O ano de 2016 do Inter começou em janeiro com a reapresentação do grupo se no Centro de Treinamentos do Parque Gigante. Era um grupo bem menos badalado do que nos anos anteriores. Sem a Libertadores, a direção evitou contratações de impacto. Paulo Cezar , Fabinho e Bob não empolgavam. Até agora apenas o lateral ainda não se justificou. O que não se entendia porque tantos volantes. Deixaram o clube Dida, Léo, Juan, Nico Freitas, Wellington, Lisandro López e Moura. Depois D’Alessandro. Argel seguiu no comando técnico.
O Inter teve nesses primeiros meses apenas as disputas do Gauchão e Primeira Liga. A ideia era de analisar as peças durante as competições e, caso julgue necessário, retorne ao mercado para buscar mais alternativas para o Brasileirão e Copa do Brasil. Agora já anunciaram Seijas. Pensam em mais um volante, grande estrela do prestigiado Joinville (Anselmo) e a pergunta é a mesma: Para quê tanto volante?
Argel não levou o Inter à Libertadores, mas foi mantido no cargo. O desempenho no segundo turno do Brasileirão, quando realizou a segunda melhor campanha garantiu sua sequência. Mas não vemos evolução nenhuma do time até o momento. Também, o técnico tem como trunfo o fato de ter recuperado Vitinho, que em 2016 não existe. Há ainda a questão do goleiro para substituir Alisson. E tem a volta do Nilton (mais um volante)
O time não apresenta evolução. Só incertezas. Argel trabalha para conseguir mais alternativas que não tem. Marquinhos, meia-atacante que veio do Cruzeiro, não é o remédio. A missão de apresentar um futebol mais vistoso somente contra clubes menores do interior do estado, quando Anderson vai bem. O sistema ofensivo não existe e o defensivo é falho. O meio campo já teve várias figuras geométricas a explicá-lo.
Em 2016, os garotos viraram protagonistas no Inter. Além das consolidações de Alisson, Dourado (com fortes rumores que sairá porque o Inter só pensa em trazer volantes), Valdívia, William e Eduardo Sasha, nomes como Artur, Geferson, Aylon, Andrigo (que já esteve nos planos de Barcelona e Manchester United), Gustavo Ferrareis, Alisson Farias e Eduardo e Baio (que deram uma sumida).
De vez em quando, a torcida colorada empolga-se com as atuações de Anderson e dos garotos que entraram dispostos a mostrar que podem ser o futuro próximo do Inter. De vez em quando…
Argel, que vem lançando com cuidados e critérios os emergentes da base, manifesta-se errado ao alertar que os meninos não são solução, embora possam vir a sê-lo (ser ou não ser homem, eis a questão?)
Neste mês o clube completou 107 anos. No entanto, a festa de aniversário foi discreta. O Inter vive um ano de mais incertezas do que boas perspectivas. O elenco é recheado de promissores atletas formados nas categorias de base mas que ainda deixam dúvidas quanto ao rendimento em competições de maior nível. E o Gauchão 2016 não está sendo tão fácil como de costume.
É isso, beijocas…
Simone Bonfante – Criciúma/SANTA CATARINA
Inter: no campeonato das paixões és líder invicto e isolado!
De vez enquando o entusiasmo com a juventude em outros momentos a decepção. Tudo próprio de uma formação?
Alô você Simone!
Recentemente escrevi sobre essa “onda de volantes” que assola o Inter. Sigo não entendendo porque não se torna ideia fixa a busca de centroavante e de articuladores. É como ir ao mercado comprar ovos e não encontrando, compra mamão. Sim mamão afinal tudo é alimentação, não?