O título do texto me remete a umas Olimpíadas em que o Brasil enfrentou o Dream Team do Estados Unidos, com todas as feras do basquete americano da época. Logo nos primeiros movimentos o Brasil fez a primeira cesta da partida e o locutor brincou, agora é só manter a vantagem.
Pois é meus amigos, estamos nessa situação. Após um longo inverno, atingimos o primeiro lugar na tábua de classificação, muito embora não tenhamos nenhum time dos sonhos como adversário, estarmos longe de ser a sétima maravilha.
Por isso espero que tenhamos juízo e consciência de como enfrentar essas partidas que nos faltam para finalmente nos vermos livres desse pesadelo que nos meteram. Digo nos meteram porque o torcedor, que não faz parte do círculo do Rei, fica mais ou menos como paciente na mesa cirúrgica, rezando para que um erro dos médicos não o leve a morte.
Primeiramente cabe uma reflexão, qual nosso objetivo nessa competição? Somente o título irá aplacar nossa justificada indignação? Basta uma colocação honrosa, segundo ou terceiro, ou o quarto lugar chega e fingimos que esse período nebuloso não passou de um grande pesadelo e na realidade não estivemos lá?
Bom, vou começar por mim, é evidente que está no DNA dos colorados lutar até a última gota de sangue para vencer sempre que possível dentro das normas legais. Pois que vençamos e saíamos não tão devagar que pareça provocação e nem tão rápido que pareça que estamos fugindo. Também sugiro que não façamos como outros e não vamos deixar o fracasso nos subir à cabeça e festejar desbragadamente um título Nacional que por diversos motivos alheios a vontade dos torcedores não vencemos há bastante tempo.
E o que faremos com o troféu em caso de conquista? Como inseri-lo sem se tornar constrangedor entre todos os troféus que um Clube pode conquistar, dos mais simples Regionais, aos Nacionais, Intercontinentais e até mesmo o que representa o Mundo, mas aquele mundo grandão onde cabem mais de dois Continentes?
Pois para essa pendenga também tenho uma sugestão, quem sabe não se estabelece uma espécie de rodízio e o referido troféu, caso se ganhe, passa um ano na casa de cada dirigente que geria o Clube no ano de 2016, que ficará para sempre em nossas lembranças como o mais triste da nossa gloriosa história. Inicia na casa do Presidente, do Vice eleito, do futebol, enfim de todos que deram uma indelével contribuição para que isso ocorresse, até que se estabeleça uma nova ordem mundial.
Caso não vençamos a competição, não teremos esse problema com o troféu, mas não tem saída gloriosa para situação, é que nem brigar com bêbado, se bate é covarde se apanha é um inútil.
Dentro de todas as hipóteses levantadas contemplo o Internacional fora da Segunda Divisão, pois muito pior que cair será não subir na primeira oportunidade. Para isso finalmente parece que demos os primeiros passos, é visto uma melhora geral, o técnico escolheu seus titulares e reservas imediatos, existe um esquema de jogo preferido sendo empregado, até os mais céticos estão vendo que o D’Alessandro ainda é imprescindível, etc.
E os primeiros resultados colhidos são bons, pois essa sequência de vitórias não é fácil de ser atingida, seja em que série for do futebol Brasileiro.
Sem perder de vista nunca que não podemos baixar a guarda, continuar planejando, aprimorando e mudando se necessário for, para aí sim mantermos a vantagem que importa que é atingida na última rodada que nos ponha de volta em nosso devido lugar.
A SÉRIE B É MAIS CHIC DO QUE O GAUCHÃO !!!
Estava aqui pensando com os meus botões sobre as diferenças de uma competição nacional e regional sem o mesmo quilate de uma Série A, e sinceramente vou deixar as palavras me levar nesta viagem, tendo em vista que muitas coisas interessantes vão surgir aí embaixo.
Disputar a Série B para um clube grande como o Internacional neste primeiro momento, somente tatuou na sua história esta queda que ainda não possuía, ajudou a fazer uma faxina dentro do vestiário, mudou o foco, uniu o grupo, criou humildade, por que todos estes aprendizados sempre valerão apena para tentar se reestruturar em todos os setores do CLUBE, e subir novamente.
Olhando para o lado financeiro ainda não sofreu prejuízos por que a verba de TV não caiu tanto, quem sabe perdeu alguns patrocinadores mais exigentes, mas mesmo assim a TORCIDA é APAIXONADA e ajuda a pagar as contas, mantendo as mensalidades, e quase sempre lotando o Beira-Rio a cada jogo em dias diferentes da Série A.
O grande lance cultural e principal independente de tudo isto, é que eu passei a escrever muito mais e continuo feliz, os jogadores e alguns torcedores mais fanáticos passaram a viajar por este Brasil afora conhecendo muitas cidades e estádios de futebol mesmo de segundo escalão, muito melhores do que os existentes no Rio do Grande do Sul.
Para finalizar, disputar todos os anos o mesmo Gauchão que quase sempre nós COLORADOS levantamos a TAÇA, jogar em estádios terríveis e com pouca torcida neste interior, é uma tremenda mesmice que perdeu a graça até mesmo quando os jogos são dentro do BEIRA-RIO, por que os torcedores não vão tanto como aos jogos da Série B.
O único defeito da Série B, é que ainda não tem GRENAL, mesmo assim, eu quero como escritor e torcedor pelo menos uma vez ser Campeão com Internacional. Amém.
Abs. Dorian Bueno – Google+Plus, POA – 30.08.2017
Olá Dorian, obrigado pelas considerações, quando ao Gauchão, que para min é uma da piores competições em disputa eu prefiro ganhar por achar semelhante a um duelo, no fim quase sempre estão frente a frente os dois rivais, abraço.
TITULO da série B, só iria na minha opinião, confirmar que SOMOS CLUBE GRANDE, temos estrutura, e outro resultado que não seja isso, seria uma ZEBRA. Sim sem modéstia mesmo. Olhem e analizem a serie que estamos disputando,qual time tem o investimento que o nosso tem??? Isso não conta??? Alguns irão dizer que o futebol está nivelado por baixo, se for assim, tem que tem uma revisão urgente nos salários dos boleiros.
Olá Vanderlei, obrigado pelas considerações, acho importante uma revisão em salários, tendo em vista que quase todos os clubes fecham o ano com consideráveis déficit.
Palmeiras e Flamengo entre outros estão mostrando que só dinheiro não resolve, é necessário competência para formar elenco, abraço.
Alô você Roldan!
Mais uma bela abordagem. Além da visível organização, da escolha dos titulares e dos principais substitutos eventuais foi implantada a conscientização. Vasco, Palmeiras, Corinthians, e até “Eles” só tiveram sucesso quando se conscientizaram que era preciso aplicação, dedicação máxima possível, pois a maior hierarquia técnica resolveria o resto. É cedo ainda como escrevestes, mas acho que a conscientização faz esse trabalho.
Coloradamente,
Melo
Olá Melo, obrigado pelas considerações e finalmente parece que agora vai, como diz o dito popular, abraço.
Roldan, excelente postagem e considerações muito inteligentes de quem realmente conhece o que é o verdadeiro futebol. Sinceramente, se o título vier, acredito que é só a confirmação da qualidade do trabalho que está sendo feito pela gestão, comando técnico, jogadores e torcida. Ao meu modo de ver 2017 deveria ser a ano do nosso Internacional identificar as carências, discretamente buscar as contratações pontuais e consolidar uma equipe competitiva, de forma a terminar o ano com um grande time/plantel para 2018. Quanto ao D´Alessandro, acredito que o Guto Ferreira conseguiu colocar ele em uma faixa de campo e em uma função compatível com suas limitações físicas pela idade, entretanto, como qualquer outro atleta, não o considero insubstituível. Hoje ele desempenha função muito importante, tanto dentro do campo, como fora dele, mas temos que considerar que o tempo cobra muito dos atletas. Veja bem, não o considero velho, mas já possui uma idade que o comando técnico tem de respeitar, procurando otimizar sua utilização considerando a quantidade de jogos a disputar, tempo em campo e funções a desempenhar, de forma a não comprometer a alta qualidade do futebol que possui.
Olá Paupério, obrigado pelas considerações sempre muito gentis, sobre o D’Alessandro, desde uns três anos a traz um comentarista esportiva daqui começou uma campanha muito bem urdida, diariamente incutindo na cabeça de boa parte da torcida colorada que ele não servia mais, que clube nenhum utilizava centralizar a armação em um único jogador. Bom aos poucos PARTE da torcida começou a questionar a validade da sua manutenção na equipe, que culminou com rompante do Presidente anterior que o emprestou Ao River, resultado ascenção dos argentinos e queda nossa. Mas o bom mesmo é que ele está entre nós, mesmo que o usem com a devida moderação, abraço.