Caros Confrades
Mais uma partida onde o resultado se apresenta melhor que o desempenho. Claro que temos que considerar vários fatores, tais como um time bem descaracterizado, se comparado àquele que vem jogando como base ; os jogos na serra, via de regra, nunca são fáceis ; o Juventude vem de maus resultados e jogava sob pressão da torcida que, aliás, protestou ao final da partida .
Dito isto, teço as seguintes considerações : 1) Ainda temos muito que evoluir como uma equipe competitiva ; 2) Sendo o grande número de partidas e a disputa de diversas competições uma realidade dos grandes clubes, precisamos ter alternativas de qualidade para todas as posições e fazer com que o time, mesmo descaracterizado, tenha entrosamento e desempenho regular (seria isto uma utopia ?!?!) ; 3) Sanar algumas deficiências históricas, tal como a bola aérea defensiva, cuja zaga (titular, reserva ou mista) tem cometido erros que muitas vezes comprometem não só uma partida, como também toda uma campanha.
Entretanto, pra não dizer que não falei de flores, faço um destaque positivo. O goleiro Anthoni teve ontem uma bela e decisiva participação, fazendo pelo menos três defesas fundamentais para a obtenção do resultado positivo conquistado pela Equipe Colorada.
Apesar de jovem e demonstrar ainda alguma insegurança, especialmente nas saídas do gol, atuando pela primeira vez num time profissional, ainda mais do porte do Inter, com poucas partidas no seu cartel, entendo que reúne condições para ser uma boa alternativa para o gol colorado, principalmente na ausência de Rochet.
Ao final da partida, ouvi uma declaração animadora de Wesley que disse alguma coisa relacionada ao espírito vencedor e que um grande clube tem que se acostumar com a vencer e se indignar com qualquer resultado que não seja a vitória, reagindo contra a acomodação e a passividade.
Outro dia, após o gre-NAL, debatia com um grupo de amigos sobre os lances polêmicos do Kanemann sobre o Valência e falei que o nosso centroavante chegou no Clube brigando com os colegas e peitando todo mundo, mas que não reagiu aos assédios do zagueiro gremista, fazendo uma partida apática e submissa.
Certa vez, numa entrevista, ouvi D`Alessandro relatar que Fernando Carvalho, ao contratá-lo, disse da importância da rivalidade gre-NAL e que o Inter tem que sempre pensar em vencer o Grêmio, pois não existe Clássico que não vale nada.
E disto já falei outras vezes. Acredito que um Grupo Vencedor tem que ter mentalidade de Vencedor, obsessão pela vitória e persegui-la a qualquer custo, dar à vida dentro de campo, se entregar de corpo e alma, sabendo que, ao vestir uma camisa que tem o peso do manto Colorado, carrega consigo o sentimento de milhões de torcedores mundo a fora e uma história escrita com muito sangue, suor e lágrimas, por grandes e abnegados Colorados.
Penso que estamos num bom caminho, mas temos que permanecer precavidos e vigilantes sempre e nunca hesitar em realinhar os rumos com precisão e presteza, sempre que necessário.
Avante Inter, pois estaremos sempre contigo.
Aristides França
Oi Tide, muito bom o teu texto sobre o jogo. Não tem como discordar. Apenas dar ênfase na bola aérea na nossa área, um verdadeiro filme de terror. Das 7 bolas alçadas, os caras do JU, cabeciaram sozinhos, cinco vezes e todas com chance de gols. Será que a CT não treina, pois podemos perder alguns jogos devido a esta fragilidade. Agora vem sábado às 16:30 lá em Brasília, pela CB , o Nova Iguaçu, sensação do campeonato Carioca. Abraço
Salve, Aristides! Sempre parabéns! Abordastes diversos pontos que muito gostaria de abordá-los num saudável encontro presencial regado a gelada e um modesto churrasco. Entretanto, permita-me focalizar nosso atual goleiro. Na minha modesta opinião, a confiança que lhe falta, é a mesma que Eu sinto quando qualquer Bola é alçada para nossa área: não temos ainda zagueiros confiáveis. Assim, esta deficiência técnica leva nosso goleiro.a essa indefinição de saída do gol ou esperar um desvio fora da pequena área. Problema que nenhuma Comissão Técnica ainda resolveu. Abraço!
Bom dia! Concordo com suas colocações, pois sempre digo que o maior inimigo do Inter é o próprio Inter, que em determinados momentos parece se “acovardar”, e deixa escapar pontos, vitórias, classificações e títulos de forma “amadora”, e não da forma profissional e guerreira que seu torcedor espera. Eu também digo, que acredito sempre no Inter, mas, às vezes, me pergunto se o Inter acredita em si mesmo, por isso concordo com seu comentário, quando diz que para ser campeão tem de ter mentalidade de campeão, ou seja, sempre buscar a vitória, dar o melhor em campo sem importar se é time titular, misto ou reserva. Aliás, sempre achei que os reservas devem dar mais que os titulares quando estiverem em campo, a fim de “criar” um problema para o técnico, em ter de decidir quem vai para o campo.
Acho que foi realmente um jogo bom, razoável, jogamos bem no primeiro tempo, e no segundo nem tanto, temos muito que evoluir, e também defendo a questão do entrosamento, é realmente necessário criar a unidade em um grupo.
Caro Aristides
Irretocável comentário.
Vários tópicos comentados com clareza.
Da minha parte, achei que fizemos o primeiro tempo bem melhor que o segundo.
Com Gustavo Prado, nos seus 18 anos, jogando bem e mostrando personalidade.
Wesley também foi bem, parece, pelo que mostrou até agora, ter sido uma acertada contratação do único campeão
de tudo do sul do país.
Anthony, seguramente fez sua melhor partida pelo Inter, mostrando rapidez e elasticidade.
Realmente a chamada bola aérea na nossa área tem sido problemática.
Bustos e Renê são os laterais titulares. Quando eles não podem jogar, o Couldet tem que improvisar. Aí já
temos uma carência no plantel.
Mas, no final das contas, mais uma vitória que mostra evolução e afirmação do grupo de jogadores.
Abraço!
Quando tomamos o gol da forma que ocorreu, o brilho da vitória se dispersa um pouco. Mesmo classificado e com reservas esperávamos mais.
Olá Aristides, concordo muito com tua análise do jogo de ontem, não temcomo não saudar o resultado, porém não dá para ignorar uma série de ocorrências no transcurso da partida.
Dá a impressão que fizeram força para perder e não deu certo, felizmente.
Time totalmente descaracterizado até os 30 minutos do segundo tempo, tal qual o Grenal os minutos finais sugere perda de gás da equipe.
O gol do juventude é para lá de amadorismo do sistema defensivo, os onze jogadores do Inter agarrado na saia do goleiro e nem um único marcando o possível rebote.
Em fim, salve o resultado é vamos tratar de corrigir muita coisa, abraço.