ÁRBITRO DE VÍDEO

O futebol originou-se em 1863 na Inglaterra derivado do rugby, pois a Football Association e a Football Rugby não se acertavam no quesito “segurar a bola com as mãos” dando, assim, origem a The English Football Association, primeira associação inglesa de futebol.

O esporte rapidamente se difundiu pelo mundo e chegou ao Brasil em 1895 com o inglês Charles Müller que em sua bagagem trouxe duas bolas, um livro de regras, dois uniformes e um par de chuteiras.

Hoje, o futebol é o esporte mais popular do mundo, com milhões de praticantes. Seja profissional, seja amador. Seja masculino, seja feminino.

Muitas regras, ao longo desses anos, foram criadas, modificas e/ou extintas para deixar a prática do esporte mais atraente e mais emocionante tanto ao jogador quanto à torcida.

Atualmente, muitas outras modalidades do esporte já fazem o uso da tecnologia há algum tempo como, por exemplo, o vôlei, o tênis, o futebol americano, o judô, entre outros, em lances polêmicos.

O futebol encontra muita resistência para o uso da tecnologia, pois é um esporte no qual a arbitragem deve tomar a decisão no momento do lance. No calor do jogo. Porém, nem sempre é a decisão acertada o que gera muita reclamação de jogadores, treinadores, dirigentes e torcedores.

Nos EUA e na Europa (Itália, Alemanha e outros países), a temporada 2017-18 adotou o uso do árbitro de vídeo em lances polêmicos e tem sido muito elogiada esta arbitragem, na sua participação, quando solicitada.

O esporte se modernizou e o futebol deve, também, acompanhar essa evolução, pois como o mesmo envolve muito dinheiro, muita paixão um erro além de decidir uma partida, pode definir um campeonato e comprometer todo o trabalho realizado por um time durante a temporada.

No Brasil, recentemente quis-se implantar o uso do árbitro de vídeo em meio ao campeonato brasileiro após um gol irregular marcado de braço por um atacante do Corinthians sendo que o quarto árbitro estava a poucos metros do lance e validou o gol. A imprensa esportiva fez muitas matérias sobre o tema chegando até a questionar a honestidade do jogador.

A CBF, até treinou profissionais. Mas surgiram muitos questionamentos e a decisão foi adiada. Entre as polêmicas surgiu: 1) Por que será usado somente em alguns jogos do campeonato e não em todos ? 2) Quantas vezes pode ser usado durante uma partida ? 3) Quem solicita o seu uso ? Arbitragem ? Capitão do time ? Treinador ?

Enfim, no Brasil as polêmicas são muitas, no entanto, muitos esportistas já defendem o seu uso em prol da lisura do esporte, uma vez que o futebol evoluiu muito nas últimas décadas tornando o trabalho do quarteto de arbitragem extremamente difícil.

Sendo assim, o uso do árbitro de vídeo deverá ser implementando, também, no futebol brasileiro, definindo-se as regras para a sua utilização a fim de não comprometer a preparação de um time na temporada, por um lance polêmico de um árbitro, que é ser humano e, também, está suscetível a erro.

Lembremo-nos do Brasileirão de 2005, mais precisamente do jogo Corinthians x Internacional e tiremos a nossa conclusão.

4 thoughts on “ÁRBITRO DE VÍDEO

  1. Alô você Charles!
    Vou comentar um parágrafo de teu post e usar como minha tese ou justificativa. O lance referido em que o árbitro esta próximo e validou o gol, eu deduzi que ele estava mal colocado, se estivesse bem colocado anularia o gol, se não vejamos: O juiz auxiliar (bandeira) é o que tem a incumbência de estar na linha do último zagueiro para verificar a existência ou não de impedimento e por estar na última linha, via de regra, é ele quem determina se bola ultrapassou a linha do gol, certo? Porque então nesse citado lance ele sequer foi citado? Simplesmente porque o 4º árbitro estava sobre a linha de fundo e, em tese, tirando a visão do juiz auxiliar de flanco (baneirinha) se interpondo entre esse e a bola e tendo a sua frente a trave a lhe encobrir a visão. Então por estar mal colocado não viu e ainda impediu que o auxiliar visse. Estivesse ele um ou ois passos fora da linha de fundo teria totais condições de ver o toque de mão escandaloso. Bem isso tudo significa falta de preparo, falta de instruções adequadas, por dedução entendo que o árbitro de vídeo (tão reclamado por tanta gente) será mais um a assumir um trabalho sem uma preparação prévia, sem esperiência. Eu também sou a favor, mas assim não. Que se prepare uma equipe em competições menores durante a integralidade da mesma e só aí dirimidas as dúvidas que possam advir de uma nova conjuntura se coloque em prática a novidade. ASSIM VAI DAR ERRADO E AQUELES QUE HOJE SE COLOCAM CONTRA VÃO SE AGIGANTAR.
    Coloradamente,
    Melo

    1. Buenas Melo

      Concordo com você que a posição do 4º árbitro tenha atrapalhado a visão do bandeira … porém acredito que ele fique posicionado sobre a linha para ter a certeza de que a bola ultrapasse ou não linha do gol em caso de “bola salva em cima da linha”.
      Esse é mais um motivo para abolir esse quarto árbitro e adotar um árbitro de vídeo.
      E, também, concordo com você sobre o preparo destes profissionais. Se em outras ligas o seu uso já se faz e é realizado com competência … espero que o Brasil quando o adotar .. adote com a mesma qualidade já vista em outros países.
      Esse assunto tem muita discussão ainda para se colocar em prática nos nossos campeonatos.

      Saudações

  2. Charles, excelente abordagem sobre esse tema. Não me enquadro nos saudosistas que acreditam que o bom do futebol é conviver com esses erros de arbitragem. Muitas vezes essas decisões tomadas de forma equivocada prejudicam trabalhos desenvolvidos há longo tempo, resultam em injustiça, destruindo sonhos e causando revolta nos que se sentem prejudicados. A decisão de quem pede, quando e quantas vezes é de suma importância para não prejudicar em demasia a dinâmica do futebol. Uma coisa penso ser fundamental, hoje existe omissão e uma maior incidência de erros a favor de um clube, o que me parece totalmente incorreto e incompreensível para a grande maioria dos torcedores de outros cubes. Penso que a utilização do árbitro de vídeo deveria ficar restrito somente a um árbitro (do quadro da CBF), que daria a informação ao árbitro do jogo e que atuaria somente em casos estritamente e comprovadamente necessários, como em marcação de pênalti duvidoso, faltas que geram expulsão com simulação do atingido, bolas onde há dúvida se entraram ou não no gol ou gols gerados em impedimentos. Caso contrário só aumentará a confusão, a perda de tempo de jogo com bola rolando e a costumeira falsa malandragem. Acredito que seja impossível, por exemplo, colocar o árbitro de vídeo em todos os jogos do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e outras competições com um número exagerado de participantes. Poderia ficar restrito a poucos jogos, principalmente os decisivos de cada competição. Na mesma toada, acredito que essa introdução deverá ser bem avaliada, seus critérios bem divulgados, as arbitragens devidamente treinadas para a sua utilização e precedida de uma orientação clara aos clubes e atletas envolvidos.

    1. Buenas Pauperio

      Também sou dos que apoiam a evolução da tecnologia no mundo esportivo.
      Porém do modo como quis-se implantar esse ano sou totalmente contra. Acredito que iria muito mais prejudicar do que facilitar arbitragem .. devido ao despreparo dos profissionais que ali atuariam.
      Também, como você bem colocou, as regras de sua utilização devem estar bem claras a todos a fim de não prejudicar a dinâmica do jogo e estragar o espetáculo da partida.
      Muito precisa ser feito .. mas é necessário para o bem do futebol brasileiro.

      Saudações

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