Neste jogo de sábado, o Inter poderia ter vencido o Criciúma sem muitas dificuldades, afinal, o colorado tem elenco para assim fazer. Mas não tem sido assim. O futebol que assistimos, incrédulos, é pior que varzeano. Vou exemplificar: já viram os meninos pequenos aprendendo a jogar futebol? Pois então, onde a bola vai, todos vão, pois ele não entendem suas funções e só pensam em chutar a bola. O Inter é exatamente isso – um time de meninos que só pensam em chutar e se livrar da bola.
Sem disciplina tática alguma, os jogadores parecem perdidos em campo – não tem posicionamento, função determinada, inteligência de pensar em uma jogada, e não sabem nem dominar uma bola. Novamente o colorado trocou muitos passes em sua área defensiva, mostrando clara dificuldade de avançar seu jogo e uma absurda falha no conceito de jogar futebol.
Cláudio Winck, o salvador da pátria tão aclamado, nada jogou e nada acrescentou. Inclusive foi responsável por uma grande avenida na lateral, assim como Uendel.
O Inter só melhorou no segundo tempo em que o time veio com mais vontade em campo para tentar reverter o placar. As chances foram inúmeras e a incompetência de colocar a bola na rede foi grandiosa. Após a entrada de Diego, o time foi a frente, avançou, pois o menino foi o único que não correu atrás da bola, mas foi com ela até a área, infiltrando na defesa do Criciúma e criando as tantas chances de gol desperdiçadas pelo Inter.
Obviamente, o empate com o Criciúma em casa não é nada animador e muito menos digno de aceitação, mesmo com os erros de arbitragem. PORÉM, TODAVIA, ENTRETANTO, dada as circunstâncias de uma derrota iminente aos 45′ do 2º tempo, o empate não foi tão ruim, DADO APENAS A ESSA CIRCUNSTÂNCIA, obviamente.
Teve evolução? Sim, mas pouca. Temos um time que não entende o conceito de jogar futebol, não tem um esquema de jogo e muito menos ideia de marcação e avanço de jogadas. O Inter é hoje um amontoado de jogadores fazendo o que dá. E isso tudo é treinamento. É a partir do trabalho que se adquire tais características que o Inter parece desconhecer e que são essenciais para uma vitória.
Sou a favor do protesto, pois o time precisa mudar e reaprender a jogar futebol. Mas quebrar o patrimônio do clube não vai resolver o problema. O Inter precisa de treinamento, muito treinamento. E cá entre nós, duas semanas de trabalho já poderiam ter dado um resultado melhor do que esse de sábado.
Se o Guto é capaz de dar ao time o que ele precisa a tempo, eu não sei. Mas até agora não vimos nada de diferente. Estamos no meio da temporada e acredito que é hora de ligarmos o alerta. O fim do ano é logo ali.
Escreve muito bem essa mineirinha. E enxerga o jogo melhor que nosso treinador.
Boa noite Jéssica. Filme: “Sociedade dos Poetas Mortos – Há sempre uma maneira diferente de se ver a mesma coisa”. Gostei imensamente do desempenho do Internacional. Por que? Porque vi, bem ou mal, um grupo interessado na vitória. Tomar gol, com característica espírita, até então em um único ataque, é para derrubar qualquer esquema tático e deixar os nervos do mais calmo torcedor em frangalhos. O que dizer dos nossos atletas em campo. Cristalina a tensão nas conclusões a gol. D’alessandro, mesmo lento, para mim cadenciado até o último minuto, manteve a lucidez, diferente de Gutierrez. Mas uma andorinha só? Não faz! Verão como eu vi. Mas não quero continuar vendo! Outra coisa: a “cera” deveria ser observada pela Federação com mais rigor, como crime hediondo, para qualquer Equipe que utilizá-la como Recurso futebolístico pois o “espetáculo fica totalmente prejudicado se classificando como ESTELIONATO ” ao verdadeiro torcedor que de seus parcos salários ou dos mais bafejados financeiramente, comparecem ao Estádio para torcer pelo seu time. Os que comparecem travestidos e que antecipadamente PROGRAMAM PELAS REDES SOCIAIS A DEPREDAÇÃO DO PATRIMÔNIO em caso de fracasso, como o que novamente se viu, a Direção do Clube deveria ser mais rigorosa ao abraçar este segmento da Sociedade. Amanhã tem mais, e espero sem sombra de dúvida, a História será outra! Abraço!
Muito bacana teu texto. Me permita concordar contigo: no estado geral que anda o Inter, tomar um gol cedo lança uma nuvem de desespero em todo mudo. A falta de confiança, que talvez seja o maior dos problemas atuais, bloqueia a capacidade de reação. Isso passará. Mas já estamos há dois ou tres anos nessa balada. abs
Alô você Jéssica!
Pois eu considero até um avanço, no estado comportamental e produtivo do INTER. entendo que houve evolução. Se antes empatávamos e até perdíamos os jogos sem sequer molestar o último reduto adversário desta vez não foi assim. Se é verdade que o torcedor saiu chateado pelo resultado, é também verdade que o adversário foi empurrado para trás ficou acuado e só não amargou uma derrota por conta até do estado de até insegurança dos jogadores colorados. Quanto aos protestos concordo plenamente com você. Temos que ter medida pra tudo, inclusive manifestar nosso descontentamento, discordo frontalmente do modo como esses ditos torcedores se comportam.
Coloradamente,
Melo
Jéssica, soube que estás ou esteve em Porto Alegre e lamento que nosso Internacional não possa ter te brindado com uma bela vitória. Gostaria que na volta à Minas Gerais levasse em sua bagagem uma boa lembrança do Beira-Rio e de Porto Alegre. Sua postagem “abriu” minha cabeça e criou uma oportunidade única de elaborar um comentário bem específico. Obrigado, pela oportunidade, pois te respeito muito e te considero uma das “cabeças” no BAC. Quanto a tua postagem, sinceramente, discordo parcialmente de algumas coisas. Diferente do jogo contra o BOA Esporte, quando o time Colorado não chutou a gol, nesse jogo contra a Criciúma, se o ataque não tivesse sido tão incompetente para marcar, poderíamos ter feito uma goleada. Os times armados pelo Guto Ferreira jogam tirando espaço do adversário e aparentemente parece ser como “futebol de guri”, ou seja, todos atrás da bola, mas os grandes clubes vencedores no mundo jogam assim. O que está faltando é velocidade de contra ataque quando da posse de bola, limitado pela lentidão principalmente de D´Alessandro e pelas características de Gutiérrez (um reserva do outro), e conclusões mais eficientes dos atacantes, titulares e reservas. Nico López está em uma má fase e Pottker voltava de afastamento e ainda não está nas melhores condições. O time Colorado erra muito as conclusões e as oportunidades de gol estão sendo desperdiçadas, uma, após a outra. Quanto ao Winck, confesso não sou o mais apto a avaliar, pois a ideia que tenho dele é exatamente essa do jogo de sábado, apoia bem (mas tende a se deslocar para o meio tirando espaço dos atacantes) e deixa a desejar na marcação atrás, mas uma só oportunidade não dá para tirar conclusão alguma. Quanto ao “furo”, você está corretíssima, pois falta alguém atuando pela meia direita e Juan está pedindo passagem. Por essa razão defendia Fabinho improvisado na lateral direita, porque defende bem e sabe atacar pela extrema direita. Acredito que acertar isso no time Colorado é o maior desafio de Guto Ferreira. Respeito muito sua opinião, mas quanto aos protestos, acredito que lugar de protesto de torcedores é nas arquibancadas, cada um a sua maneira e como acredita ser o mais certo. O que não é aceito são atos de violência e de intimidação pessoal. Não gostaria de ver nosso internacional no grupo onde mortes são consequência dessa insanidade no futebol.