DESPEDIDA E TAÇA

Gosto de pessoas que se emocionam, vibram e são transparentes nas suas emoções. Passando para o futebol, admiro essas características, principalmente em profissionais do futebol, às vezes até exageram e ultrapassam os limites do bom senso e causam algumas dificuldades ao clube que defendem, mas os que tem qualidade logo ali compensam com um lançamento perfeito, um gol vital para a conquista de algo importante para sua equipe.

Hoje se despede do Internacional o melhor de todos que vi com essas características, por mais de sete anos brigou, xingou, lutou, mas principalmente brilhou, deu mostra de ser um profissional muito acima da média do que estamos acostumados a ver jogar nos gramados brasileiros.

Entendeu perfeitamente a importância da rivalidade regional, soube sempre colocar o adversário em seu devido lugar sem ser arrogante, sempre embasando suas colocações com dados e estatísticas irrefutáveis.

Em campo conseguiu liderar seus companheiros, não só pela facilidade de comunicação, mas principalmente pela sua qualidade técnica, pela entrega até a exaustão, por pressionar constantemente a arbitragem sempre que sentiu necessário e, notoriamente, ser respeitado e admirado pela maioria dos colegas de profissão e por alguns até invejado.

Respeitando opiniões contrárias, não acredito que os problemas mais recentes do time passem por ele, creio que se fosse aberta a possibilidade a todos os dezenove clubes do campeonato nacional em levar um jogador do Internacional seriam unânimes na escolha, pois era o único diferenciado no elenco atual.

Perdeu vigor físico sim, mas tenho certeza que muito prejudicado pelo péssimo estado físico do elenco no ano de 2015, e, evidentemente, os atletas de mais idade sofreram mais.

Fora de campo sempre soube dignificar a condição de atleta do nosso clube, em programas esportivos de nível nacional e internacional, soube capitalizar sua popularidade em causas sociais e por dois anos seguidos organizou jogos beneficentes, trazendo para o Gigante da Beira Rio personalidades do futebol de diversos países, para destinar valores substancias arrecadados em prol de entidades carentes.

Não bastasse tudo isso, o ódio que sempre despertou em torcedores e alguns jogadores do principal adversário para mim já justificaria tua passagem pelo Internacional, siga uma nova senda de vitórias, se possível já na próxima Libertadores, Andrés Nicolás D’Alessandro.

fonte: www.internacional.com.br
fonte: www.internacional.com.br

Passando a tratar do período pós D’Alessandro, me preocupa que após um longo período, saia um jogador vital sem que seu substituto já esteja contratado e ambientado no clube, essa procura que deve começar agora em tempos passado foi muito danosa, quanto se procurou um substituto para Figueroa, Falcão, Taffarel, etc.

Finalizando, nada melhor que sair como chegou, fazendo volta olímpica e foi assim que D’Alessandro se despediu, mesmo num jogo preocupante pela pouca qualidade, e uma fraca cobrança de pênaltis, nos rendeu a Recopa Gaúcha, é bom não perder o costume, pois Brasil a fora tem estádios que estão ficando quadrados de tanto tempo que não se faz uma volta olímpica.

Um abraço colorado,

Arioldo Roldan

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