Esse texto tem a pretensão de abrir uma discussão sobre o que cada torcedor Colorado deseja como futuro para o nosso Internacional, sempre levando em consideração o passado, o presente e o futuro. Nessa minha reflexão foi importante mesclar a paixão e a razão, para que minha postagem pudesse refletir sinceridade e verdadeiros sentimentos, sem medo de uma indesejável exposição ao ridículo. Como estamos quase ao final de 2017 acredito que a hora seja adequada para uma reflexão sobre sonhos e desejos da torcida Colorada, considerando a realidade do clube nos dias de hoje. Sabemos que a unanimidade é considerada burra e não é esse o objetivo dessa postagem, apenas pretendemos criar um espaço para que diferentes modos de pensar busquem na discussão em alto nível encontrar um consenso, de forma que todos possam acreditar e trabalhar em prol de um objetivo único e factível.
Com certeza, cada um de nós, é um pequeno baú que guarda relíquias de experiências vividas, ao longo doa anos, em torno do Internacional. Cada um de nós já viveu momentos de intensa alegria e de algumas frustrações que nos trouxeram muita tristeza. Os fatos em si, devem ficar guardados em nossas memórias, principalmente aqueles que nos trouxeram momentos de tristeza, mas acredito que o aprendizado, colhido com essas experiências, é importante dividir.
Olhando a história do Internacional a imagem que guardo em minha mente é de um clube que nasceu para lutar contra as injustiças, as desigualdades, sempre a favor dos menos favorecidos e do respeito mútuo, em uma época em que haviam vários preconceitos e discriminações, desde as condições sociais, origens, crenças e cor das pessoas, tanto na vida normal, como no mundo do futebol, não só no gaúcho, mas também no brasileiro. Por essa razão é necessário deixar viva a chama da defesa do engajamento na luta pela manutenção desses valores para que o Internacional seja sempre um participante ativo contra qualquer tipo de preconceito ou discriminação. A sua história e sua origem exigem isso, pois, nós os mais velhos (com 71 anos, faço parte dessa gente) temos esses valores básicos para proteger e lembrar aos mais jovens, da sua responsabilidade em resguardá-los e levá-los adiante.
Analisando tudo que aconteceu desde os primeiros anos, podemos perceber que o Internacional sempre esteve em um processo de evolução como clube, tanto no campo material, como no campo esportivo, assim como sempre procurou angariar e congregar um número, cada vez maior, de torcedores. Exatamente por essa razão, veio a se tornar o Clube do Povo do Rio Grande do Sul e detentor de um dos estádios mais lindos do mundo e de títulos de valores incontestáveis. Esse processo de evolução do clube deve continuar e ninguém tem o direito de provocar um retrocesso ou uma estagnação nessa trajetória.
Nossa existência se deve a sagrada teimosia dos Colorados que transformaram dificuldades em oportunidades de crescimento e nunca desistiram de seus sonhos. Assim conquistamos o Estádio dos Eucaliptos, mais tarde, tijolo a tijolo, construímos o Gigante da Beira-Rio e, na sequência, nossa casa foi transformada em um dos estádios mais admirados do mundo. Nenhum clube no Brasil tem um ginásio de esportes semelhante ao Gigantinho, por sinal, com subutilização e fora de sua real finalidade. Dos “Canelas Pretas”, passando pelo “Rolo Compressor”, com o passar dos anos e sempre com muito esforço e dedicação, nos tornamos o clube com maior número de títulos do Campeonato Gaúcho, fomos Campeões Brasileiro (o único com um título invicto até hoje), tivemos várias conquistas em torneios e competições internacionais importantes, fomos Bicampeões da Libertadores da América, Bicampeões Sul-Americano e Campeão Mundial de Clubes – FIFA. É uma trajetória brilhante, uma história de causar admiração em qualquer torcedor e que temos a obrigação de resguardar.
Com tristeza vejo o clube hoje preso a um imobilismo, sem grandes ambições, sem buscar um lugar de protagonismo, se contentando em ser somente mais um, sem demonstrar aquela garra gerencial que nos trouxe à grandes vitórias e conquistas. O Internacional não nasceu para ficar marcando posição e batendo pé no mesmo lugar, apesar de hoje, não estarmos nem no lugar que já havíamos conquistado. Está mais do que na hora de pensarmos grande, de colocarmos mais competência, mais ousadia e mais paixão nos destinos do clube. Precisamos voltar à jornada de nos tornarmos um grande clube, com um grande time de futebol, almejando projeção permanente no cenário nacional e internacional, de forma a proporcionar mais alegrias à Massa Colorada. A análise do que falta para promover uma grande mudança de mentalidade e de horizonte deve ser exaustivamente discutido, em alto nível, deixando interesses próprios de lado e pensando só no futuro do clube.
Como já coloquei, a unanimidade é burra e muitos podem discordar do que escrevi nesse texto, mas, sinceramente, apesar de respeitá-los, a realidade do Internacional de hoje está muito longe do Internacional que os verdadeiros Colorados criaram, conduziram com competência e sonharam ver no futuro. Não estou desmerecendo ou não reconhecendo o que de bom está sendo feito, mas, por favor, voltar à Série A, pensando da mesma maneira que nos levou à Série B, é muito pouco. Essa lição da queda à Série B, assim como os momentos terríveis que o clube e a torcida passaram, deveria ter proporcionado grandes reflexões e questionamentos sobre a forma de condução do clube e formação de um grande time de futebol. Acredito que a maior parte do importante aprendizado não foi absorvido ou parece não ter sido entendido, pois deveria ter gerado uma visão mais profissional e mais qualificada na gestão do clube e em sua atividade fim, o futebol. O que se esperava eram grandes mudanças de mentalidade, de visão, de comportamento e de rumo, mas, infelizmente, pelo que vejo, nesse sentido, nada mudou e, se nada mudar, continuaremos sempre um passo atrás na história e longe dos objetivos sonhados para o Internacional e pela torcida Colorada. Acredito que deveria ser aproveitado a bom trabalho de 2017 para alicerçar uma sólida base de uma pirâmide rumo a um futuro mais ambicioso. Felizmente encontramos aqui no BAC, um espaço livre, para colocarmos e dividirmos nossas opiniões, mesmo que não sejam de aceitação unânime, mas vindas de corações Colorados e que desejam sempre o melhor para o clube e à torcida.
Tenho absoluta certeza de que não se trata de uma questão de gostar mais ou menos, mas sei que é verdadeiro o sentimento, pois, nós Colorados, os mais velhos, passamos momentos muito difíceis em nossa história junto ao Internacional e, por essa razão, acredito que somos mais exigentes, valorizamos mais as conquistas alcançadas e nunca duvidamos de nossa capacidade para superar as dificuldades do futuro, pois sempre confiamos na superação dos obstáculos, por maiores que sejam, pois sabemos que quem já chegou até aqui, pode ir muito mais longe, basta querer. Não é aceitável os argumentos de que não é possível mudar o futuro do clube, que não há investimentos compatíveis com os custos ou receitas para a execução de um grande projeto, pois tudo isso depende do empenho, da dedicação, da inteligência, da capacidade e da qualificação de gestão. Agora, a hora é de vocês, dos mais jovens (não me refiro a idade, mas sim a mentes abertas e criativas), sem os vícios do passado, de aproveitar as oportunidades, de dar asas às suas competências, de colocarem um pouco de paixão nas decisões, de vislumbrarem novas soluções e de assumirem as rédeas do destino desse clube. Pensem nisso.
Olá Paupério, como de costume pensamentos profundos e coerentes sobre as entranhas do nosso como bem sabemos tem nos levado da glória ao desespero.
Não vejo uma saída fácil para situação, uma vez que poucos colorados é dado o poder de traçar os destinos do mesmo, se forem competentes vitórias em todos os campos, caso não, já sabemos o resultado.
Cada vez mais torna-se importante que capacidade e profissionalismo venha na frente da paixão, para que cessem os erros absurdos que se comete em nome da paixão, ou interesses inconfessos, que outras instancias dentro do Clube sejam capaz de barrar.
abraço.
Roldan, concordo contigo, entretanto sem paixão não se consegue fazer nada. A paixão só não pode prevalecer sobre a razão e a responsabilidade, pois devem compor como um único pensamento no trabalho de busca do melhor resultado. Sinceramente, hoje faltam à grande maioria dos gestores o conhecimento, capacidade e a humildade necessária para desenvolver grandes projetos e utilizar as ferramentas mais adequadas para os novos tempos. Hoje, o que percebemos, é um “mundo de experts”, que sabem tudo e que não precisam conhecer mais nada. O resultado encontrado só pode ser o que temos constatado.
Paupério, após valiosíssimas contribuições à tua não menor relevante postagem, também lamento a derrocada que culminou em 2016 com o rebaixamento. Fomos vitimados pela soberba e pela acomodação, pela baixa exigência, pela cultura equivocada de que tínhamos um bom grupo, etc. Sem falar nos supostos ou já evidentes desmandos administrativos e financeiros. Perdemos em imagem, em valor de mercado, em estima. A volta à série A e uma necessidade e uma obrigação e está sendo obtida. Não vejo também como a maioria dos amigos(as) que nossa retomada se resuma a 4 ou mais contratações pontuais. Precisaremos dessas contratações e de uma gestão mais eficiente, transparente e voltada principalmente à atividade fim do Clube, bem como à formação de quadros profissionais oriundos das categorias de base. Talvez não seja tão imediato como desejamos, mas já em 2018 boa parte dessas valências devem ser observadas e vistas em campo e fora dele. SC.
Luciano, concordo plenamente contigo. No meu caso quando falo em pontuais, estou sempre me referindo a posições do time titular, que hoje comprometem o desempenho da equipe e os resultados. É evidente que o plantel também precisa ser reforçado, pois temos posições que os reservas não possuem as condições necessárias para substituir os titulares. Sabemos que “o pior cego é aquele que não quer enxergar”, pois se trata de uma evidência de falta de inteligência e de capacidade. Exatamente por causa disso, fomos lançados ao “fundo do poço” e estamos aguentando esse martírio em 2018.
Oi ACP. Que sinuca hein? Como este espaço é nosso, podemos nos deixar levar por desvario pessoal. É sim momento de repensar o caminho a seguir com base no caminho vencido. Se não servir para evitar os erros estaremos propensos no futuro próximo repetir o recente passado. A forma de propor um trabalho deveria nascer de um planejamento a longo prazo, discutido e esgotado minuciosamente com fundamentos na história do clube, para jamais fugir às suas origens, sem perder o foco do que se avizinha, percebendo o presente e as transformações que o Mundo atual oferece. Clube do Povo, Massa Vermelho e branco está cada vez mais distante do Gigante. O Planejamento plurianual dos destinos – objetivos a curto, médio e longo prazo, deveriam nascer do Conselho Deliberativo. E os candidatos à Presidência deveriam pautar suas plataformas eleitorais em propostas mais próximas ao projeto traçado nas entranhas do clube. Aquele que melhor puder convencer, será reconhecido pela torcida e será eleito para o fim a que se destina. Se não for feliz, então, o fracasso será de todos, assim como se o sucesso lhe sorrir, manteremos nosso orgulho no pedestal que conhecemos.
Jaldemir, simples como 2 + 2 = 4. Sem um planejamento sério, moderno e qualificado nada poderá gerar um bom resultado permanente. As soluções improvisadas são como “limpar leite derramado” e não são duradouras. A vida moderna de hoje exige um planejamento estratégico, profissionalismo, inteligência empresarial e gente qualificada, em qualquer atividade. Não consigo compreender como um grupo de pessoas assume a gestão de um clube sem submeter o seu projeto de gestão à discussão e à aprovação de uma maioria. Muitas vezes fico sem entender quais são as funções e responsabilidades do Conselho. Sempre insisto na mesma coisa, é preciso repensar a atualidade do Internacional e recolocá-lo na trajetória que definiu sua existência, para a frente e para cima.
O INTERNACIONAL, MESMO SEM UM GRANDE TIME VAI SUBIR NOVAMENTE!!!
O ano que vem já está batendo a nossa porta e mesmo que ainda haverá muitas horas, dias, noites de futebol para assistir e torcer, as expectativas de como será o nosso Internacional da Série A de 2018, são muitas.
Pelo o futebol apresentado até o momento, sabemos que muita coisa precisa ser feita para o Colorado voltar a competir em alto nível, ainda mais junto aos grandes do futebol do Brasil.
O treinador para o gosto de uns no qual eu me incluo será o Guto Ferreira, e quem sabe mais uma dúzia de jogadores poderão ser aproveitados ou contratados para começar a organizar o time do Internacional, sem os atropelos da má avaliação dos últimos anos.
Está taça da Série B somente por algum acidente de percurso, poderá não querer ir lá para o Museu do novo Beira-Rio, mas isto não será problema, porque temos muitas outras de maiores valores que foram conquistadas por grandes jogadores.
Abs. Dorian Bueno – Google+Plus – POA, 25.10.2017
Dorian, tenho acompanhado jogos da Série A e, sinceramente, tem clubes com um futebol bem inferior aos da Série B. O que mais me dói e perceber como o nosso Internacional teve um comportamento tão medíocre em 2016 a ponto de se cair à Série B. Simplesmente foi um ano de cegueira empresarial e de total confusão mental, pois só isso pode explicar (não justificar) o que infelizmente aconteceu. Em se tratando de maiores ou menores dificuldades, esse comando técnico e, principalmente, esses jogadores atuais são uns heróis, pois tiveram que superar um ambiente terrível e em “terra arrasada”. Se conquistarem o título da Série B, será de grande valor, pois representará o “enterro” de um passado recente muito triste, onde sucumbiram imagens, sonhos e profissionais. O que mais me preocupa para 2018 é que alguns acreditam que podem negociar os jogadores que mais se destacam em 2017 e não mostram muita preocupação com a contratação de jogadores para suprir as carência do time titular atual. Posso estar muito enganado, mas acredito que a atual gestão está fazendo um bom e exaustivo trabalho de bastidor e “cuidando do ninho e filhotes como Quero-Quero”.
Paupério, excelente o texto, e nos remete a uma profunda reflexão. O mais importante, é saber porque estamos nesta situação e acho que todos os colorados sabem. Torcedores e a Instituição, sofreram um golpe duro de pessoas mal preparadas para dirigir algo tão grande e valioso. O resultado todos nós sabemos. Penso que entraremos num processo de renovação ampla, onde começa pelo Presidente, CT, jogadores, enfim toda estrutura que move uma equipe de futebol do tamanho do INTER. A primeira medida foi tomada, estamos de volta à elite do futebol Brasileiro, não podemos parar por aí, acho que é o temor de todo torcedor, deitarmos nos louros da vitória. Todo torcedor tem que entender, que não vamos sair da B e ser campeões em 2018 na série A. Este será um processo lento, mas embasado em fundamentos, planejamentos e o mais importante, algo sério e muito profissionalismo. O torcedor já deu provas de seu amor pelo INTER, todos fizeram e fazem a sua parte. O remédio foi amargo, talvez estávamos doentes e não sabíamos, mas agora restabelecidos, firmes e fortes, temos o direito de sonhar e cobrar daqueles que dirigem algo tão grandioso e que mexe com a paixão de milhões de pessoas, o nosso amado INTER.
Abraço
Leandro
Godoy, sinceramente, minha resposta ao comentário do Dorian serve totalmente para as tuas excelentes colocações. Concordo plenamente com você e acredito que nos bastidores essa gestão deve estar agindo e buscando soluções para as carências no plantel e para o futuro Colorado, sem grandes exposições, como agiu durante todo o ano de 2016. O que me preocupa realmente é o atual processo de escolha das gestões Coloradas, pois acredito que deveria haver uma discussão séria, profissional e qualificada sobre projetos de condução do Internacional. Essa análise deveria agregar o maior número de Colorados e, após uma discussão em alto nível, escolher e definir o melhor projeto que espelha a grandeza e existência de nosso Internacional.
Alô você Pauperio!
Brilhante como sempre.
Vejo nas palavras do Naladar a Síntese do que queremos para o futuro ‘ OS
RESULTADOS DE CAMPO SEJAM PRODUTO DE UMA GESTÃO ÍNTEGRA ONDE OS FINS NÃO JUSTIFIQUEM OS MEIOS.” Assim esperamos todos, e eu não poderia ser diferente. Há muito o que mudar. O TODO FOI ATINGIDO POR VÁRIOS INTERESSES. é preciso filtrar. O trabalho é muito ´serio e complexo.
Coloradamente,
Melo
Melo, o Naladar foi realmente muito feliz e oportuno nas suas colocações. Acredito que esse seja o desejo de todos os Colorados. Por essa e outras razões é que defendo uma mudança radical na fotografia, fora de campo, de nosso Internacional. O clube precisa de novas caras, de gente sem vícios do passado, que consigam mesclar responsabilidade, ousadia, capacidade e paixão e que almejem um Internacional protagonista, exatamente da maneira como foi projetado e de forma a proporcionar mais alegrias ao povo Colorado.
Há muito que fazer.Mas para já precisamos: subir para A.reforcar aqjipe para 2018.reformular a Base hoje não sai nada.não ganha e não tem ninguém despontando.Alguma coisa não está dando certo.
Brigoni, concordo plenamente contigo, pois sempre defendo que ainda não ganhamos nada e que o time titular precisa ser reforçado para 2018. Exatamente pelo que tu colocas em teu comentário é que defendo uma mudança radical no Internacional e também acredito que da maneira como a base é conduzida, em relação aos investimentos efetuados, o aproveitamento para o plante titular é muito pequeno (ao menos o que a gente consegue enxergar). Pela mídia ficamos sabendo de guris que chegam, trazidos não sei por quem, não sei para o quê e que saem negociados sem ao menos sabermos porque vieram e qual o ganho do Internacional nisso.
Prezado Pauperio, concordo com teu pensamento. O Inter como instituição e clube é muito grande, mas a realidade atual é muito distante do que verdadeiros colorados sonharam e conduziram com competência.
O Inter vem nesse imobilismo que tu bem apontas, sem ambição de protagonista, se contentando em ser apenas mais um. E isso já vem de algum tempo. Direção com pensamento pequeno, contrário à grandeza do clube, dos que exerceram o mando sem atentar que a razão da existência do clube é o seu departamento de futebol. Apequenaram-se, apequenando o clube. Isso se viu de anos para cá, até recentemente, quando a direção e o departamento de futebol abandonou a disputa pelo titulo da Primeira Liga. Ora, se é para entrar numa competição, time grande tem que se esforçar para vencer.
Respeito todas as opiniões e manifestações dos colegas de blog. Mas em matéria de técnico, tenho sérias dúvidas se Guto é o homem indicado para a série A. Embora a boa colocação do Inter na disputa da série B, levo isso mais em conta da fraqueza dos adversários do que pelo futebol apresentado pelo Colorado. Confesso que não vejo evolução no trabalho do Guto. Não gosto de ver um artilheiro do campeonato paulista e do brasileiro 2016, como canhoto, sendo mantido na extrema direita marcando lateral adversário. Também não gosto de ver Sascha como “craque tático” função que nos prejudicou muito ano passado com Jorge Henrique. O perigo em manter Guto pode ser a repetição do que fizeram ano passado, quando Argel foi mantido por vitórias sem desempenho e sem evolução, até chegar no ponto sem saída em que chegou. Já vimos que treinadores sem grande currículos em montagens de time, como Aguirre, Argel, Falcão, Roth, Lisca, Zago não foram solução para a grandeza do Inter. Não sabemos se Guto é. De qualquer forma, será ainda mais uma aposta pra a Série A. Como creio que será mantido, espero que dê uma resposta positiva em 2018. Mas como expus, tenho lá sérias dúvidas a respeito.
E continuo achando que o time do Inter precisa de laterais, zagueiros, um meia atacante e um centroavante. No mínimo cinco jogadores de alto nível para encarar como protagonista a série A.
Não deixo por menos.
A grandeza do Inter, muito bem retratada pelo texto do Pauperio, exige isso!
Abraços a todos os parças do blog
José, quanto ao atual momento Colorado e o comportamento das últimas gestões, observo que pensamos de maneira bem semelhante. Falta um pouco de ambição, de vontade de ser diferente e melhor, procurando ser mais ousado e mais eficiente. Acredito que ainda é muito cedo para “bater o martelo” sobre a permanência do Guto Ferreira a frente do plantel Colorado em 2018, afinal de contas “precaução e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”. Para início de conversa ainda faltam 7 (sete) jogos para serem disputados na Série B e acredito que seja muito cedo para qualquer conclusão final. Não gosto de “atalhos”. Pela qualidade de seu trabalho efetuado até agora, existe muito crédito para que isso aconteça. Se dará certo ou não, só com a utilização de uma “bola de cristal”. Também não encontro razões que justifiquem a manutenção do Sasha como jogador titular. Quanto ao Pottker, na Ponte Preta, também era mais efetivo quando do meio se deslocava à direita. No Internacional acredito que a exigência dele em ter de marcar para ajudar o lateral direito (?) prejudica muito o seu rendimento. Quanto as carências no plantel, sem comentários, “na mosca”.
Paupério, de novo um texto excelente. Parabéns. Como diz o ditado, a dor ensina a gemer. Por isso, respeito todos aqueles torcedores que passaram pelas fases menos vitoriosas do nosso Inter. Eu, com meus 56, pude passar mais fases boas do que ruins, apesar dos 90’s e a queda para a segunda divisão.
Não vou me estender porque para quem acompanha o BAC já conhece bem o que espero do meu Inter. Mas, em sumário, gostaria de ver meu clube como um exemplo de instituição cidadã, onde os resultados de campo sejam produto de uma gestão íntegra onde os fins não justifiquem os meios. Em outras palavras, acredito que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Se o clube colocar a integridade como valor principal em todas as suas áreas de atuação, em uma visão de longo prazo, vamos colher bons frutos, mesmo que durante um período tenhamos escassez de conquistas. Um clube sem dívidas, sem ações trabalhistas, formador de jogadores cidadãos, dirigentes com comportamento exemplar e uma torcida cada vez mais associada a estas ideias. Utópico, pode ser, mas sonhar é livre e ajuda a gente a continuar neste mundo cada vez mais confuso.
Santos, excelente comentário e importantes observações para quem acredita em ser um verdadeiro cidadão brasileiro e do mundo. Você cita valores importantes e que deveriam nortear qualquer cidadão, em todas as áreas de atividades. Esses pontos são fundamentais desde o início da existência do Sport Club Internacional e deveriam ser prática diária de todos os gestores e torcedores. Nas fases menos vitoriosas de nosso Internacional nunca faltou o entendimento da torcida Colorado sobre os motivos dos percalços naquele momento. Infelizmente, tenho de concordar contigo, nada nos afetou mais do que a queda à 2ª Divisão e o comportamento da gestão Colorada em 2016. Vivendo longe de Porto Alegre, a gente sente mais ainda, pois estamos ao alcance da sanha dos oportunistas e tivemos que engolir calados (quando dava) colocações sobre as atitudes tomadas, no mínimo, desastradas, altamente questionáveis e prejudiciais ao Internacional.