Inicio afirmando que todas as conclusões desse texto são baseadas na visão de um leigo e simples torcedor Colorado que tenta entender as razões da queda do Internacional à 2ª Divisão do futebol brasileiro. Gostaria de deixar bem claro que não pertenço a nenhuma corrente política, não tenho nenhuma relação com qualquer membro da direção, desconheço o dia-a-dia interno atual do Beira-Rio e não tenho nenhum outro interesse que não seja o bem do clube.
Analisando o desempenho no Campeonato Brasileiro de 2016 podemos perceber que:
- Jogar no Beira-Rio não teve o resultado de supremacia esperado (cinco empates, cinco derrotas e nove vitórias)i;
- Os resultados encontrados fora do Beira-Rio foram decepcionantes (dois vitórias, cinco empates e 12 derrotas);
- A defesa (41 golos sofridos) e o ataque (35 golos marcados) tiveram desempenhos muito abaixo do esperado;
- A torcida Colorada, foi o ponto alto, mesmo com o mau rendimento do time em vários jogos e na colocação do campeonato, nunca deixou de dar seu apoio irrestrito e incondicional. A ação de um pequeno grupo de pseudo torcedores foram a nota destoante e assim mesmo em poucas ocasiões.
- A tendência de resultados e o comportamento que se manteve ao longo de todo o campeonato evidencia que as causas do comprometimento constante e crescente não foram identificadas e não foram corrigidas corretamente. Apesar dos esforços e da dedicação, o nosso Internacional esteve com desempenho, em todas as áreas, muito abaixo do que poderia ter feito e que se esperava em 2016 e, sem as ações necessárias, só poderia ter resultado na queda à 2ª Divisão.
Baseado em informações veiculadas na imprensa e em observações efetuadas ao longo do campeonato listamos a seguir as razões que acreditamos ser relacionadas à gestão e administração do clube:
- Acreditando que não houve má intenção na condução do clube, pois ninguém pode imaginar de sã consciência, que alguém assuma a direção de um clube, como o Internacional, sem ser Colorado e não ter a intenção de obter bons resultados, entretanto a falta de uma maior atenção da gestão no comportamento do desempenho do clube no campeonato, de uma atuação mais ”pé no chão” (dentro da realidade) e na falta de competência para identificar e corrigir corretamente o que estava ocorrendo fora do rumo traçado, foram as maiores responsáveis por essa queda;
- O ambiente interno contaminado por disputas políticas descabidas e inoportunas por poder e interesses, fragilizou as energias para identificar e enfrentar as dificuldades que se apresentaram, também contribui de sobremaneira para o insucesso em 2016;
- O comportamento de parte da imprensa que atuou de forma parcial, como torcedores ou na defesa de outros interesses, agindo como torcedores, exagerou no incentivo à disputa local, potencializou as crises de um clube fragilizado, esquecendo que estavam fazendo um desserviço não só para o Internacional, mas para o futebol gaúcho e brasileiro;
- Queiram ou não, as declarações inadequadas e inoportunas da direção, potencializadas por parte da imprensa, e a desmobilização na rodada final do campeonato, gerada pelo trágico e lamentável acidente com a Chapecoense e a comoção nacional, quando clubes ainda estavam lutando por posições, sepultou qualquer possibilidade de evitar a queda. Os detalhes da última rodada evidencia de forma cabal essa conclusão.
Baseado em informações veiculadas na imprensa e em observações efetuadas ao longo do campeonato listamos as razões que acreditamos ser relacionadas ao futebol, podemos afirmar que:
- O Internacional começou e terminou sua participação sem a definição de um time titular, sem padrão de jogo, sem posicionamentos adequados em campo e sem desempenhos confiáveis ou regulares;
- As escolhas, a hora, a forma e as várias trocas de comando técnico no período foram as maiores responsáveis por esse quadro;
- O deslocamento de jogadores para posições onde seus melhores rendimentos são comprometidos, as improvisações e as substituições equivocadas e em hora inapropriada, descaracterizaram e fragilizaram a equipe;
- As carências no plantel identificadas já no final de 2015 não foram resolvidas;
- Contratações efetuadas às pressas, sem muitos critérios técnicos e em horas inadequadas exigiram a escalação no time principal e não trouxeram o resultado esperado;
- A escalação de jogadores jovens, qualificados e promissores vindo da base ou recrutado de outro clube (Eduardo) como “salvadores da pátria” serviram somente para prejudica-los e nada poderiam acrescentar de bom ao caos reinante;
- Com a rara exceção do Danilo Fernandes, não houve nenhum outro protagonista em 2016, só jogadores com desempenhos regulares, na média, e o maior exemplo é Ernando, que jogou 37 das 38 partidas do campeonato;
- As lesões e cessões à seleção nacional ocorreram com a perda de jogadores em momentos importantes (Valdívia, Danilo Fernandes, Fernando Bob, Vitinho, William e Rodrigo Dourado) e o baixo ou queda brusca de rendimento ou irregularidade no desempenho de alguns jogadores (Sasha, Vitinho, Andrigo, Anderson, Alex, Paulão, Geferson, Artur e outros) contribuíram muito para isso;
- A pressão gerada com a sequência de maus resultados, potencializados por parte da imprensa, a falta de apoio público e explícito da direção, comprometeu o estado emocional dos jogadores e a insegurança se instalou nos vestiários, desestabilizando a maioria, principalmente os mais novos ou menos experientes.
O que se espera agora, depois desse triste fracasso, é um estudo e uma análise profunda de tudo que foi feito nos últimos anos procurando identificar as razões que levaram o clube a um resultado altamente comprometedor para a sua história e que precisa reaver a sua posição no cenário nacional. Cabe à nova gestão se cercar de um grupo melhor preparado e mais qualificado, aparar as arestas internas, ter a coragem de tomar todas as medidas necessárias, montar uma equipe qualificada e competitiva, à altura de nosso Internacional e contar com o apoio irrestrito e incondicional da torcida Colorada para a execução de um grande projeto de reestruturação do clube. Acredito que um dos maiores desafios vai ser enfrentar os percalços da queda de receitas, custos operacionais e com a administração financeira do clube (não sei como está hoje, espero que não esteja cmprometida), mas cuidado não entreguem jogadores contratados caros ou mantidos com altos salários a custo de banana. Não se deixem levar pelo sentimento falso de “terra arrasada”, pois tem muita gente boa nesse plantel e nesse clube. Agora um lembrete, não esqueçam que a torcida se tornou mais exigente e tem inteligência suficiente para identificar um bom trabalho que está sendo feito, mesmo com resultados iniciais diferentes do esperado, mas não vai aceitar conformismo com a mediocridade que reinou em nosso clube e a inexistência de consciência da necessidade de uma mudança radical de postura e de rumo.
Acredito que trabalhos semelhantes ao efetuado pelo BAC – Blog Arquibancada Colorada, abrindo um espaço livre e democrático para todas colher as mais diversas opiniões e impressões, oriundas de simples torcedores de todos os lugares do Brasil e do mundo, deveria servir de exemplo para a nova gestão, pois ouvir o torcedor é fundamental para determinados questionamentos e decisões. Acredito que o profissionalismo e a inteligência de uma gestão, quando contempla um lugar para a participação da paixão despretensiosa, livre, pura do torcedor, tende a criar um convívio mais sadio e uma sinergia que energiza as decisões a caminho do sucesso.
Uma vez terminado esse Campeonato Brasileiro de 2016 e já decidido os clubes que acessaram a 1ª Divisão e os clubes que caíram à 2ª Divisão, fica uma questão que acredito ser pertinente. Sem comprometer a democracia e a oportunidade de clubes pequenos crescerem, penso que as regras do campeonato brasileiro deveriam ser modificadas, pois é inaceitável que os grandes clubes, que investem altas somas e enriquecem qualquer competição, contribuem com seus melhores jogadores para as seleções nacionais, não tenham considerados e valorizados seus esforços e seus custos à sua sobrevivência. Acredito que a queda de dois clubes e o acesso de dois, seria uma boa opção, assim como garantir a participação do campeão de cada Estado brasileiro em todas as competições, colocando de lado privilégios e outros interesses, tornando o campeonato realmente qualificado, democrático, mais abrangente e mais participativo, contemplando todos os torcedores, dos mais diversos lugares e promovendo uma maior integração nacional.
Para encerrar, penso que a função dos órgãos de comunicação, por serem veículos poderosos de formação de opinião, deveriam estar mais atentos à responsabilidade que isso exige, pois hoje, em muitos casos, a parcialidade de alguns e o seu comportamento torcedor, servem também para mistificar nulidades, potencializar reações com certa dose de violência nos que se sentem frustrados em seus objetivos e, infelizmente para destruir trabalhos excelentes e, principalmente profissionais e pessoas.
Perfeita análise Pauperio do drástico momento. Desejo muito que a temporada 2017 seja de um time grande e profissional, bem diferente da amadora gestão 2015/2016. Não tenho percebido essas mudanças ainda, MEDO!!! Talvez seja cedo demais, talvez por tudo que aconteceu eu esteja ansioso demais, só espero que não deixem para tarde demais, pois até agora não ouvi nada da gestão vencedora, até agora não me passaram confiança suficiente, pelo menos não a nível de plantel. Tomara que esteja planejando bem e que esse seja o motivo de tanta quietude, pois continuar com o plantel de 2016 é continuar a andar pra trás.
Fabiano, a expectativa de toda a torcida é muito grande e as esperanças são redobradas. Acredito que devem estar trabalhando discretamente na surdina e na hora certa, quando assumirem, ficaremos sabendo do planejamento traçado e dos passos que estão e serão dados. Como você, espero uma gestão moderna, profissional, qualificada, com espaço à paixão e à voz da torcida e, principalmente, eficiente no alcance dos objetivos.
Agora fiquei estarrecido ao ler no comentário do Wolfgang que o Sasha renovou até 2020! Esse nanico é um notório perna de pau que não tem condições de ser titular do Inter.
Sinceramente, não imaginava ser possível um despropósito igual a esse, mas dessa gestão que está saindo dá para esperar de tudo. Deveríamos estar acostumados e, infelizmente, acredito que teremos ainda muito mais surpresas desagradáveis.
Esta notícia saiu no dia que deram aumento de salário e prorrogaram o contrato do Dourado. Parece que há um mesmo grupo de “empresários” que cuidam de alguns jogadores no Inter. Quando renovam com Alan Costa é porque as coisas não vão bem. Este jogador não tem condições de fazer parte do elenco do Inter. Depois renovam com jogadores duvidosos, como Sasha, e com salários altos. Lembro que no ano passado renovaram do Alan Ruschell sem explicação alguma. Na sequência o emprestaram para a Chapecoense. E, Assim Caminha a Humanidade – Rock Hudson, Elizabeth Taylor e James Dean.
Escutei hoje em um programa de TV uma crítica dura ao trabalho do Jorge Macedo como Diretor Executivo no Fluminense, de onde foi demitido. Enquanto isso, Tinga, que poderia ser uma novidade, foi para o Cruzeiro – chefiar Mano Menezes.
Santos, como estamos perto do Natal, até o momento não soube de alguém que colocou as bolas, enfeites e piscas-piscas antes de erguer a árvore. Não consigo entender como alguém monta uma equipe sem a definição de um projeto básico. O mais certo, na minha opinião, era ter um projeto e depois buscar as pessoas/profissionais mais adequados para executar as funções pensadas. Meu temor é de estarmos entrando novamente em outra aventura.
Para 2017 o objetivo é voltar para a Série A. Tudo mais é periférico: CG e Copa do Brasil deve servir apenas para azeitar um time novo para a Série B. Qualquer coisa diferente disso é começar errando de novo. Obviamente que se der liga desde o início, nada impede que lutemos pelo CG e Copa do Brasil, mas a prioridade é achar um time forte para a Série C.
Em paralelo, a Direção já deve planejar o ano de 2018, ou seja, não tem muito remédio em 2017. O que precisa é criar todas as bases para retomar a história de vitórias em 2018. Sanear todas as áreas, profissionalizar e avaliar as categorias de base de forma a impedir que jogadores horrorosos permaneçam lá por interesses, enfim, consertar todos os vazamentos que causam mau cheiro em todos os setores do Beira Rio (para ser polido, porque gostaria de ter tido merda mesmo….ooooppps escapou).
Não consigo entender de onde vem esta dificuldade financeira do Inter. A Folha foi reduzir em 2/3, tivemos empréstimos de 60 milhões, adiantamento do Esporte Interativo e da Globo. Há algo muito estranho lá para aquelas bandas. Mas, pagando 500 pilas por Anderson, 250 por Sasha, não há Finanças que aguente.
Santos, fica muito difícil entender um futuro promissor sem um projeto que detalhe passo a passo o que deve e vai ser feito. Primeiro desafio, realmente, é arrumar a casa, sem isso tudo ficará igual. Acredito que a insegurança e a esperança em dias melhores é de toda a torcida Colorada. Acredito que a mudança no Internacional tem que ser radical, principalmente na mentalidade e na gestão do clube.
Olá Amigo Antônio !!!
RESCALDO SOBRE O NATAL!!!
Aqui em casa deixamos a nossa pequena e linda árvore de Natal armada durante todo o ano.
Nem é pela preguiça de desmontar e ter q armar tudo novamente, mas sim pq fica ali quietinha decorando o cantinho da sala sem reclamar.
O nosso NATAL nunca termina em nome de Jesus, q sempre fica presente junto de NÓS.
Abs.
Dorian, pensamento da grande maioria do povo Colorado e brasileiro. Cada vez que colocamos uma bola ou enfeite em “nossa árvore” de Natal, é como se estivéssemos colocando um agradecimento ou um sonho. Depois, ao longo do ano, todos continuam acreditando em seus sonhos, trabalhando para realizá-los e aguardando por “um presente” de dias melhores.
Muito bom dia AMIGO Antônio !!!
O MEU, O TEU, O NOSSO E VOSSO DESEMPENHO DE TORCEDOR, FOI MAIOR !!!
Sem falsa modéstia, o meu, o teu, o nosso, o vosso sentimento de ser apenas torcedor, escritor e contar com as Graças de Deus para poder usufruir todos os dias deste espaço escrevendo mesmo que os dirigentes COLORADOS nem estão aí para nós, já é uma grande GLÓRIA por que conquistamos AMIGOS diariamente através do que escrevemos.
Penso que o meu desempenho aqui dentro dos comentários no BAC foi muito maior, por que sou FELIZ e LIVRE para interagir através de muitas palavras antes, durante e depois de uma partida de futebol com AMOR, por que não me deixo abalar pelo o que os jogadores deixaram de conquistar jogando BOLA.
Conquistei muito amigos e não perdi as oportunidades para fazer até hoje 141 GOLS de PLACA dando o meu humilde pitaco através de crônicas e poemas nos assuntos abordados pelo os BLOGUEIROS TITULARES DO BAC.
O dia que for autorizado gostaria de incluir as datas e os títulos de todas elas, mas não sei quantos caracteres são permitidos neste espaço de comentários.
Eu sei que ser torcedor COLORADO, não é para qualquer tipo de vivente, até mesmo por que o nosso clube precisou de 107 anos para nos dar a oportunidade de ir conhecer pela primeira vez a segunda divisão, e isto para muitos foi um tempo muito longo.
Tomara que os novos dirigentes sejam abençoados para formar um novo time com jogadores do tamanho da TORCIDA do INTERNACIONAL.
Muito obrigado por me aceitarem assim.
Abs. Dorian Bueno, Google + POA, 16.12.2016
Amigo Dorian, ainda ontem li lá no Blog Colorado ZH sua participação, tentando dar uma luz em um blog que virou Sombra e Escuridão por conta da caterva que entra e comenta livremente. Fuja de lá. Aquele blog não te merece. Vim para o BAC por sua influência. Portanto, junte-se aos bons e seja um deles….rsrsrs
Olá AMIGO Wolfgang !!!
Que maravilha ouvir isto.
O nosso time aos poucos está chegando junto ao BAC.
Amém !!!
Dorian, quando fazemos o bem, nos sentimos bem. Isso é sensibilidade e sentimento de quem é gente, de quem sabe entender o que significa respeito mútuo, os direitos iguais de todos e a liberdade da livre expressão. Aprendemos que a convivência pacífica é sinal de civilidade, sociabilidade e de cidadania plena. Esse espaço do BAC, a filosofia adotada, os valores vividos e a companhia de todos que de alguma forma se fazem presentes, me cativou e me “amarrou” pelos laços Colorados do respeito e da amizade. Acredito que nada impede de você ou qualquer outro Colorado fazer parte dos blogueiros e postagens do BAC, basta apenas fazer o texto a publicar e enviar ao Melo (Coordenador).
Paupério, acho que você mencionou diversos efeitos que observamos ao longo do tempo. Na minha opinião as causas que fizeram com que estes efeitos apareceram (somente alguns):
1 – Soberba e Arrogância – demonstrados ao longo dos últimos – alguns exemplos: renovar o contrato de Celso Roth logo após o vexame contra o Mazembe. No mínimo zombaram na cara da torcida. Se desfazer de treinador consagrado como o Mano.
2 – Falta de Reformulação de Ideias e Conceitos de Futebol – percebemos que não há uma ideia de futebol no Inter. Treinadores com visões diferentes de futebol são contratados. Jogadores contratados em fim de carreira (Forlán) custando fortuna e outros de nível muito baixo (Fabinho, Leandro Almeira, Anselmo, Bob). Divisões de base produzindo muito pouco ou quase nada e quando lançamos são muito fracos (Alan Costa, Silva, Gefferson, Arthur, Andrigo, etc). A pergunta que fica é – como deixam atletas tão ruins chegar no profissional? E o apogeu – recontratamos Roth para nos salvar esperando que ele produzisse algo que nunca produziu na carreira. Einstein já explicou isso – fazer as coisas do mesmo jeito e esperar resultado diferente.
3 – Racha na Base Política – começou com a eleição de Giovanni Luigi. Havia uma frente que já queria Afattato naquela época. O segundo round veio com a renovação do Beira Rio, que aliás, devemos levantar as mãos para o céu por ter sido Luigi, porque se fosse pelas ideias de Piffero estaríamos completamente falidos e teríamos tido uma grande chance de não termos estádio para a Copa.
4 – Gestão Ultrapassada – a imagem do clube foi destruída pela incompetência generalizada da Diretoria. Basta nos lembrarmos das entrevistas de Piffero e Pellegrini. A cada entrevista era um desânimo para nós. Só falavam groselha. Quando você trabalha para um empresa uma das coisas que mais dá orgulho é ler ou escutar o presidente ou diretores falando muito bem na mídia, principalmente quando representa bem a empresa. Eu ficava com vergonha a cada aparição destas pessoas.
5 – Falta de Conhecimento de Futebol – manter ou indicar o Pellegrini como Diretor de Futebol já bastaria. Mas podemos citar a falta de avaliação exata sobre desempenho. Um exemplo foi a manutenção de Argel como treinador. É verdade que ele conseguiu resultados no final de 2015, mas bastaria ver os jogos para observar que não havia desempenho, não havia organização tática, não havia, enfim, futebol bem jogado. Sou daqueles que prefiro derrotas jogando bem a vitórias jogando mal – a tese é simples…jogando bem estamos próximos de uma sequencia de vitória e jogando mal o oposto. Foi o mesmo engano que tivemos no início deste Campeonato Brasileiro. As pessoas tem problemas de memória. É histórico que times menores iniciam bem o CB, tanto que Santa Cruz e a Chapecoense lideraram o CB no início também. Mas havia quem achasse que tínhamos uma Seleção e eu não via desempenho. Via adversários ainda se encorpando (São Paulo e Santos, por exemplo). Com Piffero, Pellegrini, Argel e Paulão de líder, tudo estava planejado para a tragédia.
Santos, teus comentários complementares à minha postagens traz luz e detalhes que pela distância física que me encontro do dia-a-dia do Beira-Rio desconheço. Quanto ao comportamento, sem dúvida, não ouvir ninguém, pensar que se sabe tudo e que não dependemos de outros conhecimentos, de visões diferentes, entender críticas como ofensas, são sintomas de soberba, de comportamento arrogante e de acreditar em falsa superioridade. O segundo ponto abordado por você traz outra verdade inquestionável. O comportamento desse grupo gestor que sai, evidenciou um afastamento das práticas modernas de gestão e caminhou na contramão da história de conceitos atuais e modernos de administração de clubes. A falta da definição de um conceito básico, de um foco principal, da forma de atingir objetivos e de forma a atender um projeto sendo construído, ficou evidente em todas as ações tomadas e em todas as escolhas feitas (assessores, treinadores e jogadores). A impressão que ficou é de que não havia um projeto básico e que as dificuldades em superar os problemas que foram acontecendo deixaram o grupo gestor perdido e sem rumo. Acreditar que um grupo de pessoas, consideradas milagreiros devido seu sucesso comprovado no passado, poderia salvar o Internacional de todos os erros cometidos há muito tempo, era o mesmo que acreditar em Papi Noel e Coelhinho da Páscoa. Não é possível encontrar a razão que levou esse grupo a escolher um treinador que é considerado pela maioria da torcida Colorada como o maior responsável pelo vexame no Mundial de Clubes FIFA. Até hoje não desce em minha garganta o exame anti doping efetuado em todos os atletas e a submissão ao que o clube se submeteu. O silêncio adotado e não uma repulsa enérgica fica sem explicação. Esse comportamento passivo se deu em várias declarações desagradáveis e questões ao que o clube foi submetido. As desavenças políticas internas fragilizaram demais o clube e deveriam envergonhar as pessoas que colocam seus interesses acima dos do clube e da torcida Colorada. O que se percebe de fora, é quem perde, fica inimigo de quem venceu e não entende que deveria se juntar aos esforços que estão sendo feitos pelo bem do clube. Simplesmente, lamentável.
Pauperio, perfeito seu entendimento….outro erro ao longo do tempo foi não terem percebido que não dava mais para manter o elenco ou time totalmente dependente do D’Alessandro. Desde 2011 deveriam ter iniciado um processo de reduzir a dependência dele. Tivemos um lampejo com a chegada do Aranguiz e da volta do Nilmar, quando tivemos os melhores momentos e reduzimos a importância do D’Ale, mas o clube não perde o cacoete de manter os velhos e vender os novos – Oscar, Lucas Lima, Ricardo Goulart, Aranguiz, Nilmar. Ao invés de pagar milhões ao Forlan, Dagoberto, Scocco, etc, não seria melhor termos colocado esta grana na bolso de alguns destes jogadores e mantido eles? Sei que é difícil, mas o Santos tem conseguido manter jogadores por mais tempo que todos – manteve Neymar por muito tempo, Ganso, e agora o Lucas Lima…porque prefere dar mais dinheiro para estes jogadores do que trazer velhos e perna de paus como Bob, Fabinho, e outros. O que gastamos com Anderson, podemos contratar dois bons jogadores. Outra coisa horrível de ouvir é que o Sasha ganhará 250 mil por mês até o final de 2020. Sasha é jogador de 100 pilas e olha lá…
Santos, junto ao que foi bem colocado por você, não entendo as razões que jogadores que eram do Internacional, quando saem curtam tanto ódio ao clubes. Algo está errado nessas saídas. Quanto ao Sasha, ao longo desse campeonato, a impressão que tenho, além de sempre jogar muito abaixo de suas reais possibilidades, parecia estar jogando contrariado e pouco paciente com os companheiros.
Suas observações são importante para enriquecer o texto. Participe do blog BAC – Blog Arquibancada Colorada (www.arquibancadacolorada.com.br)