POR ADRIANO GARCIA – EL MAGO
Leio os jornais e observo o seguinte: — uma tendência universal para achar que os campeões de tudo devem aceitar, sim, o próprio leilão. É a filosofia do toma lá da cá, da oferta maior, do lance mais alto. Se oferecem tanto aos craques e tanto ao clube, o negócio deve ser fechado brutalmente e com a solidariedade e o estímulo da imprensa, do rádio e da televisão. Do contrário, argumenta a maioria dos meus confrades, seria prejudicar o craque e o clube. É, como se vê, um raciocínio monstruoso, que coloca o problema em termos estritamente mercenários. Ora, as profissões e as pessoas dependem ou, antes, dependem sobre tudo de valores gratuitos. Procurarei esclarecer: — a vergonha de um senhor honesto É um bem material, negociável? Não, evidentemente. E, no entanto, por esse valor gratuito, ele estará disposto a morrer e matar. E assim os seus filhos. Não ocorreria a ninguém aconselhar a uma mulher casada que aceite uma boa oferta, em dinheiro, do primeiro pilantra. Ela estaria disposta a vender as joias, os talheres, as cadeiras, os lençóis, o diabo a quatro. Menos os seus valores incomerciáveis. Objetará alguém que eu estou misturando alhos com bugalhos. Bem amigos porque temos que vender nossos craques, ídolos, a bem da verdade esta resposta fica no imaginário do torcedor e remoem a sua inteligência. Como pode se desfazer da melhor peça, da técnica arte de jogar futebol. Simplesmente não se obtém esta resposta plausível.
Um ídolo (do grego antigo εἴδωλον, “simulacro”, derivado de εἶδος, “aspecto”, “figura”) é, originalmente, um objeto de adoração que representa materialmente uma entidade espiritual ou divina, e frequentemente é associado a ele poderes sobrenaturais, ou a propriedade de permitir uma comunicação entre os mortais e o outro mundo. A idolatria é, portanto, a prática de adoração de ídolos. Na atualidade, especialmente após os avanços tecnológicos do século XX que permitiram maior acesso da pessoa comum a trabalhos de artistas, políticos, e personalidades importantes, o termo “ídolo” expandiu-se da esfera divina para a esfera humana. É lugar comum a menção de pessoas famosas ou de destaque em sua área de atuação profissional como “ídolos”, personalidades que se tornam, ou através da aclamação popular espontânea, ou através da atuação direta da própria mídia, objeto de adoração e devoção não religiosa. O jogador de futebol (ou futebolista) é um profissional cuja prática do desporto coletivo é fundamental. Estes trabalhadores são contratados por clubes de futebol e, por depender do dispêndio físico, têm carreiras de curta duração. A competência brasileira nos campos é inegável, uma espécie de herança que começou nos anos 10, quando o esporte ainda estava nas mãos da elite, mas atraía multidões graças a craques como Arthur Friedenreich. O fanatismo pelo esporte e a massificação dele na mídia e no cotidiano de alguns torcedores alimentaram tanto a sua prática como a antipatia dos intelectuais pela bola. Da mesma forma, anarquistas e comunistas sentiam-se incomodados com a situação. E com o passar dos tempos foi sendo aprimorada, e isso se deve ao surgimento de ídolos como Heleno de Freitas, Leônidas o diamante negro, Garrincha, Pele, Zico e outros tantos. No entanto para nos aqui nos pampas o surgimento de um mito, ídolo e mais imperante pois somos galgados na forca, na garra farrapa. E quis o destino que um jogador de fala esquisita, sotaque portenho de língua enrolada; chega -se aqui e transformasse o sonho de torcedor em realidade e exatamente isto que estou a tentar descrever. O desejo de todo torcedor e entrar em campo e ser a grande apoteose. E ele o fez o maestro da torcida o argentino pampeano que caiu nos braços amorosos da torcida e a fez alegre, por cerca de 8 anos. Quase longos 8 anos de muita cumplicidade. Pois bem como em todo conto de fada a sempre o inicio, meio e o fim. É difícil de acreditar, aceitar. Não obstante a torcida sabia que um dia isto iria acontecer, porem, talvez não fosse tão rápido e dolorido. Ele foi ,repito com o coração partido. Mas volta. Mais forte. ” Todo Guerreiro de Luz sabe a hora de sair de uma batalha, para voltar depois, e ganhar a guerra”.
Mas até la vai ser muito complicado essa transição pois perdeu se o expoente técnico; e sem reposição a altura. É claro que a reposição nunca será a mesma. Embora se acredite ilusoriamente que seja possível. Ídolo e algo que esta acima do bem e do mal, as mudanças são benéficas, porem quando feitas com competência e inteligência. A esperança e sempre de que a equipe encontre seu rumo e a torcida encontre seu ídolo ali na frente levantando taças e conquistando títulos!!
Saudações
Adriano Garcia
Presidente/Diretor da Regional