D’Ale Inter!!

Muitos duvidavam de sua volta ao Internacional, diziam por aí: “Ah o D’Ale não volta mais…”, “D’Ale não quer mais saber do Inter…”. Outros tantos duvidavam de sua condição para o futebol, não faltavam opiniões e críticas destrutivas, de todo tipo: “Ah está velho demais”, “Não dá mais”, “Não pode jogar no futebol de hoje…”, “O futebol atual não aceita mais jogadores com as características dele…”. Pois bem, não só D’Ale voltou, como está jogando com o mesmo entusiasmo e dedicação de sempre. E com D’Ale voltou sua qualidade técnica, sua competência em ver o jogo, em enxergar seus companheiros em campo. Não são poucas as virtudes desse argentino buenairense que nos encantam desde 2008, mas de todas, talvez a que mais nos fez falta no ano de 2016 foi sua garra, o quanto ele nos representa em campo, o que é ter respeito por um clube, sua camisa e sua torcida. Detalhes inexistentes na equipe macambúzia daquele Inter de 2016.

Ontem, mesmo com todas as dificuldades da equipe ao enfrentar um adversário considerado de menor prestígio, D’Alessandro se apresentava, corria, abafava, cercava e até mesmo carrinho dava, chamava para si o jogo, típico do capitão colorado. Mas nada mais típico do Portenho que sua maestria no passe, foi dos seus pés as duas assistências para os gols da vitória colorada.

E para uma torcida apaixonada, que ainda sente no peito toda dor passada em 2016, vendo seu clube do coração em reconstrução, com muito ainda por melhorar, nada melhor que começar pelo coração.

Sim, D’Ale está mais para o final da carreira do que jamais desejamos. Sim, é visível que o cansaço pesa bem mais que 2008, normal para um jogador com sua experiência, também é verdade que nem sempre D’Ale é ou será o destaque da partida, mas sempre saberemos que com D’Ale em campo não nos faltará voz, não faltará indignação, liderança ou dedicação. Talvez nem todo colorado queira D’Alessandro no Inter, mas com certeza todos os colorados gostariam de mais D’Alessandros em campo.

4 thoughts on “D’Ale Inter!!

  1. Alô você Fabiano!
    Dissestes muito bem: “começar pelo coração”. E completaria eu: pela dedicação, pelo entusiasmo, enfim pelo exemplo como se requer de um grande líder. Começar por D’Ale.
    Coloradamente,
    Melo

  2. Assisto á todos os jogos d futebol, ou os possíveis, e agora estou dando mais atenção aos jogos dos adversários do internacional na série “B”, e o que mais está me preocupando e muito é que NENHUM time que vi jogar joga menos que o internacional, OLHA vai ser um calvário essa nossa passagem (assim espero)pela serie “b”, o futebol apresentado nesta ultimas seis partidas do internacional é digno de serie “c” pra baixo, NÃO É DESMERECER é FALAR A REALIDADE, trocamos de técnico como se trocássemos de cuecas, e nada muda. CONTINUAMOS CONTRATANDO ERRADO na minha opinião atacante não é problema, o problema é a ZAGA E O MEIO CAMPO, sem esses nenhum time se forma, não adianta ter o melhor centro avante do mundo se a bola não chega ou quando chega, chega quadrada. Sem meias rápidos que ataquem e recomponham rápido o time não anda. Dourado é muito lento pra recompor, Chrales ainda está começando não sei se é o cara, Dalessandro tem que parar de jogar de ponta ou lateral avançado, ele tem que jogar pelo meio sem função de marcar, massss, falamos, falamos, falamos e os profissionais ………..

  3. Grande Fabiano, sou um grande fã do D’Alessandro desde o tempo em que ele jogava Libertadores pelo River. Então quando ele veio para o Inter aí foi tudo de bom.

    Dono de uma capacidade técnica invejável, visão de jogo, veste REALMENTE a camisa do time que ele está atuando é sobretudo um jogador para ser assistido no estádio. Porque a tv nunca dá a imagem em um plano mais amplo. O D’Alessandro, além de um ótimo jogador é um líder nato, jamais se omite em campo, orienta posicionamentos dos companheiros, aponta jogadas, cobra e defende companheiros. Compra brigas sempre buscando o melhor para o Inter. Tem as suas falhas como todo ser humano, mas certamente depois da sua vinda para o Colorado tornou nosso Clube do Povo maior do que já era.

    Só me preocupo uma coisa que o Paupério citou acima: O Dale tem jogado em todas as partidas, desse jeito aos 35 anos ele pode não aguentar o pique da remada.

    P.S.: Duas pequenas amostras da habilidade do Cabezón.
    1- Logo que chegou ao Beira-Rio, a imprensa foi fazer a cobertura de um treino do Inter. Depois do treino deitado no gramado com uma bola servindo de travesseiro e com a canhotinha brincando de fazer embaixadinhas praticamente sem olhar para a bola. E foram várias.
    2- Beira-Rio 2015 Inter 2 x 0 Ituano. Alisson dá um balão, (daqueles que a bola pega muita altura) em direção ao Dale. Que estava posicionado no campo de ataque, na meia direita. Com a maior naturalidade o nosso capitão posicionou o corpo, levantou a canhotinha e dominou a bola no peito do pé. Ali a bola morreu quietinha. Há alguns dias a ESPN deu destaque quando Luiz Suarez do Barça dominava uma bola que caia de uma torre de 30 metros. Só para constar!

    Abraço.

  4. Fabiano, sábias ponderações. Parabéns! D´Alessandro é um dos únicos craques que existem hoje jogando no futebol brasileiro. Sinceramente, não consigo lembrar de alguém que jogue com a qualidade dele. Acredito que ele só não pode ser escalado para ficar “escondido/preso” junto as laterais do campo, pois esse posicionamento prejudica demais o desempenho. Penso que rende mais funcionando como meia direita/meia esquerda, pois sua visão de jogo é fantástica, sem falar no domínio de bola e precisão nos passes e lançamentos. Foi um excelente volta, pois representa a competitividade e o bom futebol dentro do campo, além de ser evidente sua liderança. Deve haver só o cuidado para “não estourar” as condições físicas dele, pois existem limitações que devem ser respeitadas.

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