmo tratando-se de futebol. Mas infelizmente não é isso que se vê. Na realidade o uso é indiscriminado para a consecução de interrupção do espetáculo. A meu ver deve ser proibido. Jogadores são atletas contratados pelo Clube, da mesma forma que treinadores e Comissão Técnica. A responsabilidade é enorme para quem está dentro das quatro linhas. A famosa “cera” deveria ser melhor analisada por quem de direito e punida exemplarmente, com o rigorismo que merece quem assalta uma criança, quem assalta um Banco, e não como quem deposita dinheiro na Suiça… Um governante francês já de há muito não mandava recado, afirmava que determinado País não era sério… Era eu criança quando ouvi isto pela vez primeira; se ainda houvesse guilhotina, queria uma para ele… que injustiça, uso indevido da pena de morte, um pênalti inexistente convertido por erro de avaliação. E hoje temos o Fair Play… É sério, muito sério. Em nenhuma circunstância deve ser da responsabilidade do atleta, mais um grande encargo atribuído ao jogador que no clamor das emoções colocadas à flor da pele, na ponta da chuteira, nas batidas do coração, no suor obrigatório acondicionado no manto sagrado que defende em lance de disputa, parar a bola ante aos olhos reais da torcida e virtuais da Imprensa num ataque que resultaria na explosão gutural, do tão esperado Gol? Se dirigente fosse, com certeza esse atleta não entraria nem no vestiário… É sério, muito sério. Essa obrigação, dever, seja lá o nome que lhe for oferecido, a meu ver, não existe ninguém melhor que o homem de preto atrás do apito para o uso da competência. O uso inadequado de um artifício em favor da integridade física do atleta parece-me que não está sendo compreendido. Foi criado um critério do ponto de vista moral que o torna imoral a partir do momento em que uma das equipes tem a seu favor o resultado do empate ou garantia de vitória. A equipe deixa de se preocupar com o jogo e passa a se preocupar com o tempo, com o final da partida. Mas o tempo desperdiçado no anti-jogo não é considerado em valores para devolução à torcida das bilheterias do estádio. O trabalho de conscientização cabe muito bem aos atletas, aos árbitros a competência, pois para isso são escalados, e onde a “porca torce o rabo”, aos Clubes através de seus dirigentes a responsabilidade perante o público de oferecer um espetáculo à altura do clube e do esforço do torcedor na aquisição do ingresso e comparecimento ao estádio, sozinho ou com sua família. Pensem nisso, Fair Play, no Brasil, fala sério!
NT : a frase “Le Brésil n’est pas un pays serieux” – “O Brasil não é um país sério” – popularmente atribuída a Charles de Gaulle. Como dizem em Portugal, vem muito bem a calhar em momentos recorrentes da história nacional. Ganha particular relevo se formulada pela figura mais respeitada da política francesa no século XX e reserva moral da velha democracia europeia. Sucede que, embora pudesse ter dito sem receber muita contestação embasada, De Gaulle nunca disse que o Brasil não era um país sério. O autor da frase é o diplomata brasileiro Carlos Alves de Souza Filho, embaixador do Brasil na França entre 1956 e 1964, genro do presidente Artur Bernardes. (Blog de Paris).
Traduzindo ! Basta de Falso Moralismo !
Ir brigar com Juiz, não tem explicação !
Jogador caiu sózinho, alegando caimbras…levantou-se e
saiu correndo !
Basta !
Se a Ponte Petra não tivesse levado gol neste lance, ninguém falaria em Fair Play, na maioria dos casos somos prejudicados por erros de arbitragem e fica por isso mesmo, temos mais para nos preocupar, foco em fazer nossa parte e conquistar vaga a libertadores, abraço a todos. Everson
Agiu certo o AF, agiram certo os jogadores do Inter, mas isso não é de hoje, ha muito tempo estão transformando o Fair play em LEI DE GERSON.
Alô você Jaldemir!
No dia de ontem, vi e escutei a posição de grande parte da imprensa do Brasil. UNANIMIDADE a Ponte queria fazer tempo, foi antijogo. Os Deuses do futebol não permitem certas coisas. GOL DO INTER, assunto encerrado. O mesmo jogador que coloca a bola pra fora, Alecssandro, (o Paulão iria dividir com ele) pretestando a “grave lesão de seu colega, foi o que fez um gol com a mão e quando perguntado disse: ” eles que se queixem lá na FEDERAÇÃO., agora ele quer Fair Play? Como diria aquele famoso treinador: “Tá de brincation”
Coloradamente,
Melo