Chega mais!

Bem. Bela escolha. De tantos erros e acertos, parece que Gregos e Troianos foram contentados. E dizer que a alegria foi Romana. Caso de dar a Cézar o que é de CÉZAR. E se fôssemos reviver o passado poderíamos dizer como no samba-canção …”Ele voltou… (o boêmio) voltou novamente! ” A Direção desta vez conseguiu fazer um belíssimo gol. Só o Tempo dirá: se foi ou não, Contra ou de Placa.  De fechar o Comércio, tipo alegria da bateria do Salgueiro de em sua frente ter a esplendorosa Passista (Vivi para os íntimos); desnecessário declinar o nome, pois o que interessa é o que agora está não na boca do torcedor ensandecido de esperança, mas sim ritmando o fluxo do seu vermelho sangue bombeando em seu peito o coração: “Habemos Papa! Habemos  Treinador!”

Uma, duas, vamos entrar em sua Terceira temporada. É um jogo com prorrogação. É o retorno do Rei parafraseando o Imperador “Vim, Vi…”. Só o Tempo dirá: “ …e Venci!”

E a massa que antes invadia o Coliseu, ansiosa evoluiu para uma seleta torcida exigente e ultimamente muito mal acostumada (“Mal acostumada, você ficou!, mal acostumada, com meu amor...) de tanto ampliar sua sala para armazenamento e exibição de troféus, ratificando que esta Terra tem Dono, não se permitiu ignorar a presença do Rei de Roma em sua entrada triunfal ontem às Três horas da tarde, no Majestoso Colosso da Beira-Rio, seu antigo palco de memoráveis espetáculos e de dramáticas apresentações, em sua maioria, gravada na História Alvi-rubra com o V da vitória, traçado em eras de ouro através das asas de um Jovem Falcão.

Falcão: a solução. Falcão: a personificação viva dos que aspiram ascensão! Falcão escreveu sua história em um manto vermelho que o elevou a Rei no Império Romano carente de expoentes legendários, sufocados na poeira do Tempo. E só o Tempo dirá : “ Ama com fé e orgulho, pois filho, jamais verás, nenhum como este!” Saído de um livro infantil, foi delatado quando se atreveu a jogar futebol e permaneceu com os cabelos amarelos cacheados; deixou de ser o Pequeno Príncipe, e deu no que deu: O último Rei de Roma.

E hoje, quando muitos dos fios amarelos já lhe abandonaram, expondo que o Tempo, ah! O Tempo, trocou por outros atributos que já conhecemos, ao que me parece, e metade do Rio Grande do Sul e mais um também, de acordo com o Livro mais antigo e mais conhecido do Mundo, eis que o Bom filho a Casa torna.

Paulo Roberto Falcão. Este é teu nome. Nada mais a provar. Seja muito bem-vindo. Sempre provou que sabias muito bem o que queria.  Quando derrubastes um desafeto de um tronco em uma pinguela na Vila Igara, quando o velho treinador Senhor Álvaro insistiu para que ficastes treinando com ele e simplesmente abristes um belo sorriso como negativa resposta, desnecessário dizer quem ganhou: a Nação Vermelho e Branco. Mesmo que por  tragicomédia do destino ele venha a te surpreender com o insucesso neste lapso de tempo(ah! Sempre Ele), estaremos contigo!, porque, segundo o Rei musical, és Inimitável, Inigualável, e como o burlesco, no nosso Amado Internacional serás também Rei, Primeiro e Único. Mesmo que a porta novamente, em algum momento em festa ou tristeza se abra para tua execração ou gloria, os atributos genéticos e adquiridos ao longo do tempo (ah! De novo!)  trilhastes estradas de poeira e subistes degraus de tapete vermelho com comportamento irretorquível que te garantiram esta eterna condição de Fidalgo. Fidalgo e Aristocrata. Mostrastes teu valor na alegria e na tristeza e provastes ainda muito mais, que mesmo que sejas muitas vezes derrotado jamais conseguirão que sejas um perdedor: és fruto do Celeiro de Ases. Mostra isso para os meninos deslumbrados que terás sob teu cetro. Sejas Rei, sejas Pai, sejas amigo. Mas acima de tudo, seja o que sempre foi: o Falcão que conhecemos. Saúde e Luz.