Se hoje nos emocionamos assistindo os gols do Sóbis contra o São Paulo e choramos no gol do Gabiru, devemos muito ao Gre-Nal 353 no dia 9 de fevereiro de 2003.
O cenário era diferente de hoje: o Grêmio tinha casa, nosso escudo não tinha a borda e não vivíamos tempos de pandemia, mas uma coisa não mudava: o Grêmio vivia um melhor momento. Eles tinham um time melhor, já o nosso era formado por muitos jovens. Mas o pior de tudo era que não ganhávamos Gre-Nal desde 1999, ou seja, tinha uma pressão gigantesca da torcida para nossos jogadores
A torcida compareceu em peso no estádio Olímpico para apoiar o jovem time (tirando o Clemer) de Muricy Ramalho. Porém Luís Mário abriu o placar para eles no 1° tempo. O Inter não foi bem nessa etapa e quando o time foi para o vestiário, Muricy deu uma bronca nos atletas e deu certo, porque Vinícius empatou de cabeça, mas o ápice aconteceria perto do final do jogo, no qual o jovem Daniel Carvalho de 20 anos, não sentiu a pressão de jogar o Gre-Nal e fez o gol da virada, o gol da redenção!! O tabu foi quebrado. Apesar de não ter sido o melhor clássico que jogamos, ele motivou nosso time ao longo daquela temporada, fomos bicampeões gaúcho e fizemos uma boa campanha no Brasileirão, tendo um time com muitos jogadores da base.
A partir desse clássico, o Inter só cresceu, tendo o auge o título do Mundial em 2006, mas o que eu deixo em questão não são os títulos e sim a vontade daquele time. Falta muito nesse grupo de hoje, eles têm que ver esse escudo e perceber que ele tem peso.
Para os próximos clássicos, seria bom verem o clássico 353, o Gre-Nal que mudou nossa história. Obrigado Daniel Carvalho, Vinícius, Clemer, Claíton, Muricy etc; vocês protagonizaram uma partida que nunca esqueceremos.
Alô você Messias!
Muito bem apanhado. Parabéns pela analogia, oxalá sejamos brindados com uma reumbante vitória, e se não puder ser retumbante, que seja vitória.
Coloradamente,
Melo
Oi Messias, bem lembrado o teu Post , quando retratatas este jogo que a partir de então, nosso Colorado, partiu para um cenário de Glórias. Me lembro bem deste jogo, pois nesta época, trabalhava como comentarista esportivo numa rádio. Entramos neste jogo com um situação parecida, como a de hoje ,muita pressão pela ausência de vitórias. Como escreveste, eles saíram na frente no primeiro tempo e no segundo, viemos com outra cara do vestiário. O gol da nossa Vitória aconteceu numa jogada do Daniel Carvalho, que entrando pelo lado direito, paralelelo a grande área e quando chega na meia lua, dispara um chutãço bem no canto esquerdo sem chance para o goleiro. Este gol aconteceu na goleira que ficava para o lado do Ginásio David Gusmão, por volta de 38′. Numa cabine da Imprensa sem poder torcer, meus olhos brilhavam de satisfação e orgulho. Uma Vitória que mudaria muita coisa nos destino do nosso querido INTER. Abraço