RAFAEL MOURA parece terminar…

ENFIM, RAFAEL MOURA PARECE TERMINAR SEU CICLO NO INTER

Ao que consta, Rafael Moura já se acertou com o Atlético Mineiro, estando por terminar sua passagem por aqui. Ao escrever este post (dia 13/01), ainda havia pendências para aparar, a fim de consolidar sua transferência.
Eu sei que muitos até gostam do jogador, mais pela sua simpatia, e por ser um cara conciliador e apaziguador de grupo. Porém, como centroavante, ficou distante daquele homem de área que gostaríamos ter visto. Ao menos enquanto vestiu a camisa do INTER.
E não foi pouco o período em que aqui esteve. Chegou em agosto de 2012, perfazendo ao todo três anos e meio. É claro que em boa parte dos jogos, não contava com a titularidade e entrava no transcorrer da partida. Mesmo parcialmente, participou de 126 jogos.
Há um ano, quando escrevi sobre os “Centroavantes da Era Beira-Rio”, ficou demonstrado ter sido Rafael Moura o menos eficiente, para não dizer o pior, entre os mais de 30 pesquisados. Diversas vezes vaiado em campo, é possível que nem todos tivessem aprovado meu comentário na ocasião, talvez por trazerem na lembrança aquele jogo de exceção, o GRENAL dos 2×1, na Arena, com os dois gols feitos pelo He-Man. Depois, fez alguns jogos de destaque, mas convenhamos, de um total de 126 partidas, é muito pouco pelo que se esperava do jogador com todo o cartaz quando aqui chegou.
Na oportunidade em que foi feito o demonstrativo, sua média, como frisamos, foi a mais baixa de todos da era Beira-Rio, pois atingira 0,28 gol por partida, o que significa dizer que praticamente fazia 1 gol a cada 4 jogos. Muito pouco para um centroavante, com as características de goleador.
Agora, ao atualizarmos o quadro, incluindo Lisandro Lopes e outros dados, verificamos que Rafael Moura conseguiu piorar ainda mais a sua média, caindo para 0,22 gol por partida e, consequentemente, continuar liderando o ranking dos piores.
Na época, para uma adequada avaliação, o critério utilizado e ora preservado, fora de haver participado de um n° mínimo de 20 partidas. Daí o motivo de alguns nomes consagrados, quando chegaram ao INTER, não estarem relacionados, quer por quase não terem jogado com a camisa titular, quer por aqui terem pouco permanecido, a exemplo de Jô, Oseias, Whashington, Souza, Assis, Gustavo Papa, Sérgio Lima, Nilson Dias e Benê. Os três últimos, embora pesquisados em vários sites, não foi possível determinar o nº de jogos, apenas o nº de gols assinalados, respectivamente, 10, 8 e 7. A seguir, apresentamos o quadro dos centroavantes da era Beira-Rio, observando a ordem da maior para a menor média de gols por partida, conforme referimos acima:

Goleadores_INTER

OBS.:
(1) CLAUDIOMIRO – se for considerado todo o período de jogador do INTER, desde 1966- tem registrados 210 gols em 424 jogos – permanecendo a média de 0,50
(2) LUIZ CLÁUDIO – Há sites que o consideram simplesmente atacante, outros o citam como centroavante.
(3) FLÁVIO MINUANO – Em sua passagem anterior 1961/64 constam 52 gols em 67 jogos, cuja média é 0,78. A geral passaria a 0,62 – liderando todo o grpo.
(4) PAULINHO MAC LAREN – Em sites consta como atacante mas também, centroavante.
(5) MARCELO VITA – Embora mantido o vínculo de 5 anos com o Clube, permaneceu muito tempo lesionado e fora da equipe. O mesmo pode ser dito de LEANDRÃO, com passagens:2001/02 e 2005/10. Muito pouco participou em jogos pelo colorado, ficando quase todo período emprestado para equipes asiáticas.
(6) MARCIANO – Atuou como atacante, também é citado como centroavante.
(7) TADEU BAURU – Em sites consta como atacante, mas outros (Terceiro Tempo – Milton Neves) é denominado de centroavante matador.

É importante esclarecer que, antes do ano 2000, os dados de jogadores ou detalhamento dos jogos não eram tanto difundidos. Com a evolução da internet, existem sites bastante esclarecedores, a exemplo da Wikipédia, futebol80, o gol, Terceiro Tempo e o próprio Google. Além, é claro, de jornais.
Nestas condições, os períodos mais antigos, nem sempre trazem as informações precisas, especialmente no tocante às escalações, o que facilitaria a busca da participação do atleta nos jogos. Diante dessa dificuldade, poderá ocorrer pequenas divergências de números que, no geral, acreditamos não venham a prejudicar a análise feita.
Em suma, tem-se em mãos dados indicativos de centroavantes que vestiram a gloriosa camisa 9 colorada. Alguns, verdadeiros artistas no gol adversário. Outros, tão pouco aquinhoados, necessitando 4 (quatro) jogos ou mais, em média, para fazer um gol. Caso específico do Rafael Moura.
Por fim, o levantamento limitou-se ao camisa 9, não fazendo parte outros atacantes, mas que foram tão bons ou até mais goleadores daqueles centroavantes característicos. Citamos o exemplo de Valdomiro (179 gols), Jair (111 gols), Escurinho (103 gols), Falcão (72 gols), Rubén Paz (72 gols) e D’Alessandro (75 gols).
Portanto, pelo comparativo acima, podemos concluir que RAFAEL MOURA não deixará saudades, como centroavante, vestindo a gloriosa jaqueta colorada.
Que tenha boa sorte para onde irá jogar.

Saudações Coloradas
Heleno Costi

4 thoughts on “RAFAEL MOURA parece terminar…

  1. Bem pessoal,eu sabia que não agradaria a todos, mas a análise foi feita pela realidade dos números. Mas, como podem verificar no post elogiei as qualidades de ser Rafael Moura um jogador de grupo, com dons de agregador e apaziguador, de outra parte, como frisou o Jaldemir num processo de empatia, além dos tão escassos gols, pois o homem é centroavante, com média praticamente um gol a cada 5 jogos, também cansei de ver o cara perder gols feitos, errando na cara do gol. E minha maior revolta contra ele foi naquele jogo contra o Atlético Paranaense, praticamente debaixo do gol e sem goleiro o cara consegue errar. Se fizesse aquele gol, no final do jogo, decretaria o empate que nos levaria às finais da Copa do Brasil.E assim foram tantos gols feitos perdidos. Nos cruzamentos, sempre chegava 1 segundo atrasado. E quanto ao sistema de jogo, frisado pelo Melo, concordo em parte de ficar isolado e fincado lá na frente. Mas, num sistema praticamente igual,com o mesmo D’Alessandro de garçom, Alecsandro e Damião mantiveram a média de um gol a cada 2 jogos.
    Quanto aos dois centroavantes citados pelo Melo, não foram relacionados pelo simples fato de muito pouco terem jogado, ficando aquém dos 20 jogos fixados como critério.
    Bem teria outros dados a comentar que foram levantados, mas condições nas quais me encontro, com tablet na beira da praia, tendo sinal Wi Fi fraco fica difícil.
    Em compensação, o panorama em todos os sentidos está demais.
    Saudaçoes Coloradas

  2. Prezado Heleno: Parabenizo-o pela história. Lastimo a empatia revelada. Futebol se faz com onze. E muitos, como sabes melhor do que eu, são os fatores que conduzem um jogador a ter sucesso: o vestiário, a torcida, a Direção, e o próprio esforço. Lembras do ponteiro direito Mauricio, no Inter? Pela valorização na época armava no meio lançava na ponta, corria e recebia o próprio lançamento, cruzava para área, e ia para cabecear e as vezes conseguia fazer o gol… Tenho vivo na memória um lance entre Zico e o Artilheiro de Deus – Baltazar, jogando pelo Flamengo, recebeu uma bicuda de Zico e não foi e este virou para a torcida abrindo os braços, uma demonstração pública de rejeição com o receio de perda de reinado… Rafael Moura, concordo, não era nenhuma Brastemp, mas gelava muitos quando balançava as redes adversárias. Não era nenhum Escurinho, mas se tivesse um Minelli ou Felipão, faria mais gols que o atual indesejado Deputado Estadual. Ah, ia esquecendo, o fator sorte. Gostava do futebol dele. Sentirei sua saída, não com saudades, mas como mais um que tentou mas não alcançou o sucesso pretendido, saindo pela porta da frente, sem ter manchado nossa camisa, sem a ter pisoteado nem cuspido, e assim, sempre deverá ser bem recebido e homenageado. Merece mais aplausos do que vaias. Grande abraço.

  3. Alô você Heleno, nosso historiador!
    A meu juizo o Rafael Moura foi mais vítima do que vilão. Em nenhum momento houve uma equipe que jogasse pra esse tipo de centroavante, o fincado, o de área, aquele que vive de linha de fundo de jogada pelos lados. Quando o compraram sabiam disso, ou deveriam saber, poi foi assim que teve destaque no Goiás por exemplo. Não o acho um grande jogador mas eu o acho um muito bom centroavante se for assim utilizado, caso contrario não produzirá, como aconteceu. Vai ter razoável destaque para onde for caso seja adequadamente utilizado. Quanto a lista de centroavantes (ou atacantes como Marciano) noto a ausência de Nelson (irmão do Paulo Egídio) que jogou no Inter de 1989 a 1990 e de Celso o homem que sofreu a falta que originou o gol do Dunga contra o Palmeiras ambos apesar de bons jogadores tinham média de gols baixissima. Essa é mais uma oportunidade para me deliciar com suas postagens.
    Coloradamente,
    Melo

  4. Criticado por muitos, relevado por poucos, foi decisivo em determinadas situações. Registrou sua passagem e pelo menos “extra muros” não se tornou incoveniente a não ser naquele episódio com a torcida em Novo Hamburgo, o que fica por conta da reação natural do ser humano (mesmo que errada)

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