Recomeço doloroso para aprendizado

Por Fernando P.M. Ferrari, Gaude
Amigos e amigas colorados(as),
Nasce um novo dia

Estamos todos vivendo um momento de completa estagnação emocional nestes últimos dias do malfadado ano de 2016. Travou tudo. A disposição para levantar a cabeça e procurar no horizonte por dias melhores do que os vividos na semana passada. A vida é feita de semeaduras e após, colheitas daquilo que se plantou.

Todos víamos uma escala descendente no modo de atuar do time, no modo de a direção tomar decisões contrárias ao espírito reinante da maioria, nas situações antes pouco críveis de se criarem e acontecerem no seio do clube, tal como jogadores se agredirem em pleno treinamento e ficar tudo por isso mesmo, ou até de um jogador nosso , atirar o manto em pleno jogo no gramado, mostrando seu  descontentamento com as vaias merecidas que levava, pela sua absoluta ruindade…eram e são apenas sinais de que algo muito sério estava em curso no organismo rubro, como clube de futebol profissional, num universo há muito tempo desigual para quem não é do centro do país e não é formador de opinião.
Se  já era difícil galgar posições de destaque na mídia por feitos indiscutíveis na qualidade dos resultados alcançados num passado recente, 2006, mesmo tendo passado por um tremendo arranjo dos mesmos cartolas do centro do país, contra o Inter em 2005, o nosso clube conseguiu, com HUMILDADE, OBSTINAÇÃO e QUALIDADE, dar a volta por cima, nesta puxada de tapete e chegar ao cobiçado título mundial inter-clubes FIFA, derrotando em campo o não menos poderoso Barcelona, tendo Ronaldinho gaúcho no time titular catalão, louco para mostrar ao mundo a sua raiva do antigo rival desde a sua formação como atleta aqui na querência.
Agora, o momento delicado se repete e vem com uma dose dupla de escárnio e ódio nacional, não apenas da torcida azul, mas dos gambás, dos urubús, e de tantos outros agora ex-adversários no Brasileirão, que sabem que estando o  Inter acuado, melhores dias terão para viver, até que…o Inter volte a ocupar o lugar que é e sempre será seu, a divisão da elite brasileira, no futebol profissional.
Estou chamando este momento de renascimento rubro na vida desportiva nacional e internacional. Quero dizer com isto, exatamente o que a foto do escudo do Inter no horizonte líquido do Guaíba representam: renascimento do clube, sob todos os aspectos: diretivo, administrativo, futebolístico e emocional.
Aí, neste quesito delicado me deixo levar pelo espírito acuado mas ao mesmo tempo, destemido, propondo uma equalização na ocupação dos espaços hoje vagos e cheios de hiatos diretivos como um sintoma maior do descaso, do despreparo e por último, da falta de humildade, achando que o patrimônio do clube , faz parte do seu…tremendo erro de avaliação, nos dias de hoje.
Era preciso esta retomada de seriedade e determinação no seio vital do Inter, custasse o que custasse. e ele veio. Ainda um pouco tímido, porque jogou
contra todos aqueles que não queriam mudanças e agora estão falando despudoradamente que o colorado merecia cair. Merecia cair?
DÁle, o retorno

Mal sabem estes que, o Inter está  indo devagar, sem precipitação e tampouco com empáfia, buscar as suas raízes na grandeza e por isso, D’Alessandro já está voltando e fará parte do time que buscará o título que ainda não temos, o da série B, ou uma honrosa classificação que nos traga de volta para a elite e tudo volte ao normal. Apenas é preciso ter em mente que, apesar de tudo que passamos neste difícil 2016, as lições foram aprendidas e não deixarão mais esta imensa massa vermelha sofrer o que está sofrendo, por ações impensadas de alguns que até reconhecem erros cometidos, mas nada é mais doloroso do que cair um tombo desta magnitude e não saber por onde começou a queda, ou porque acabou caindo.

Nós torcedores, sabemos. E sabemos também que D’Ale será uma ferramenta que, se bem utilizado ( há que se ter sabedoria para isso, porque ele não tem mais o vigor da juventude, mas tem a experiência e a qualidade da sabedoria adquirida com o tempo de serviço) dará, de novo grandes contribuições neste sentido. Vejo nisto, a volta do grande capitão, um colorado fanático como nós, que estará em campo como um maestro do que precisa ser feito jogo a jogo, para levantar esta taça que, pasmem, ainda não temos.
A exemplar modificação do que lá estava, já está acontecendo. Todos nós desejávamos uma limpeza no que se habituou chamar de nabas ( jogadores ganhando faustos salários sem o devido retorno para a equipe, em qualidade técnica e dedicação ao clube). Este movimento era essencial para a nova era no Beira Rio ser vivida e digerida por nós torcedores. Acredito que agora, da forma como está já se formatando tudo, vai dar certo. Vamos continuar fazendo a nossa  parte: torcendo e indo ao estádio quando puder. E sempre apoiando, porque daqui um pouco irá chegar a hora da onça beber água…
Grande abraço à todos e vâmo, vâmo Inter!!!

12 thoughts on “Recomeço doloroso para aprendizado

  1. Irei como sempre apoiar até o final, mas torço que nos livremos de todas essas nabas que nos jogaram onde estamos, nos livramos da direção, mas nos esqueçamos das nabas do campo, essas devem ser banidas do Beira-rio, sequer merecem sentar no banco de reservas. Estou ansioso por isso, apesar de receoso de que isso não ocorra, pelo menos não percebo atitude para mudanças nesse sentido. Aguardemos e vigilemos.

  2. Mazzááá Gaude, continuas escrevendo muito bem. Belo texto. Também cheguei há pouco no pedaço, estou gostando muito do nível, alto por sinal, da tchurma do BAC. Valeu! O BAC já está lá na barra dos favoritos!

    1. Grandes Wolfgang, Dorian e Bike, sim, aos poucos estamos reunindo o pessoal que ficou um pouco desarvorado logo que puxaram o tapete lá na emissora azul. Mas não há mal que pra sempre dure, costumo dizer e, este já aponta para o seu final, tendo já os amigos de antes e os de agora aqui nesta oportunidade de ouro para trocar idéias e tentar encontrar saídas e soluções para os problemas que nosso time enfrenta.

      Agora, um dia de cada vez, pessoal. Ouvi nas entrelinhas que o Inter montará um esquadrão muito forte para poder sair logo do brete em que se meteu. D’Ale está aí de volta e parece que Taison também voltará.

      Vamos aguardar as boas novas e vamos escutar o Dr. Destino quando ensinar a lição sobre a humildade e determinação naquilo que se faz, para alcançar os objetivos. O Inter perdeu isto ao longo do caminho e quando se deu conta era tarde demais. Não está morto quem peleia.
      Vâmo Inter, vâmo,vâmo Inter!!!
      Grande abraço

  3. PASSANDO A RÉGUA !!!
    Preciso agradecer a todos que vieram prestigiar o primeiro post do grande Gaude, e dizer que todos BLOGUISTAS não precisam esperar até o seu dia de postagem para se misturar com os demais.
    Gente amiga chega desta distância virtual sou um pobre Colorado, mas sou limpinho.
    Boa noite !!!
    Abs.

  4. Para ser completamente honesto, sofri muito pouco nas últimas semanas. Vim me preparando o ano todo. Domingo passado, estrategicamente fui dormir das 17 as 19 horas para reduzir a tensão e esperava acordar de um sonho lindo. Mas, the nightmare has been confirmed! Mas o pesadelo foi confirmado. Abri o computador as 18:55 e estava lá no UOL. Colorado é rebaixado pela primeira vez. Desliguei o computador e voltei a dormir. Desliguei o celular para evitar os engraçadinhos. Mas, depois de algumas horas, estava bem, exatamente porque me preparei o ano todo. Quem me acompanhava lá no outro blog sabe que sempre fui um crítico duro deste time. Meu nível de stress com o time aumentou muito com aquele golzinho miserável que tomamos do Tigres no jogo do Beira Rio. Fizemos 2 x 0 rapidamente. Parecia que iríamos golear e assegurar a classificação para a final. Aí começou a inhaca. Aquela mesma que vimos muitas vezes depois – as mais recentes contra o Santa Cruz e contra a Ponte Preta. Não há mérito na mediocridade.

    De novo, antes de títulos, quero meu clube vanguardista em gestão, em imagem externa, jogando futebol bonito, aquele que tínhamos em 1975/1976, quando jogávamos em qualquer estádio do Brasil e propúnhamos e impúnhamos nosso jogo. Nunca esqueço de um jogo contra o Santos – Pacaembu ou Morumbi. Em 1976 o Santos tinha uma garotada infernal e saiu ganhando de 1 x 0. O Inter não mudou o comportamento o jogo todo. Tocando a bola e chegando no ataque com solidez. Aos 30 do Segundo Tempo entra Escurinho. Dois minutos depois 1 x 1 – Escurinho. Sete minutos depois 1 x 2 – Dario. No final, 1 x 3 – Escurinho. Um jogaço. O Santos era um bom time, mas o time do Inter era de cascudos brilhantes. Outro jogaço foi aquele de 1979 contra o Palmeiras de Telê em São Paulo. Palmeiras 1 x 0 Baroninho. Início do segundo tempo, Jair empatou 1 x 1. O Palmeiras voltou a marcar 2 x 1 com Jorge Mendonça. Aí, um tal de Paulo Roberto Falcão vestiu o paletó do demônio e liquidou com o Palmeiras fazendo dois gols, além da aula de futebol nos dois volantes palmeirenses – Pires e Mococa. Com direito a dois lençóis espetaculares no Pires….estes eram times que nos orgulhavam….

  5. Olá AMIGO Gaude,PARABÉNS !!!

    Aqui no BAC os COLORADOS sempre são bem tratados.

    D’ALESSANDRO x OUTRO$$$$ !!!

    Cada um tem o que merece.

    Eu fui estudar e não aprendi a jogar futebol, por isso tive altos e baixos na minha vida, eu hoje ganho muitíssimo menos do que um jogador de futebol.

    Sempre fui regido por CLT sem direito de imagem, não tive um empresário competente para negociar o meu contrato de trabalho com um presidente de clube que sempre sai da presidência antes do término do contrato.

    Confesso que não condeno o D’Alessandro por ter um ótimo procurador que soube valorizar o máximo o seu produto, no caso o atleta para ganhar sempre muito mais através do seu trabalho e taças levantadas.

    Sabemos que este BEM com o tempo será depreciado em qualidade de produtividade, mas isto não está previsto no contrato.

    Duvido que esteja escrito que quando você não jogar bem, se lesionar, tomar cartão BOBO, etc, o seu salário terá uma redução conforme a tabela de punição.

    No dia da contratação tudo foi festa no INTERNACIONAL, recepção de gala no aeroporto, e o resto todos sabem que o D’Alessandro já deu mais retorno que muitos jogadores que ainda estão no plantel.

    Não tenho inveja, somente lamento que JOGADOR DE FUTEBOL ganha muito pelo o pouco que produz quando está em baixa, má fase, na reserva e fim de carreira.

    Abs. Dorian. Bueno – Google+, POA 16.12.2016

  6. Alô você Gaude!
    Em primeirissimo lugar, parabéns pelo post, parabéns pela estreia. Seja muito bem vindo.
    O recomeço, o alicerce, a fundação. Essa deve ser a preocupação agora e parece estar sendo.
    A escolha das pessoas para trabalhar nas diversas área ao que parece está contemplando não somente amigos, mas amigos com credênciais e isso me anima mesmo que tenha algumas dúvidas, mas poxa, não se pode concordar com tudo não é mesmo?
    D’Ale é um capítulo a parte. Sabemos que não tem mais o vigor de algum tempo atrás mas tem duas características que julgo fundamentais e que nos fizeram uma falta ABSURDA. É lider, e se sua movimentação não ajuda tem nas cobranças de falta um de seus pontos fortes. Quantos gols fizemos em cobranças de falta esse ano?
    Coloradamente,
    Melo

    1. Obrigado Paulo, é uma alegria imensa poder escrever aqui nesta seara rubra.
      Desejo que mais e mais amigos do extinto blog Torcedor Colorado ZH migrem para cá, enriquecendo sobremaneira o debate entre estes ilustres colorados, assim como Dorian, Wolfgang, Heloísa Pires, vanderlei, henrique, e outros já estão dando o ar da graça.
      Ainda teimamos escrevendo no blog do Chico ainda na RBS, mas aos poucos, aquela turma poderá vir para cá.
      Grande abraço.

  7. TUDO ESTÁ SOB UMA NOVA DIREÇÃO, DE ATITUDES E CAMINHOS A SEGUIR !!!

    Esta frase escrita numa faixa na frente de um estabelecimento comercial chamou-me muita atenção algum tempo atrás, e cabe neste momento que o nosso INTERNACIONAL está passando.
    Fica entendido que o ex-proprietário era um incompetente e que saltou fora do negócio, ou o seu ex-empreendimento é tão maravilhoso que alguém mais empreendedor, pagou um belo preço para ele passar o ponto com tudo que tinha dentro…
    Podemos também concluir que pode ser uma frase batida, mas que poderá trazer muitos clientes novos e manter os antigos.
    Depois de ler este tipo de frase na fachada em letras bem destacadas, ficamos chocados quando entramos e notamos que ali no ambiente interno continuam as mesmas coisas.
    Os funcionários que provavelmente por falta de um plano de gestão, também estavam sendo quebrados junto com este ser humano empreendedor que jogou a toalha, os mesmos problemas, os mesmos produtos, os mesmos credores, as mesmas baratas, cupins, teias de aranha e muita expectativa de como será este novo patrão.
    Pois é isto também acontece muito no âmbito de times de futebol.
    Quando todos estão no mesmo barco tudo é maravilhoso e as vitórias acontecem.
    Caso a casa esteja caindo, logo poderá chegar uma nova comissão técnica inteira para tocar o seu projeto que sempre parece ser melhor do que aquele que estava sendo aplicado na gestão anterior.
    Agregam-se de imediato alguns novos jogadores, e tudo parece que será uma nova equipe hiper motivada e cheia de sonhos…
    Títulos, prêmios, carro do ano, dois celulares entre outros equipamentos periféricos, mulher bonita para desfilar, sonhos de também ir jogar na seleção, jogar no exterior…
    Mesmo sob nova direção o projeto não acontece. .
    Procuram-se então os culpados.
    Quase sempre a culpa é do presidente, direção, de quem dirige a equipe a preço de ouro, preparador físico, médico e de alguns pernas-de-pau que ainda acreditam que jogam somente com o seu lindo nome por glórias do passado.
    Mas chega uma hora que também precisamos passar à batuta, ir para novos desafios, e deixamos o nosso legado SOB NOVA DIREÇÃO.
    A vida segue, e no INTERNACIONAL o NOVO comando do futebol mais os jogadores, precisam incrementar vossas capacidades do espírito empreendedor e vencedor, tendo em vista que as coisas na vida evoluem diariamente, e todos precisam fazer parte deste processo se não a BOLA PUNE.
    Nunca é tarde, eu passei definitivamente a direção da minha vida para quem sabe tudo, DEUS, e tenho sido um vencedor nato.

    Abs. Dorian Bueno – Google+, POA, 16.12.2016

  8. Fernando, gostei muito de ler o teu texto. Fico só com uma dúvida que projeto tem a nova gestão para o Internacional? Gostaria de ter conhecimento de detalhes do que pensam “como chegar lá”. Nesse momento me parece de suma importância ter um projeto e escolher as peças protagonistas adequadas e qualificadas a realiza-lo. Sei que as soluções não são fáceis, mas são plenamente factíveis. Nós, simples torcedores, acompanhamos uma e outra notícia do andamento da montagem da equipe que vai encarar um dos maiores desafios do nosso Internacional, mas insisto. gostaria de saber como ou se existe um projeto. A definição do que que vai ser feito, como vai ser feito, quando(etapas) e quem irá fazer, é fundamental. Nossa maior inquietação é quanto ao “comportamento”, “cara” e o “corpo” do novo Internacional, mais adequados à sua grandeza, à sua história e a seus patrimônios material e pessoal (Complexo do Beira-Rio e torcida Colorada). Não consigo ficar tranquilo, pois vejo muita conversa, falta de clareza em objetivos/ações imediatas previstas e pouca ação efetiva.

    1. Prezado Pauperio,

      O que escrevi são suposições que passam na cabeça via intuição e querer muito que isto aconteça.
      Me deu a impressão que MMedeiros entregou a missão de reformulação no futebol do Colorado para pessoas que além de amigos parecem que tem conhecimento do universo da bola o que acontece e como se faz, diferente da última diretoria, que fez papel de sonsa, ou era sonsa mesmo e eram trapalhadas à rodo, porém sem esquecer o momento da cobrança dos “royalties” que alguns jogadores, via contrato, eram obrigados a pagar.

      Como você, estou entoando esta frase à todo instante na mente. Eu já acho suspeito o modo de eleição do presidente do clube. A tal eleição no pátio, onde o Conselho tira da reta qualquer perigo de modificar DE FATO o que está vigendo na administração. Funcionaria melhor para o clube se fosse o contrário: primeiro os sócios votam e eliminam as peças perniciosas. Depois o Conselho consolida a escolha da maioria. E quem garante que não há fraude?´
      Grande abraço

  9. Concordo em quase tudo, basta saber, de que forma virá o argentino pro inter. Jogará todas as partidas??? Ou escolherá como vinha escolhendo na serie “A” antes de ir embora. Isso por um lado desagrega o grupo, por mais craque que ele seja, por mais falta que fez na campanha ridicula do inter, isso conta, o grupo só será coeso se ele entender que será mais um, apesar da importancia dele, e assim os dirigentes deverão logo de cara falar com D’Alessandro, não aceitando que ele mande. A passagem (espero) pela segundona será um aprendizado que jamais esqueceremos.

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