Cerebral

Não há jogador maior que o clube.

Mas alguns se aproximam disto por sua dedicação, por sua estrela e, principalmente, por seu caráter.

Fernandão, Tesourinha, Oreco, Balvé, Escurinho, Dallegrave e tantos outros…

Ainda temos Valdomiro, Falcão, Iarley, Figueroa,Taffarel tantos mais e, que um dia ainda teremos que lamentar.

Uns nos deixam prematuramente, enquanto outros vivem uma vida extensa mas mesmo assim deixam a mesma saudade quando parte.

Há atletas que jogam e nem os percebemos, há atletas que jogam e cicatrizes deixam. Também há atletas que simplesmente aparecem em nosso clube e nos marcam para sempre.

Larry foi um desses.

Larry nos deixou.

larry

Morreu neste dia 6, o ex-atacante Larry, aos 83 anos, vítima de pneumonia. Deixou esposa, dois filhos, seis netos, uma bisneta e um imenso sentimento de vazio na torcida colorada.

Carioca de Nova Friburgo, Larry começou sua carreira no Fluminense, chegando ao Inter em 1954, clube pelo qual encerrou sua carreira em 1961, tendo marcado 176 gols. Participou “Rolinho”, uma equipe qualificadíssima do Inter formada da metade para o final da década de 1950.

Este jogador era aquele tipo de atleta que passou pelo clube, ainda o vivia intensamente, e nos deixou marcas. Foi o que me aconteceu. Uma espécie de buraco, um vazio agoniante, que me pede a cada novo dia um preenchimento. Sofremos por tantas perdas porque somos um clube de tantos idolos. Vai ser assim quando Falcão morrer, quando Valdomiro morrer…

Aliviar a dor, só com novos ídolos.

Larry é um amor que já não existe. Só a saudade.

São tantas as cicatrizes que tentamos esconder, mas já não há outro jeito. Sentiremos saudades pra sempre. Talvez lembrando dos seus feitos e da sua pessoa. Era outro que merece uma estátua: como Falcão, como Valdomiro…tantos outros.

Não caberia espaço no Beira Rio para tantos.

E se fizéssemos tudo isso, ainda não seria suficiente. Somos assim despreparados pra perda e impacientes com o tempo, o qual deixamos responsável por apagar o nosso sofrimento.

Estamos tristes pela falta que Larry já nos faz, mas gratos á Deus por termos o conhecido um dia.

Saudades eternas …

5 thoughts on “Cerebral

  1. Alô você, Simone!
    O Beira-Rio hoje, estará um pouco vazio, estará faltando um dos colorados mais assíduos nas tardes de domingo; Larry!
    Como escrevestes, fica a Saudade.
    Vamos, Colirado!, por ele também!

    1. é um marketing que está quicando e a direção não vê. Oportunidade de uma vez ao ano lançar uma estátua com um jogo festivo entre estrelas do passado ou adversários pelos quais o homenageado teve história tb. (já pensou um Inter x Roma em dezembro, em homenagem ao Falcão?). Se uma estátua por ano for muita estátua, pode-se homenagear anualmente com uma placa ou busto e a cada 4 anos aí sim uma estátua. Poderíamos ter um evento mundialmente conhecido como o Joan Gamper.

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