Prefiro esquecer a lástima de certa parte da torcida em levar bandeiras com insinuações partidárias ao estádio e da conivência da direção quanto a isso, e vamos falar apenas da dor de ter perdido o jogo mais decisivo desse semestre.
Infelizmente, mais uma vez o cavalo passa encilhado diante de nossos olhos e não houve capacidade suficiente para segurá-lo. Nenhum time neste campeonato teve tantas oportunidades desperdiçadas quanto o Internacional.
Dependendo apenas de si mesmo, já que quase todos os resultados foram favoráveis; com exceção do Flamengo, o Inter não conseguiu impor sua força ofensiva diante do Fluminense. Quando poderia finalmente voltar ao G5 e entrar de vez na briga pelo título.
O Inter começou o jogo atacando, e assim não deu oportunidade ao Flu. Teve chances de marcar, mas como diz o velho ditado futebolês: “Quem não faz, leva.”, e Rafael Moura em um cruzamento de Deco após cobrança de escanteio e jogada com Rafael Sóbis, abre o placar para o Fluminense, 1×0.
Então pressionado e necessitando vencer, o Inter foi para cima, e em uma bobeada esdrúxula de Leandro Euzébio diante do artilheiro colorado Leandro Damião, surge o que parecia ser a reação para a virada Colorada, Damigol toca para Oscar marcar em sua quarta chance de gol, era o empate: 1×1.
Mas Deco estava livre, leve e solto, e novamente participa do gol dando bela assistência a Rafael Sóbis, que em um gesto de respeito ao seu clube do coração não comemora. Inter 1×2 Fluminense e assim se encerra a primeira etapa da partida.
Início do segundo tempo e o Inter não tem força ofensiva, graças a dura marcação em seu articulador D’Alessandro, e em seu artilheiro Leandro Damião que novamente sozinho no ataque e sem ritmo de jogo, não consegue muito produzir. O Flu começa a tocar a bola, e então a irritação na torcida colorada e nos jogadores do Inter é visível. O jogo toma ar de drama e desespero. Ainda mais depois da expulsão de Juan, logo após se irritar com a marcação de uma falta e fazer uma reclamação acintosa diante do árbitro e receber o segundo amarelo e por consequência o vermelho.
Final dramático no Beira-Rio, diante dos seus mais de 35 mil espectadores apaixonados, o Inter não fez sua parte. Parabéns a torcida colorada que fez tudo que podia.
Só uma opinião e se manifestem se acharem o contrário: “A melhor defesa é o ataque!”. Temos que ter mais um atacante, e eu não teria medo de tirar um volante e jogar com apenas um cabeça de área e três meias ofensivos. Com dois homens de frente e laterais que apóiam. Time grande tem que se comportar como tal. Talvez faltem alternativas, mas agora não temos que apontar um culpado e sim encontrar soluções.
Vamos em frente, ainda não acabou… SIM, NÓS PODEMOS!
Peter Kievel – Alvorada/RIO GRANDE DO SUL
INTER, tu és minha paixão!
Sim, podemos… veja o América? Não é mais o lanterna. Com um plantel sem Damião, D’Alessandro,Bolati,Guinazu,Kleber e outros “notáveis” venceram o Corinthians e o Fluminense ( fora de casa), coisa que nosso time não conseguiu. Sim, nós podemos….
Oi Peter,
É isso aí.
Trabalhei anos a fim em Recursos Humanos e aprendi uma coisa: O bom profissional é aquele que recebe, ou se quiseres, faz treinamento. Quanto mais melhor.
É claro que a experiência, consubstanciada por anos a fio na profissão é ingrediente poderoso, mas sem treinamento dificilmente chega-se a um bom nível técnico.
E isso se dá em qualquer atividade, inclusive no futebol.
Vamos lembrar o caso do Valdomiro. No início não sabia bater, sequer cruzar uma bola. Na expressão da época “um pata-dura”. Pois é, por força de dedicação e treinamento, tornou-se, para mim, o melhor batedor de faltas e cruzador de bolas na área que vi vestindo a camisa do INTER.
Abraço
Oi Peter, é claro que podemos chegar, basta vencermos 4 partidas das 5 que faltam e assim disputamos a Libertadores no ano que vem. Como vês, depende de nós mesmos e aí é que está o problema: O INTER não consegue se ajudar.
Na análise consistente do Claudio Vidal é feito destaque do INTER dos anos 70, que não era somente um time de futebol. Era, por assim dizer, um encanto, pois jogava como música. Falou dos 3 jogadores que tinham característica de centro-médio, mas lembro que Falcão e Batista também sabiam jogar na frente e faziam gols. Como exemplo, cito o jogo que nos levou à final do BI de 76, contra o Atlético Mineiro, aquela virada dos 2 x 1 – gols de Batista (chute de fora da área) e Falcão na famosa tabelinha com Escurinho, considerado o gol mais bonito até hoje do Beira-Rio.
Eu não sei porque de uns tempos para cá criou-se esta idéia de que o Centro-médio não pode ir à frente e tentar e chutar a gol. Isto pode ser visto nos nossos volantes: Guinazu e Bolatti praticamente não chutam a gol. Tinga às vezes até tenta, embora não tenha característica de bom chute. O Elton parece ser o único. Denota a falta de orientação e treinamento a eles. Lembro que Falcão no início da carreira também não batia bem na bola. Treinou, treinou, treinou e tornou-se um exímio batedor, é só lembrar no gol que fez de fora da área, na cobrança de falta que deu o título a Roma e muitos outros feitos com a camisa do INTER e da própria Roma.
Heleno:
Ao ler teu comentário, lembrei-me de quando estudava no ensino médio e as greves atrapalhavam as aulas para eu não ter que trabalhar de tarde na vulcanizadora do meu pai disse que tinha aula para ir ver um treino no Beira-Rio (ano de 1982). Não me lembro quem era o técnico, mas lembro que ao final do treino ele mandava todos treinar chute a gol. O Gilmar que era um dos goleiros da época ficava brincando e apostando com os goleiros reservas quem defenderia mais chutes e brincava com quem ia chutar dizendo que apostava senão me engano era na época do Barão (Cr$ 1000,00) e tornava o treino uma brincadeira que na partida resultavam em gols de longa distância. Mas cito isso para contar sobre um desses treinos como não havia aquela divisória que separava o CT da torcida os jogadores quando saiam do treino saiam conversando ao lado dos torcedores e uma dessas o Gilmar estava desafiando o Ademir, o Galvão, o Pastor e o Cléo a fazer gol neles e pagava 5 vezes mais se fizesse e se ele defendesse pagava a mesma coisa e aí o Rubén Paz e o André Luís o desafariam a fazer o mesmo com eles e o Gilmar que com eles ele não era louco. Ao sair do treino os três se falavam, quandro o André por que com eles ele não tinha coragem. O Gilmar virou-se e olhou para o lado e disse, que eu escutei: para na hora do jogo eles poderem arriscar, pois só treinando que acerta e vocês sabem chutar tanto que vocês fazem gols.
Isto resume um pouco esta ideia.
Saudações Coloradas.
Claudio R. Vidal
Peter, nós podemos e conseguiremos! Dá-lhe INTER! É preciso botar o coração na ponta da chuteira. Correr, chutar, caprichar nos passes, quando precisar dar bico, usar a experiência de nossos ídolos e utilizar o fôlego da juventude que pede passagem: João Paulo tem que ser, pelo menos, alternativa no banco. Sem Damião, vai Gilberto, Delatorre ou Siloé, alguém da função! Ganhando lá em Minas, a chama da esperança virará fogueira! Sim, nós podemos! SC
Puxa Peter, o que mais doi é saber que perdemos para nós mesmo… nossos erros nos deixaram em desvantagens. Perder ou ganhar é do jogo, o que não se pode é dar bobeira.
Abraço
Sim, podemos, também concordo. Mas não estamos sozinhos nessa disputa. Temos um Botafogo na descendente, um São Paulo com dificuldades, mas Flamengo, Fluminense, Figueirense, Corintians e Vasco (não conta pra LA) mantendo uma maior regularidade, em que peses alguns revezes pontuais. Então, a situação é difícil, mas não impossível. Precisaríamos contrariar nosso próprio retrospecto recente, vencendo pelo menos 4 partidas em 5. Como empatamos demais, temos problemas no quesito número de vitórias…Mas vamos lá…
Peter:
Cada um de nós, por gostarmos de futebol, temos um lado de técnico e uma visão de jogo. O comentário da partida esta correta e a nossa torcida (exceto aquele setor que decidiu fazer política) fez sua parte, pois cantou e apoiou até o final com um único objetivo de ganhar o jogo. A própria direção ao colocar a torcida do Fluminense na parte de cima e unir as facções da torcida que estão brigadas também esteve correta. Tudo inicialmente estava pensado e calculado para podermos ter sucesso, mas infelizmente não aconteceu, pois o time estava no dia do “não” e o pior não foi a primeira vez no ano que aconteceu isto.
Ao sugerir uma escalação sempre pondero por obdecer as características dos jogadores do elenco e fundamentalmente a uma postura tática que começa protegendo o sistema defensivo e depois de forma sólida buscar o ataque (não adianta eu fazer 3 a 0 no Santos e depois deixar empatar). Lembro-me dos melhores times do Inter que eu vi jogar, que foram na década de 70, para poder argumentar. Fomos Bi-campeões brasileiro em 1976, com o Sr. Minelli, jogando com três jogadores que tinham característica de centro-médio (Caçapava, Batista e Falcão). Depois o seu Ênio Andrade (um dos maiores técnicos que eu vi) não tinha medo de montar um time “defensivo” para ganhar os jogos, pois na falta de Valdomiro (por lesão em 1979) este senhor utilizou em várias partidas dois falsos ponteiros (Jair e Mário Sérgio) e acabou sendo campeão Invicto naquele ano. Portanto não é enchendo de meias ou de atacantes que ganhamos um jogo e sim postura dentro de campo. No qual não vimos após o Inter levar o segundo gol diante do Fluminense.
Em relação ao esquema tático, comentei com o Paulo (neste mesmo blog), que pelas as características do nosso atual elenco, deveria ser adotado o esquema do losango no meio-campo, uma zaga com 4 jogadores e 2 no ataque. Temos algumas deficiências no elenco, mas não pode existir zona de conforto no elenco e cada posição deve existir uma sombra, senão o atleta acaba relaxando por natureza. Portanto a uma necessidade de começar a mostrar que se o jogador não está bem existe alguém querendo pegar o lugar, não por carteiraço. Isto é sádio em um elenco de um time de futebol. Para isto o Nei tem que saber que seu reserva é o Ilsinho, que está mal no meio campo, mas tem potencial para jogar nesta posição. O Kléber se bobear tem o Fabrício ou o Zé Mário, que são bons jogadores como laterais.
Na zaga gosto de ver o time com um zagueiro central e um quarto-zagueiro. O melhor zagueiro central atualmente é o Moledo (como substítuto temos como sombra o Índio ou na falta temos o Dalton ou mesmo o próprio Bolívar). Na quarta zaga que eu vejo mais dificuldade, pois o nosso melhor vive machucado que é o Sorondo, para mim deveria ser vendido pois este precisa de novos ares e desafios. E o outro é muito jovem, mas tem futuro que é o Romário (que pode começar a fazer sombra ao titular). Nesta posição que eu faria a única improvisação, pelas características que eu gosto, que é o Bolatti (como jogador de meio campo acho ele lento), pois jogando mais fixo fazendo a função de dar o primeiro combate da zaga, dando cobertura ao lateral e ao centro-médio tem tudo para dar certo.
A montagem do meio campo passa por definir um centro-médio, pelo que vi jogar antes, o Sandro Silva é o mais indicado e o Elton seria a segunda opção desde que jogasse como quando foi integrado ao time titular. No setor de armação ajudando a marcar e distribuir o jogo no meio campo com a capacidade do desarme e do bom passe temos o Óscar pela direita e o Guiñazu pela esquerda, além de serem os que jogam melhor ao lado do D’Alessandro. O Élton e o Zé Mário (ou mesmo o Fabrício) poderiam ser a sombra tanto do Cholo como do nosso camisa 16. Na ponta-de-lança, além do D’Ale citado, o Inter tem o Andrézinho e o João Paulo.
No ataque é que vivemos com poucas opções, mas é necessário que se jogue com dois atacantes para dificultar o máximo a marcação de preferência um mais fixo que seja de área (como o Damião) e outro mais velocista que possa trabalhar a bola junto com os meias e fundamentalmente saiba se descolar da marcação. E este tem sido o nosso problema fundamental, pois o próprio Dorival dizia que não gostava de jogar com um único atacante e de um tempo para cá acho que teve uma recaída, a la Celso Roth, e nos impôs o esquema nefasto de um único atacante. Para centroavante, além do Damião, temos o Delatorre e o Gilberto (Jô está machucado). Como 2º atacante temos o Zé Roberto, Lucas Roggia, Siloé e o próprio Gilberto (por ser veloz). Na minha avaliação as posições de atacante (seja centroavante como segundo atacante), quarto zagueiro e centromédio é que temos mais carência, pois o Fernandão deveria pensar e procurar para o ano que vem no mínimo 4 jogadores para disputar a titularidade nestas posições, caso não sai mais ninguém. Além é claro de enxugar o elenco daqueles jogadores que não jogam e só recebem e daqueles que não tem condição de vestir a camisa do clube.
Desculpa se eu fui longo demais ao colocar o que penso da organização tática e tudo isso deve ter variações e enchergar o momento do jogo. Tenho certeza que o nosso técnico tem capacidade e isto ele já demonstrou não só no Inter, mas nos outros clubes que passou, bem como toda a comissão técnica contando com o próprio Fernandão, mas para isso precisam se impor e mostrar serviço.
Como colorado sempre tenho confiança em um futuro melhor, pois isto o Inter sempre me provou que é capaz e o topo é sempre uma meta e um sonho.
Saudações Coloradas!
Cláudio R. Vidal
Alô você, Peter!
Em primeiro lugar saúdo sua participação como blogueiro do BAC. Colorados de opinião definida, como demonstras em teu post serão sempre muito bem vindos.
Quanto a tua sugestão entendo que o equilíbrio é o que todos procuram, mas o medo do desemprego frez crescer a cultura do não perder e aí, de-lhe volantes. É c laro que laterais adversários só atacam porque não temos alguém que os contenha nos flancos. Nossa solução tem sido Oscar de um lado e Andrezinho de outro. Oscar é um desperdício no flanco, é a má utilização de talento e aptidão para uma função de meio, conforme mostrou na seleção e Andrezinho é um jogador muito bom para jogar também pelo meio na articulação. Se somarmos a eles D’Ale, João Paulo, e mais os tais volantes, teremos quase um Batalhão e tentando arrumr todo mundo para acalmar o vestiário da no que está dando. Conclusão: dois tacantes, sejam lá quais forem, mas dois atacantes. Na absoluta impossibilidade de dois atacantes aí sim se pode pensar em uma medida emergencial, mas só emergencial.Engrosso as fileiras, pois: “SIM, NÒS PODEMOS”.
SC
Agradeço a todos vocês pela calorosa recepção aqui no BAC! De cara já percebi que aqui a opinião de todos é bem recebida, como não poderia ser diferente. Com certeza nós podemos! Conto sempre com cada um de vocês. Estamos aqui pra aprender também! Grande abraço
SC