A relação entre o amor e o ódio pode ser explicada pela ambivalência emocional, uma situação muito comum em que o indivíduo tem sentimentos conflitantes em relação a outra pessoa. É o caso, por exemplo, do ciúmes: em geral, o ciumento ama tanto seu parceiro que passa a odiar o fato de o outro ser atraente ou se relacionar com outras pessoas. Trata-se de um caso em que há uma emoção negativa e uma emoção positiva em relação à mesma pessoa. O ódio nunca nasce da indiferença, e esse sentimento pode ter origem no medo de perder o outro, receio de ser rejeitado ou até mesmo ser uma reação desencadeada por uma admiração profunda. Será que Freud conseguiria explicar esta situação entre a torcida e o seu técnico? Uma parcela da torcida o venera e compreende a forma de trabalho e o desempenho. A outra o odeia insuportavelmente levando quase ao delírio e devaneios. O fato é que os números do Odair comprovam que mesmo com alguns percalços no planejamento ainda assim o técnico colorado conseguiu fazer com que um time desacreditado chegasse a disputar novamente a competição mais desejada pela torcida, a Libertadores da América. Se ano passado faltou elenco para chegar ao título. Nesta temporada com a chegada de jogadores como Rafael Sobis, Paolo Guerrero e a utilização da joia Martin Sarrafiore; e ainda com a manutenção da espinha dorsal do ano anterior o escrete vermelho pode almejar conquistar o título de uma das competições. Mesmo que todos não classifiquem o colorado como uma das equipes favoritas a conquistar o Brasileiro ou a libertadores. Talvez sem a pressão de favorito isso possa contribuir com um êxito maior ao final da competição. É preciso deixar claro que equipes como Flamengo, Palmeiras devido ao aporte financeiro estão bem a frente, no entanto o inter já deu mostra de competitividade diante do Flamengo inclusive o vencendo com uma apresentação de qualidade com destaque para a dupla de zaga e para o centroavante peruano Paolo Guerrero, sem esquecer do Sarrafiore. Neste sábado diante do Verdão o colorado dos pampas tem a oportunidade de repetir a boa apresentação, porém a dificuldade será bem maior pois o clube paulista vem de um tropeço dentro de casa. É importante refletir e identificar os motivos de nutrir sentimentos tão próximos; amor está mais perto do ódio do que a gente geralmente supõe. São o verso e o reverso da mesma moeda de uma paixão. O oposto do amor não é o ódio, mas sim a indiferença…
Alô você Adriano!
Também gosto dessa ideia de não favorito, e por isso entendo que exxe expediente pode ser favorável ao fim da competição. A pressão do favoritismo nunca deu bons frutos. Outrora contra o Palmeiras um jovem desabrochou e ganhou o mundo: Alexandre Pato. Seria esse o marco definitivo para que o argentino Sarrafiore se torne uma expressão? Tomara que sim.
Coloradamente,
Melo