TRISTE MANHÃ: É HORA DE MUDANÇA

Dourado também tentou ir ao gol (Imagem: Clic RBS)
Dourado também tentou ir ao gol (Imagem: Clic RBS)

                Uma bela manhã de domingo transformou-se em uma triste manhã para a nação colorada no enfrentamento com o tradicional rival. Com 5 minutos de jogo o adversário se postava mais ao ataque, mas até então era bem bloqueado pelos volantes e zagueiros do INTER. O que imperou mesmo nesse início de jogo foram os muitos erros de passse, de ambas as equipes, com a bola sofrendo em lances sem qualidade no meio de campo.

                 O INTER deu o primeiro chute a gol aos 12 minutos, quando Sasha (que não esteve bem no jogo) bateu de fora da grande área muito fraco. Outra vez Sasha, um minuto depois, chutou sobre o gol adversário, sem perigo. Artur chutou em seguida, também de fora da área, para defesa fácil do goleiro rival. Com todas as dificuldades de aproximação, parecia que o INTER estava encontrando uma forma de manter os adversários acuados em seu próprio campo.

                Aos 20 minutos, porém, após Sasha simular uma falta não marcada pelo árbitro, volantes e defensores colorados ficaram apenas acompanhando o avanço de Luan, que enfiou a bola nas costas de William para Éverton chutar fraco. Bom, mas o Muriel vai pegar, não vai? Já conhecemos o Muriel, o maior rebatedor de bolas para dentro da área. E aí Douglas, que vinha entrando pelo meio da área, só teve o trabalho de chutar para o gol vazio.

                Os colorados se desconcentraram após sofrerem o gol. Pelo menos Argel promoveu a entrada de Gustavo Ferrareis no lugar de Fernando Bob, para dar maior movimentação do meio para frente. E logo em seguida houve um pênalti claro não marcado sobre Gustavo  Ferrareis, que penetrou pelo lado esquerdo da grande área e foi derrubado. O árbitro rival não soprou o apito.

Aos 37 minutos Sasha não alcançou a bola cabeceada por R. Dourado da esquerda para ao lado direito da pequena área, desperdiçando boa oportunidade para empatar a partida, vindo a errar novamente aos 44 minutos, quando chutou da entrada da grande área sobre o gol adversário. Foi a última chance do primeiro tempo e era visível a falta de opções coloradas para colocar o rival em perigo.

                O segundo tempo iniciou com grande pressão vermelha em dois escanteios consecutivos, mas que não deram resultado. Aliás, o INTER de Argel tem nos levantamentos de bola para a área, seja bola parada ou não, o que parece ser a coisa mais treinada pela equipe. Mas ninguém conseguiu vencer a barreira defensiva montada pela equipe rival.

                Aos 11 minutos G. Ferrareis bateu forte de fora da área assustando o goleiro adversário, a bola passou perto do gol, e aos 15 minutos Paulão, em posição de atacante pela esquerda, fez boa tentativa em chute cruzado que também chegou perto do gol, mas foi para fora, infelizmente.

                O tempo passava e o INTER, apesar da relativa pressão exercida desde o início da segunda etapa, não conseguia se impor efetivamente sobre o rival. Argel promoveu o ingresso de Valdívia no lugar de Seijas, que não mostrou nesse jogo o futebol que o fez vir para o INTER. É bom jogador, mas deverá se adaptar logo se não quiser perder espaço na equipe.

                Mais tarde Argel fez entrar Anderson no lugar de Sasha, adiantando mais o Valdivia. Foi a mudança que deixou a equipe colorada com maior organização, e a partir daí foram criadas as melhores oportunidades de gol. Mas nenhuma alcançou o sucesso esperado, mesmo com as tentativas de Vitinho, um grande chutador. Acabamos sendo derrotados em nossa própria e bela casa, em uma bela manhã que se tornou triste.

                A melhor análise, entretanto, parece ser a que leva em conta os últimos 5 jogos, após os quais o INTER conquistou apenas e tão somente UM PONTO EM QUINZE disputados. Adversários como Figueirense, Coritiba e Botafogo, este em casa, poderiam ser superados, bastando comparar a estrutura e o elenco de cada um. Não há jogadas ensaiadas e pode-se muito bem ouvir o treinador gritando à beira do campo “vamo, vamo”. Isso é parte de um canto da torcida colorada. Um treinador, para estar à altura do SPORT CLUB INTERNACIONAL, tem que mostrar muito do que vontade. Tem que ser GRANDE!

Assim, na conclusão dessa breve análise creio ser possível afirmar que os limites de Argel já foram atingidos. Não irá além do que tem mostrado. É hora de mudança, pois ainda há tempo para organizar melhor a equipe e buscar atingir os grandes objetivos traçados pela Direção de Futebol e tão desejados pela imensa TORCIDA COLORADA!

Aquidaban Machado

 

 

14 thoughts on “TRISTE MANHÃ: É HORA DE MUDANÇA

  1. Bom eu acredito que o Anderson não joga nunca no Inter. Esta melhor quando entra e o time ja está vencendo. Não jogou nada no greNAL. Quem mudou o time pra mim foi o Ferrarez. E é óbvio que jogar com tres volantes e com Seijas não vamos a lugar nenhum.Com tres volantes temos que jogar no contra ataque e para isso precisamos de gente veloz no meio de campo, com passe longo, chegada. Não alguem que toca a bola, pro lado e ainda erra muitos passes porque não esta acostumado com a equipe. Funcionou com Andrigo no inicio do campeonato.E só.

    1. Excelentes colocações, Adriana. Seijas é um meia de toques curtos. E o Andrigo, como perdeu espaço, não é mesmo? A melhor surpresa no elenco tem sido mesmo o Ferrareis, concordo inteiramente contigo. Só falta aperfeiçoar o chute, no mais ele marca, briga, dá passes, se desloca. E o Anderson ainda deve um grande apresentação, mas melhorou nos últimos tempos, embora timidamente.

  2. O problema do INTER, não foi o jogo de ontem. Não consigo entender a liberdade que uma direção incompetente dá para um treinador mais incompetente,falar besteiras, antes , durante e depois dos jogos. Não tem convicção tática. com 26′ minutos mexeu porque viu que não dava certo. Mas todo
    mundo sabia que não iria dar certo. Já foi mais de um terço do campeonato e o tal de Argel não consegue fazer o time jogar. Não existe uma dinâmica de jogo. Assisto vários jogos do Brasileirão e fico pasmo quando vejo a maneira do Inter jogar. é um amontoado correndo desordenadamente, sem um esquema definido. Penso que o Argel deva ser substituído . O plantel do Inter não é ruim, falta é comando , Mas vão esperar perder para o Santa Cruz,para depois trocar.Em quinze pontos disputados, ganhar apenas um, é motivo de sobra para mandar embora o treinador.

    1. Verdade, Leandro. Nosso comandante já virou motivo de chacota. Algumas expressões são até folclóricas, divertidas, como aquela de “ter que trocar o pneu com o carro andando”. Mas suas análises após os últimos insucessos têm sido completamente equivocadas. Não se trata de acusar este ou aquele atleta por não ter atuado bem, isso é assunto para o interior do vestiário e para a cobrança no dia a dia. Mas é preciso reconhecer quando a equipe concede espaços generosos aos adversários de qualquer porte, sofre gols, e depois não tem organização tática nem forças para reagir. Isso é responsabilidade do treinador Argel. Penso que este treinador não tem mais nada para dar ao Clube.

  3. Aquidaban, gostei muito da qualidade da tua abordagem, pois é o retrato do que realmente aconteceu no jogo de ontem. Concordo com o teu foco, não estamos questionando somente o resultado de ontem, mas o “conjunto da obra”. Não é possível aceitar que estamos em Julho e ainda não temos um time forte, coeso, competitivo, organizado, bem postado, com alternativas de jogo e que ainda não inspire confiança na torcida, apesar de todas as condições oferecidas de trabalho e um plantel de várias opções. Os jogadores escalados não apresentam desempenhos à altura da qualidade que possuem e, apesar de reconhecermos o empenho da maioria, estão muito aquém do esperado e desejado, quem sabe pela forma desorganizada que atuam. O comprometimento é geral e se constata que alguns não são escalados onde rendem mais e melhor. As “desculpas esfarrapadas” continuam as mesmas e daqui a pouco serão as ausências de Rodrigo Dourado e William as novas justificativas. O resultado em si do GreNal, não é surpresa, pois GreNal é GreNal, e o resultado pode ser vitória de um ou do outro, ou empate. O que não é aceitável é a conquista de um (1) ponto em quinze (15) disputados e a sequência de desempenhos altamente questionáveis e abaixo do padrão esperado para o nosso Internacional, mesmo nas vitórias. A dúvida fica no sentido de não se ter certeza que só a troca do treinador resolverá os problemas, pois essa direção tem seguido essa estratégia equivocada de escolhas, ano após ano, e o resultado final é o de sempre, fora de grandes competições e um milhão de desculpas. Sinceramente, é chegada a hora de repensar e mudar. Sim, mudar tudo aquilo que não tem apresentado resultados nos últimos anos e partir para a execução de um projeto de transformação, tornando o nosso Internacional novamente competitivo, respeitado, com desempenhos de qualidade e que seja orgulho da torcida Colorada. Chega de desculpas, omissão, aceitação e conformismo com a situação de hoje, pois não consigo ver limitações para uma grande mudança. Falta coragem?

    1. É isso mesmo, Paupério. Aquela história do Argel de que ganhar de 1 x 0 também vale três pontos, denotava no início do campeonato a opção por organizar primeiro o sistema defensivo, pelo menos foi assim que eu compreendi tal afirmação. Com a sequencia de jogos, além de deixarmos de ganhar, enfrentamos derrotas e empates nos quais o excelente Danilo Fernandes foi o melhor jogador em campo. Pronto: a interpretação que fiz no início, daquelas palavras do Argel, já não servia mais. E os problemas fpram se mostrando maiores e sem soluções: péssima saída de bola, cruzamentos improdutivos para a área, falta de triangulações do meio para a frente, falta de qualidade no meio de campo e no ataque. E gritos, muitos gritos de “vamo, vamo” partindo do treinador, de quem se espera muito mais do que isso. A Diretoria tem que se mexer, e com urgência. A história de que o plantel está fechado com o treinador chega a me assustar! É preciso alguém que entenda de sistemas táticos, que treine jogadas ensaiadas, que cobre dos jogadores empenho nos treinamentos, para que não precise ficar dizendo, só na hora do jogo, o que eles tem que fazer em campo.

  4. Aconteceu tudo exatamente conforme o espelho de Flamengo x Inter: posse de bola, evidente maior qualidade técnica que não se fez presente no placar porque faltam soluções ofensivas, arremates a gol, rotina de jogo. Ah se tívessemos alguém com notório saber de futebol para falar com o treinador nem precisava ser sistematicamente, mas pontualmente.

  5. Oi Aquidaban, não vi um jogo tão ruim, mas a derrota passa por 3 momentos, primeiro o Argel não podia começar com 3 volantes jogando em casa, segundo o Muriel novamente errou, mas é o que temos, melhor que o seu reserva que tomou 3 do Botafogo e por fim e terceiro, o Anderson não pode ser banco de ninguém neste atual elenco. Ele dá dinâmica ao jogo, tem arrancada, é forte e de bom passe e chute. O Valdívia ainda precisa ritmo.
    O INTER perdeu para o INTER, pior foi perder para o Botafogo.
    Grande abraço.

    1. Alô você Evandro!
      Concordo em gênero número e grau contigo. ANDERSON não pode ficar fora, ele com uma perna só, é melhor que muitos com três. Mas como eu disse, alguém com notório saber de futebol tinha que “encostar” no AF e falar isso pra ele. Agora uma pergunta: Tem alguém que entenda de futebol pra fazer isso? Eu mesmo respondo, não. Aquele senhor pode e deve ser digno, coloradaço etc etc mas de futebol ele não entende nada e como diz o estatuto O CD é responsável direto por isso, mas…

      1. Grande Melo! Também me parece que o Anderson tem feito a diferença quando entra durante os jogos neste campeonato. Dá efetivamente mais velocidade à equipe e tem muita visão dos espaços onde a bola pode ser tocada para os atacantes, muito lentos quando o Beiçudo não joga. O que resta saber é sobre sua condição física, pois se estiver bem com certeza é dos mais habilitados do elenco a vestir o manto titular do Clube do Povo.

    2. Alô Evandro! Muitas vezes neste greNAL dois ou até três jogadores colorados disputavam a mesma bola, ou seja, falta organização tática para a equipe. A melhor saída de bola tem sido o chutão, pois tocar de pé em pé é uma dificuldade… Levantamentos para a área, onde na imensa maioria das vezes não há ninguém, são comuns nos jogos deste Brasileirão. Isso não vai dar certo. Basta olhar o histórico dos últimos jogos. Penso, como disse acima, que Argel deu tudo o que sabe. E seus conhecimentos na função de treinador de futebol são insuficientes para permanecer à frente do Campeão de Tudo.

    3. Perfeito Evandro!! E com a cabeça mais eu diria ainda que tivemos pouca sorte, que até pouco tempo nos sobrava, visto a quantidade de finalizações erradas, cruzamentos errados, passes equivocados. Mas também acredito na máxima: Quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho.

      1. Que dê tudo certo o quanto antes! Os treinamentos dão o suporte, os fundamentos para a prática de um bom futebol na hora do jogo. Penso, como frisei no texto, que o INTER carece de um treinador que faça treinos de jogadas ensaiadas, de saída de bola, de triangulações do meio para a frente, de marcação, etc. Pelos últimos jogos, entendo que não foi apenas a sorte que nos faltou, mas essencialmente uma postura tática capaz de levar efetivo perigo aos adversários.

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