Não fosse a atual situação inédita vivida por todos nós, hoje no Beira-rio seria dia de um dos maiores clássicos do futebol nacional, Internacional x Palmeiras, dois gigantes clubes do futebol mundial, que travaram grandes embates em diversas oportunidades ao longo dos tempos, mas hoje em particular, gostaria de lembrar um dos jogos mais importantes da história contra o Palmeiras, o duelo de volta da semifinal da Copa do Brasil de 1992, talvez o melhor e mais duro jogo daquela competição. Na oportunidade, eu então com 15 anos, foi o primeiro jogo em que fui sozinho ao Beira-rio, e pude presenciar um Gigante lotado e uníssino cantando e torcendo o tempo todo: “Ê, ô, ê, ô, colorado é um terror!!”, com todos sempre de pé, pois todos sabíamos da importância da classificação que nos levaria a inédita final da Copa do Brasil.
O Inter durante a campanha superou dentre os tantos adversários o Muniz Freire Futebol Clube (ES) na 1ª fase, em seguida foi a vez do Corinthians, inclusive com uma goleada histórica de 4 x 0 em pleno Estádio do Pacaembu, eliminou também o arquirrival Grêmio nos pênaltis pelas quartas-de-final e foi para a semifinal enfrentar um dos melhores times da época, o Palmeiras que iniciava sua parceria com a Parmalatt e tinha no elenco nomes como Mazinho, César Sampaio, Cuca e Zinho.
E como era bom ver aquele time do Inter jogar!! O Inter tinha no elenco Roberto “Gato” Fernández um dos melhores goleiros da história do colorada, na defesa nomes como Célio Lino, Daniel Franco e Pinga e Célio Silva, sem dúvida uma das melhores duplas de zaga da história, a frente da zaga, o polivalente Ricardo e o diferenciado Elson, um volante de estilo moderno, algo ainda hoje raro no futebol brasileiro e principalmente aqui no Beira-rio, tínhamos um camisa 10 raiz: Marquinhos, como jogava bola o Marquinhos!! Baita jogador!! No time também o já consagrado Silas e no ataque excelente jogadores como Gérson, que foi o artilheiro da competição com 9 gols. Apesar da breve história aqui no Inter, foi um dos melhores centroavantes que vi jogar no Beira-rio, e Maurício era Maurício, um baita jogador! Veloz e habilidoso, típico ponta que hoje já não vemos mais nos gramados brasileiros. Importante também foi participação de Norton, Simão, Marcio Bittencourt, Zinho, Nando e do habilidoso Caíco, promessa da base na época que jogou muito na competição, inclusive posteriormente fazendo um dos gols das finais, gol esse que foi importantíssimo mais tarde para o título colorado.
Contra o Palmeiras, o Inter assim como nos demais jogos da competição, fez bonito, jogando de igual para igual no Palestra Itália, de onde trouxe a vantagem de 2 x 0, gols de Elton e Gérson, com direito a um pênalti de Cuca defendido por Gato Fernández.
Gols da vitória colorada no jogo de ida no Parque Antártica (by canal “Hilhotta”):
No jogo de volta no Beira-rio, com gols de Gerson e Maurício, o Inter foi novamente superior, apesar de enfrentar dessa vez um Palmeiras mais ousado e organizado, o que valorizou ainda mais a classificação do colorado para a final da competição.
Gols da vitória colorada no jogo de volta no Beira-rio (by canal “Palmeiras 1914 Vídeos Amor Eterno“):
Foi um grande jogo e uma merecida classificação que, serviu para calar muitos críticos da imprensa esportiva nacional, pois muitos ainda observavam o Inter com desconfiança, apesar da grande campanha do Inter eliminando grandes clubes do cenário brasileiro.
Vejas todos os gols da campanha do Inter na Copa do Brasil de 1992 (by canal “Gols Do Inter“):
Tive a impressão que entrei na máquina do tempo! Retornei ao Gigante e vivenciei cada descrição deste texto. Deu urm ar de satisfação lembrar de Pinga e Célio Silva deslizado no gramado. E Gato Fernández, nossaaaaaa, quantos suspiros nos arrancou ao lembrarmos de suas defesas e a felicidade transbordou a memoria, ao relembrar este jogo com nossa torcida lotando as dependências do antigo Beira com seus cânticos e as bandeiras tremulando, tremulandoooooooo🚩🚩🚩🚩🚩!
Parabéns Fabiano ! e diria: ” uh Fabianoooooo, uh Fabianooooo”
Valeu Claudinha!! E realmente que saudade do gato Fernández!! Baita goleiro! Seria legal ver ele novamente num jogo beneficente, se ainda pudesse jogar, pois realmente dava gosto de ver jogar. O Pinga até pouco tempo ainda brilhava na várzea nos campeonatos de master, continua com a mesma técnica, joga muito até hoje. Saudade mesmo! Foi um time que deu liga e dava gosto de ver jogar.
alô você Fabiano!
Que baita recordação. Normalmente se fala tão somente no jogo da final e tu lembrastes com muita propriedade essa passagem marcante contra o Palmeiras já travestido de Parmalat.
Gerson, Gato Fernandes, Elson, o homem borracha, Marquinhos, todos “importados” mas os pratas da casa estavam lá, o promissor Caíco, Célio Lino, Daniel, e sobretudo um grande zagueiro, feito em casa: Pinga que mesmo depois de uma delicadíssima cirurgia esbanjou categoria ao lado do Célio Silva.
Grande lembrança. Valeu Fabiano!
Diretamente de NATAL RN
Coloradamente,
Melo
Fala Melo!! Eu particularmente sou fã de volantes do tipo Dino Sani, Falcão, Magrão, Schweinsteiger, Àranguiz, Kross, Witsel, entre outros, caras que sabe jogar, não desarmar ou pensar defensivamente, e nesse time tinha o teu de Elson, que já naquela época, assim como os demais antigos citados acima, sabia jogar bola, algo muito importante ainda hoje, pois são poucos os volantes com esse talento mesmo nos tempos atuais.