Otimismo, pessimismo, expectativas, pragmatismo e realidade

Sim, são muitas emoções, isso que essa retomada de temporada vem nos proporcionando, após um campeonato regional que tivemos um desempenho muito fraco! Vou ficar com essa expressão para não soar agressivo.

Tivemos uma vitória no primeiro jogo contra o Coritiba, fazia muito tempo que não lembro de um início com vitória e isso nos deu um alento, pois o adversário não importa e sim contabilizar os três pontos.

Logo tivemos uma derrota frustrante contra o Fluminense e dois empates de maneira bastante amarga, pela forma que ocorreram, contra o Palmeiras, fora, e Bahia, em casa, como diziam os narradores, ao apagar das luzes.

Quando termina um jogo e baixa a adrenalina e tento ser o mais racional possível dentro dos parâmetros de um TORCEDOR, vejo que deve ser isso até o encerramento da competição, pois temos muitas deficiências e algumas não vejo possibilidades de serem sanadas.

Minhas expectativas não são as mesmas dos dirigentes do Clube, que até sei que enfrentam limitações graves de ordem financeira, mas acho que a principal deficiência da equipe não está nos planos para ser solucionada.
Não vejo movimento para achar um articulador de qualidade para solucionar nosso problema de meio campo.

Recorrendo ao legado do Odair, até deram uma melhorada na estrutura, quando voltaram a escalar Patrick e Edenilson juntos, ficando com três jogadores com boa capacidade de marcação, sendo primeiro Lindoso, Bustos ou, mais recentemente, Jhoni, que acho promissor.

Esse trio, frente aos zagueiros, deu mais estabilidade ao sistema defensivo, porém, a parte de criação continua capenga, nem vou chamar de volantes pelo posicionamento em campo, mas Patrick e Edenilson são condutores e isso tira a velocidade da saída de bola, com isso raramente temos um contra-ataque.

Quando chegou o Coudet, foi vendida a ideia de que ele seria um ofensivista convicto, que sempre iriamos marcar os adversários no campo deles, pressão constante até subjugar o oponente.

Não tem sido bem assim. Talvez ele tenha entendido que faltam jogadores com qualidade e características para isso.
Para o bem ou para o mal, ou ele mudou de ideia ou alguém o convenceu que não é por aí e, principalmente contra o Atlético Mineiro, vimos algo que antigamente seria facilmente chamado de uma retranca amiga.

Com a vitória ficou bonito. Em caso de derrota, estaria sendo abominado. Nossa posse de bola fo apenas de 30%, embora eles quase não tenham acertado a goleira do Lomba. Eu diria que foi bastante pragmático, e não tenho nada contra, admitir o poderio dos adversários é um bom caminho para um desempenho satisfatório na competição.

Nossa realidade de momento é boa, liderar é sempre bom! Principalmente se soubermos o que necessitamos melhorar em vários princípios básicos do futebol, concentração, empenho, dedicação, etc.

Não encontro justificativa aceitável para os gols sofridos contra Palmeiras e Bahia, tomar contra-ataque ou cometer um pênalti nos acréscimos para uma equipe que pretenda brigar por título é pecado capital.

Hoje enfrentaremos o Ceará, que assisti jogar contra o Santos, e confesso que mesmo saindo derrotado fiquei bastante impressionado, pois jogou uma bela partida e merecia uma sorte melhor. Foi um jogo com expulsões, mas muito disputado, e o goleiro do Santos fez algumas defesas incríveis.

Frutos das expulsões de jogadores e do próprio técnico Guto Ferreira, nosso adversário vem com vários desfalques e é exatamente contra esse tipo de adversário que temos que ser pragmáticos, eficientes e efetivos. Esses três pontos valem mais que três pontos contra o Flamengo no Maracanã, vamos à vitória!

Fonte imagem: site Sport Club Internacional

 

6 thoughts on “Otimismo, pessimismo, expectativas, pragmatismo e realidade

  1. Ilustre Roldan. A noite nos prepara boas surpresas. Temos realmente muita dificuldade na substituição de uma liderança natalícia. Logo, além de ser um privilégio contar com profissional deste gabarito, a sua lacuna se torna o preenchimento uma enorme tortura para a Direção. E, além das quatro linhas, inimigos declarados, saindo do silêncio para a tentativa de instalação do caos no caminho do líder. Nosso treinador, novo na ALDEIA, ainda não fez toda a leitura . Mas, mesmo assim, ESTÁ apesar dos tropeços, revelando o equilíbrio, ainda suficiente para nós oferecer o otimismo de conquistas.

  2. Boa noite Roldan e companheiros do BAC, como sempre uma análise realista do nosso time, creio que o nosso técnico esteja no caminho certo, apesar da carência de um articulador com fôlego, temos o nosso Dale que é muito esforçado, mas peca pelo condicionamento e também por manter um sistema de jogo de muitos toques, é um vício que vem se arrastando já alguns anos. Aos poucos estamos retomando aquele Inter que joga como time grande tanto em casa como fora, e pra isso precisamos de condicionamento e principalmente de elenco. Com certeza jogos em casa são pra 3 pontos e fora também, em especial com times ditos pequenos…

  3. Alô você Roldan!
    Fostes cirúrgico. EC tem utilizado com bastante frequência o pragmatismo, por força dos fatores por ti alencados, talvez. Gosto disso, pois testa a capacidade de leitura de jogo por parte do treinador, aliás como sabemos ter do outro lado uma equipe preparado, podemos entender sermos eventualmente envolvidos, coisa que não gostamos mas acontece.
    Fiz também leitura igual a tua no quesito contra-ataque. Penso que hoje a melhor aptidão para essa excussão possa ser adi Peglow.
    Diretamente de Natal RN
    Coloradamente
    Melo

    1. Olá Melo, o recomeço está irregular, ainda bem que para todos, temos um longo caminho a percorrer e espaço para muitas melhorias vamos acreditar que acontecerão, abraço.

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