A GRANDE DÚVIDA

Atualmente acredito que a grande dúvida existente entre os torcedores Colorados é identificar qual avaliação da torcida em 2016 estava certa ou errada. A grande dúvida está em saber se o maior problema estava na forma de comando do clube e na capacitação do grupo de integrantes da gestão, inclusive técnica, ou somente na qualidade do plantel de atletas. Observando os primeiros passos, o que imaginamos ter acontecido e estar acontecendo, é que o entendimento da gestão atual é de que estava na primeira opção.

Por ser um torcedor que não fica em “cima do muro”, mesmo contrariando opiniões, penso que no momento, analisando friamente o contexto, até prova em contrário, este é o melhor entendimento. O tempo mostrará se essa análise e se as decisões adotadas agora foram as mais acertadas ou não.

O que me leva a pensar assim é por constatar, baseado nas escassas informações existentes, que houve mudança substancial no comportamento dos integrantes da gestão, a prova é a pouca exposição na mídia e pela falta de promessas, e por não ter havido grandes ou significativas modificações no plantel Colorado, muito dentro da realidade atual. Levando em consideração as dificuldades nas negociações ou dispensas, devido aos altos salários praticados com jogadores que em quase nada somaram ou em detalhes desfavoráveis existentes nos contratos de alguns, me parece consequência normal. Sobram algumas dúvidas sobre critérios adotados em alguns casos, pois não consigo entender como o Muriel, bom goleiro e gente boa, não estar sendo aproveitado no plantel e não há notícias de negociações em andamento.

Despedida de Alex: Digna (imagem: Superesporte.com)

A saída do Alex foi conduzida sem reparos, de maneira respeitosa e digna, por tudo que o atleta representou durante sua prestação de serviços ao clube. Era sua hora de sair, foi um excelente jogador com a camisa Colorada, deixa saudades e boas lembranças.

A condução do caso do William me parece ter sido bem adequada, pois quando um atleta considera que não mais pretende seguir em um clube, o melhor é que siga o seu caminho e procure realizar seu trabalho em outro. Ninguém pode negar que foi um bom e dedicado jogador com a camisa do nosso Internacional. Como qualquer um de nós, importante sim, mas imprescindível não. Que encontre o seu novo lugar e que seja feliz em seu canto.

Por outro lado, não é possível aceitar ou dar crédito às conclusões emitidas nos primeiros jogos treinos do clube, muitas vezes em horas inapropriadas e de utilidade questionada, efetuados exatamente para tentar fazer as primeiras observações e análises do comportamento no conjunto. Nesse início de temporada é importante que o novo comandante técnico tenha o tempo suficiente e necessário para que possa transmitir aos jogadores sua ideia de futebol, suas estratégias de jogo, de forma a montar uma equipe qualificada e competitiva. Nesse momento é preciso entender que ele precisa da tranquilidade inicial que qualquer trabalho exige.

Nesse reinício de jornada não podemos nos deixar levar pelo ranço antigo, principalmente devido às horas amargas que vivemos. Não estou colocando esquecer as mágoas, mudar nossos critérios de avaliação de desempenho e entrega nos jogos. Estou falando em segurar internamente até que essas reticências se diluam ou que a nova realidade nos prove que não há mudanças significativas no comportamento do clube e dos atletas.

Sinceramente, para mim, pelas poucas informações do presente, o futuro de nosso Internacional é uma grande incógnita. Não há outra saída atualmente, a não ser acreditar, confiar e acompanhar de perto tudo que acontece à reestruturação do nosso Internacional.

 

17 thoughts on “A GRANDE DÚVIDA

  1. Existe uma máxima em futebol que é a manutenção de maus jogadores no elenco. Quando uma Direção não toma uma decisão dura de afastar maus jogadores do elenco, as circunstâncias acabam determinando sua utilização ao longo do tempo. Se o Inter mantiver no elenco, o Paulão, o Artur, o Bob, o Fabinho, eles vão jogar…anotem o que estou falando…e se não arrumarem negócio com o Anderson e o time não der resposta, ele vai ser integrado novamente, afinal o Zago declarou que por ele o Anderson estaria na pré-temporada, e vai virar titular…jogará duas ou três boas partidas e depois cai no ramerrão…

    Sou sempre a favor de dar oportunidades aos jovens em circunstâncias favoráveis, mas os nossos jovens parecem não querer. São meninos ainda, mas parecem não tem sangue nas veias, muito menos nos olhos. Vejam Andrigo, jovem, com boa técnica, mas parece um morto em campo, tal qual era o Alex. Ferrareis parece aquele cachorro que corre atrás de carro e quando o carro para não sabe o que fazer…morde o pneu, o parachoque, etc. Carece de inteligência. Artur parece que chamar a mãe a qualquer momento para chorar no ombro. São uns cagalhões. Então, não sei se vale a pensa insistir com algum deles. Artur para mim já deveria ter ido embora.

    Por último, o que pode ser bom neste começou ruim é que ninguém está se enganando, ou seja, se tivéssemos ganhado de goleada estes dois jogos treinos iria parecer que tudo está muito bem. Por isso, vou tentar manter um pingo de otimismo, sem contudo achar que não precisamos de reforços…precisamos de um atacante e um meia rápidos e goleadores….PS. Ontem vi o Marquinhos deitando e rolando jogando pelo Sport…típico jogador de time médio…

    1. Santos, outra coisa que me preocupa é depositar sobre um atleta toda a possibilidade de recuperação de um clube da grandeza de nosso Internacional. Muito temerário e pouco inteligente, pois acredito que irá criar uma dependência (que já houve no passado). Como se trata de um início de trabalho, só me resta aguardar, para não cometer julgamento apressado e cometer alguma injustiça. Só esperava mais e muito diferente do que estou vendo até agora.

  2. A situação é tão difícil Paupério que conseguimos criar uma pequena “crise” jogando contra o Lajes e o Tubarão. E as expressões esperançosas de confiar, acreditar e torcer não vão resolver os sérios problemas técnicos do grupo Colorado. O treinador precisa de tempo, mas também precisa de peças, de opções mais qualificadas. Preocupante sim o momento e a temporada como um todo.

    1. Luciano, tu não imaginas as dificuldades que enfrento quando vou escrever algo no BAC, devido muitas vezes “segurar” prudentemente o que realmente estou sentindo no momento e a responsabilidade que acredito haver quando publicamos algo. Com toda a sinceridade possível, não estou gostando de nada que está acontecendo atualmente no futebol, mesmo que ainda seja muito prematuro tirar qualquer conclusão. Só o tempo nos mostrará se houve ou não as mudanças que todos nós queremos. Uma certeza tenho, não é o que eu estava esperando…

  3. Pauperio, parabéns pelo texto.

    No ano passado escrevi várias vezes minha opinião e, em resumo, tivemos a combinação perfeita para a tragédia. A má gestão do futebol começou em 2011, mas a coroação negativa demorou até que se tivesse todos os fatores combinados>

    Direção – claramente a principal responsável. Basta ler o que escrevi sobre as contratações no texto anterior. Uma montanha de dinheiro gasta com jogadores fracassados ou em recuperação física. Uma reformulação exagerada com contratações de treinadores muito abaixo da crítica. Em resumo, uma direção sem conhecimento algum sobre gestão e conceitos modernos.

    Treinador – o centro de tudo foi Argel. Costumo dizer que um Elenco Fraco com um Treinador Forte ou um Elenco Forte com um Treinador Fraco conseguem produzir alguma coisa positiva em termos de organização tática ou técnica, respectivamente. Agora quando o Elenco é fraco e o treinador também, caso do Inter em 2016, não há remédio que ajude. Argel—>Falcão—>Roth (este foi o ápice da burrice).

    Elenco – para mim basta responder à seguinte pergunta – tirando o Goleiro, qual jogador do Elenco do Inter poderia ser RESERVA do melhor Inter da história posição por posição? Pensando só na zaga – Figueroa, Gamarra, Mauro Galvão, Lúcio, Fabiano Eller – onde entraria Paulão e Ernando? no Meio onde tivemos Caçapava, Batista, Dunga, Aranguiz, Falcão, Carpeggiani, D’Alessandro, Tinga, Jair onde entraria o melhor deles o Dourado….e assim por diante, ou seja, é um elenco fraquíssimo.

    Liderança – é certo que D’Alessandro já não era mais o mesmo quando saiu para o River, às vezes se perdia em reclamações, mas era uma liderança positiva conquistada dentro e fora do campo. Dentro do campo dando o toque técnico que o time perdeu completamente com sua saída e com a fala ao pé do ouvido dos companheiros e adversários. Com a saída do D’Alessandro tudo foi para o espaço. Alex era um legítimo cai-cai em campo. Nunca conseguiu ser a referência técnica. Paulão não existe. Ernando é mudo.

    De novo, é muito cedo para tecer críticas, mas….sem um meia e um atacante acima da média vamos comer o pão que o diabo amassou outra vez.

    1. Santos, sem reparos ao teu comentário, pois é exatamente o espelho da realidade do passado recente e do presente. Como coloquei em resposta a um comentário do Melo, não é possível aceitar que a queda à 2ª Divisão influa negativamente na qualidade do futebol de jogadores experientes. Se não possuem a estrutura necessária para enfrentar as adversidades, que cedam lugar a outros e se recuperem da melhor maneira possível, entretanto acredito que reconduzir o nosso Internacional à 1ª Divisão e honrar essa camisa Colorada ainda são os melhores remédios. Estou muito, mas muito preocupado.

  4. Alô você Pauperio!
    O meu sentimento, e creio ser o sentimento de no mínimo grande parte de nossos irmãos colorados, cabe sob medida em teu último parágrafo: “UMA GRANDE INGÓGNITA”. E como diz o poeta: “A espera é difícil”.
    Coloradamente,
    Melo

    1. Melo, sinceramente, não se trata só da espera difícil, o rumo que se está traçando, mesmo com escassas informações à torcida, não é o que eu esperava. Com essa ideia de futebol, com os mesmos jogadores e lentidão de time de veteranos, na Série B não vai dar certo. Não é possível aceitar que jogadores experientes possam ainda ter suas atuações comprometidas e justificadas com a queda à 2ª Divisão. Se não possuem força interna suficiente, devem ceder lugar a quem possa pensar só na recuperação de nosso Internacional. O que passou, passou.

  5. Caro Pauperio, tu tens toda razão quanto aos canhotos. E ainda são lentos. Já tivemos armadores lentos ano passado, Seijas, Alex, Anderson, e mais algum guri. E nada funcionou. E não funciona mesmo!.
    E tem outra, Dourado e Bob, Dourado e Fabinho, Dourado e Anselmo, essas duplas não funcionam. Já se percebeu isso ano passado. São volantes que não chegam à frente, não arrematam. Dourado é o melhor de todos, mesmo assim só serve para desarme, pois é lento e não acrescenta nada na frente, não chega, não entra na área adversária, não arremata, não faz gol. Os outros são todos quebradores de bola! O último volante que tivemos foi o Aranguiz.
    Agora não acho cedo para avaliações. É este o momento de mudar. Pois o que está se vendo é a repetição dos mesmos problemas de antes. Já detectados na pré-temporada do ano passado!
    A mudança é agora!
    Abraços!

    1. José, você está certo, penso igual a você só espero que não estejamos perdendo tempo novamente e insistindo em velhas e ultrapassadas soluções que já fracassaram no passado recente. Até que me provem o contrário, acredito que falta a contratação de um meia bom de bola que jogue pela direita e o Aylon ainda é o melhor lá na frente.

  6. Com a zaga que temos, a coisa vai ficar feia, aí os dirigentes empilham meio campo, parece que só tem no mercado jogadores de meio campo, as laterais pelo que me parece mais ou menos foi resolvido, volto a repetir sou contra estes amistosos, acho que um coletivo de time titular contra reserva é melhor, pois o reserva tentará mostrar que pode ser titular e o titular que pode se manter titular e assim não iria expor o clube, sim pois estes amistosos expõe o clube, lá adiante na istória do clube vai estar Tubarão (que fase) 2 x 1 internacional. Tomara que este inicio de ano as derrotas ou empates sejam o prenuncio de dias melhores, mas………….não sei não.

    1. Vanderlei, concordo contigo. Nossos maiores problemas, pelo jeito, vão continuar em 2017. Precisamos de um bom meia que jogue pela direita e acabar com esse verdadeiro “pandemônio” no meio de campo. Quanto aos critérios de escolhas desses jogos treinos de início de temporada são tradições mantidas do passado e, os mais rodados (como o Melo diz) são testemunhas de vexames já passados pelo nosso Internacional. A impressão que fica é de que ainda não se deram conta das diferenças entre os jogos na Série A e B.

  7. Bom, pessoal, para mim não tem desculpa de inicio de temporada. O time do Inter é ruim mesmo! E há muito tempo vem sendo ruim. Com Bob no meio de campo e com a dupla Seijas / Dalessandro, não vai funcionar. Podem escrever aí.
    Ah, Valdívia, o canela de vidro já está lesionado.
    Será que vai continuar o festival de lesões que todos os anos acontece no Inter?
    Olha, a situação é preocupante! Para dizer o mínimo!
    Esta série B vai ser o maior teste para nosso time. Nosso DNA mostra que temos imensas dificuldades contra times pequenos. O gauchão prova isso todos os anos. Ah, e ano passado, ganhamos do Santos, do São Paulo, do Galo, do Flamengo, do Cruzeiro. Mas não vencemos Vitória, Santa Cruz, Ponte Preta. E faz muito tempo que é assim. Tanto que somos conhecidos como milagreiros, que ressuscitamos mortos!
    A amostragem do Inter é de dr medo!
    Abraços a todos do blog!

    1. José, acredito que seja muito cedo para chegarmos a conclusões, mas concordo contigo que já não é mais teimosia insistir na colocação de dois jogadores que jogam somente com o pé esquerdo na posição de meias. Isso já tem outra definição… Não é possível não entender que um deve atuar mais pela esquerda e outro mais pela direita e para que isso aconteça precisa que um seja destro ou ambidestro. Não sei não, mas não consigo ver grandes mudanças pela frente e isso me preocupa muito.

  8. Buenas Pauperio

    Quanto ao início de temporada e o nosso Inter não vencer seus adversários isso não me preocupa muito … pois o futebol hoje mudou muito de como era jogado há 15 20 25 anos atrás … Hoje, por exemplo o Tubarão que jogou ontem já faz mais de 30 dias que iniciou a sua preparação para o Estadual .. já realizou outros amistosos ,,, ou seja .. o time deles está mais leve comparado ao Inter que tem 14 dias de trabalho .. e como hoje o vigor físico é um dos determinantes para a vitória em campo … o nosso Inter ainda está freado nesse quesito ….. o que poderá gerar dificuldades na estréia do gauchão no domingo agora diante do Veranópolis que iniciou a sua preparação em meados de novembro.

    Agora o que me preocupa e preocupou os analistas esportivos é a lentidão do time do Inter em sair jogando. O isolamento do Roberson que ontem já foi contestado. Mas dae eu pergunto .. como julgar a qualidade do centroavante/atacante se a bola nem chegou nele ??

    Futebol hoje é intensidade e velocidade de transição entre defesa/ataque e o nosso Inter é um time lento nessa transição já faz algum bom tempo .. e pelo visto a dupla D’alessandro e Seijas continuará escrevendo a mesma história do ano passado. Nesse conjunto .. para mim o Inter precisa de um bom atacante de velocidade e de um meia articulador rápido.

    E, quanto ao Zago .. ele está fazendo testes e conhecendo o grupo do Inter ,,,, só espero que dêem tempo (a imprensa principalmente) para ele montar o seu estilo e padrão de jogo no Inter para iniciar a Série B com o time “voando”.

    Saudações

    1. Charles, realmente, nesse início de temporada, qualquer conclusão é muito prematura, mas não estou gostando que velhas e conhecidas soluções, que não deram certo no passado recente, continuem sendo testadas. Salvo engano, os meias devem ter um ao menos destro ou ambidestro. A utilização de dois jogadores que só utilizam o pé esquerdo dificilmente dará certo. Se o nosso Internacional continuar insistindo nessa lentidão em campo, não irá a lugar algum na Série B ou qualquer competição que venha a disputar. Fico estranhando é o critério de escolha desses adversários para os jogos treinos e a importância que estão dando aos resultados. Sinceramente, minha preocupação é muito grande e espero que esteja muito errado, pois não estou gostando desse início.

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