Vou lançar um assunto polêmico o qual eu não tenho total conhecimento, apenas parcial. Muitos aqui que vão falar muito melhor do que eu e poderão ponderar muito mais itens, mas quero deixar a dúvida no ar: precisamos mesmo da Copa?
Ouvi dizer pelos veículos de comunicação que agora, aos 40 do segundo tempo, a Andrade e Gutierres quer mudar as regras do jogo para assinar o contrato com o Inter. Quer dizer, um parceiro que a essa altura do campeonato quer mudar uma parte considerável no acordo pré definido, que esperou até agora para “reclamar”, depois de atrasar toda a obra e ter certeza que o Inter ficaria refém dos seus serviços, é confiável?
Alguns podem dizer que sou louca, mas eu prefiro 1.999 vezes o meu Clube financeiramente sustentável do que passar mais de 20 anos pagando dívida e abrindo mão do seu patrimônio para pagar uma obra. Não acho que irá se pagar mico em trocar essa dívida por mandar os jogos da Copa para o rival. Deixem a dívida do lado de lá, prefiro continuar ganhando títulos! Mico é ficar refém de uma construtora por anos, vendo ela lucrar cada vez mais.
Se nós cidadãos estamos pagando para a construção do estádio do “Curinthians”, não há nada que o Estado possa fazer pelo Colorado? Não, com certeza não é interessante para alguns isso e por isso não se tem os mesmos benefícios do governo. Alguns vão dizer que o atual presidente Colorado vai sair arruinado politicamente dessa briga, mas sabemos que esse “trem da obra”, não apareceu em 2011… a promessa da cobertura, para quem tem boa memória, era para o Centenário e desde então só se empurrou o problema com a barriga. Ou o presidente vira heroi nacional da torcida, ou Jesus Cristo na cruz para muitos.
Basta querer ver, o que é melhor para o Inter? Hoje somos reconhecidos mundialmente por nossos feitos, nossas conquistas, a Copa vai tornar o Inter mais lucrativo?
Enfim, como disse inicialmente, não sei mais detalhes das últimas reivindicações, mas só sei que cada vez mais o tempo passa, a obra atrasa e o Inter fica preso a essa construtora. Qual a melhor saída, ainda não sei, mas analisando apenas por esse lado eu prefiro não ter que pagar essa dívida por 20 anos!
Débora Silveira – Porto Alegre/RIO GRANDE DO SUL
INTER, para sempre eu vou te amar!
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É Débora, eu acho que o tema é muito controverso mesmo, mas não vi ainda uma explicação convincente do Luigi e de seus assessores e apoiadores políticos do PORQUÊ que combateram o projeto do Piffero de tocar a obra com recursos próprios ou com financiamentos via BNDES direto com o Clube, com isenções e outros benefícios de ordem tributária que seriam concedidos. ONDE ESTAVA O INTERESSE EM APROVAR A TOQUE DE CAIXA A PARCERIA COM A ANDRADE GUTIERREZ? Foram espertos ou ingênuos com essa construtora?
Oi Débora,
É claro que a corrupção está a nível mundial. Mas no Brasil é demais.
Não é para menos que ostentamos o vergonhoso 72º lugar no item. A ordem é crescente (o de menor corrupção está em 1º lugar). Então, os países que citaste estão muito aquém do nosso País.
É Heleno, meu “espírito Che Guevera” me diz que isso é um pouco de culpa nossa, que deixamos os políticos roubarem milhões dos cofres públicos e ficamos dizendo que “isso é normal”. A população é quem um dia poderia mudar essa situação, pois não agredito mais que algum partido político possa fazer isso… vi isso quando o PT chegou ao poder e será assim com quem hj é pequeno e um dia chegar lá em cima. Como dizia meu pai “mudam-se as moscas, mas a ‘M…’ é a mesma”. 🙂
Débora:
Assino em baixo o teu texto.
No final dos anos 90, quando comecei a ouvir sobre as reformas do Beira-Rio, a ideia inicial eram que as obras seriam voltadas para o clube e não para Copa, pois não existia perspectivas para ocorrer tal evento no país. A finalidade desta obra era para gerar conforto ao torcedor colorado, fosse ele sócio ou não, com a finalidade do Inter vir ter um ganho financeiro e ao mesmo tempo renovar a sua estrutura patrimonial, que começava a ficar defasada. Mas a entidade máxima do futebol brasileiro, sem dar nada em troca, utilizou-se do nosso projeto para trazer esta competição para o Brasil, com o aval do clube, ao mesmo tempo deu uma falsa ilusão de um “futuro melhor” para nós.
Também é importante destacar que o projeto “Gigante para sempre”, quando foi criado, tinha a finalidade de buscar parceiros que pudessem concretizar esta ideia e que ao mesmo tempo subsidiassem a reforma do estádio e das demais estruturas do Complexo Beira-Rio a longo prazo, sem gerar grandes custos ao clube. Mas esta ordem, devido a Copa do Mundo, foi atropelada e provocou uma tentativa de barganha maior pela construtora.
Neste momento, o clube está em uma encruzilhada ou nós ficamos refém da construtora ou rompermos com este modelo e buscamos outras alternativas mais viáveis.
Saudações Coloradas.
Cláudio R. Vidal
Me contaram alguns trechos da entrevista do Luigi no programa do Lasier Martins, na Gaúcha. Disseram que ficou nítido que ele está muito desconfortável com toda essa situação, não falou de nomes, mas que está sofrendo grandes pressões, tanto da contrutora quanto dos meios políticos em geral (fora do clube e oposições internas). Quer dizer, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come! Difícil a decisão do Luigi que ficou com essa bomba no colo de herança!
Olha Débora, ouvi a entrevista do Presidente Luigi, hoje à tarde na FM da Gaúcha feita no programa do Lasier Martins e percebi que a coisa anda muito enrolada. O Presidente deixou nas entrelinhas que o INTER cumpriu sua parte há mais de 4 (quatro) meses (sic). O resto é perfurmaria. A Construtora está chantageando para usufruir mais vantagens. Ele não disse, mas deu indícios. Aliás, este parece ser o problema de todas as obras da Copa. As Construtoras combinadas, formaram espécie de Cartel para benefício próprio. A turma da Azenha, já embarcou em mais R$ 100 milhões além do orçado, sob justificativa de construirem uma subestação, centro de treinamentos etc…
Olha, da forma como a coisa está andando também penso que o INTER vai acabar entrando numa canoa furada. Tomara que esteja equivocado.
Pois é Heleno, acho q essas obras tem muita coisa errada. É só ver os valores de construções de estádios feitos na Alemanha e na Itália (esse com alto nível de corrupção assim como o Brasil) custam metade ou menos da metade dos valores orçados aqui. Todos viram nas obras um grande filão para ganhar dinheiro “fácil”. Precisamos disso, endividar o clube por causa da Copa? Essa é a questão!
Em complemento, mais cedo ou mais tarde, a modernização do Beira-Rio deverá ocorrer e a Copa se apresentou como uma oportunidade ímpar para isso. Não vamos ser maiores em função da Copa, o que nos coloca nesta condição são nossas conquistas, nossa torcida e nosso patrimônio. Quem sabe nos faltou maior habilidade política para financiar a reforma? A presidente Dilma é colorada e está preocupada com a questão. Quem sabe ainda é tempo? Não sou especialista na matéria (política), mas temos ótimos representantes neste meio.
Oi Luciano, tb concordo que a obra sai de um jeito ou de outro, pois as necessidades batem a porta. A moderinização dos estádios é uma realidade em todo o mundo, por isso não deixaremos de ter a nossa, até pq já falta uma parte do estádio mesmo, hehehe.
Agora em relação a política, isso é um outro fato muito importante, há muitos interesses em todos os lados e nós não temos o mesmo poder político nem o poder de apelação do Corinthians, pois nós quem pagaremos por um estádio novo a eles! Isso é muito duro e como sair da melhor forma possível disso tudo é que eu ainda não sei, só acho que nada pode prejudicar o clube, jamais!
Débora, também não possuo conhecimento adequado sobre as negociações entre o INTER e a Construtora. Agora, não posso deixar de observar que a atual Direção “brigou” ferrenhamente contra o modelo apresentado e defendido pelo Presidente Vitorio Piffero. A execução com recursos próprios ou com financiamento do BNDES endividaria o Clube, mas eu não sei dizer se o modelo aprovado de “parceria” com a A. Gutierrez é melhor ou pior. Quanto à imagem do Clube eu acho sim que ficaria um certo prejuízo, que não apagaria nossa condição de instituição vitoriosa e bem sucedida dentro e fora do campo. Mas haveria um desgaste. Já que entramos nessa, vendemos um projeto “A Copa do Mundo é Nossa”, não podemos simplesmente dizer para o público esportivo que não queremos mais ou pior…não fomos competentes para sediar o evento. É uma opinião apenas.