Cavalo morto – cavalo encilhado

Os índios da tribo Dakota passam de geração a geração o seguinte ensinamento: “Quando você descobre que está montando um cavalo morto, a melhor estratégia é desmontar”.

No Inter, muitas pessoas se recusam a desmontar do cavalo morto e continuam a usar práticas e manter idéias que se tornaram obsoletas e improdutivas.

Torcedor de jockey

Alguns exemplos do que andam fazendo o pessoal da beira do rio:

“Trocam os cavaleiros.

Ameaçam o cavalo com treino em separado e demissão.

Compram um chicote mais forte e esporas mais afiadas.

Criam uma blindagem para proteger o  cavalo.

Dizem coisas como: “Esta é a maneira como sempre montamos este cavalo”.

Visitam outros clubes  para ver como eles montam cavalos mortos.

Criam treinos específicos para desenvolver habilidades de equitação.

Contratam terceiros para montar o cavalo.

Contratam um consultor para motivar o cavalo morto.

Instalam um sistema que faz cavalos mortos correrem mais rápido.

Declaram que cavalo morto é melhor, mais rápido e o melhor do Brasil.

Criam  pesquisas de rendimento estatístico  para cavalos mortos.

Revisam os requisitos de desempenho para cavalos mortos.

Perdem jogos em casa para ressuscitar os cavalos de outros clubes.

Mudam os requisitos operacionais e declaram: “Este cavalo não está morto”.

Incluem no orçamento uma verba para melhorar o desempenho do cavalo.

Fazem pacto de vitória nas rodadas finais para tentar salvar o cavalo.

Atrelam vários cavalos mortos para aumentar a velocidade.

Promovem o cavalo morto a presidente.“

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No mundo real, as oportunidades passam montadas em cavalos encilhados e não voltam uma segunda vez. O Inter teve vários cavalos nesse Brasileirão. Deixou passar todos. São chances inquestionáveis. Para aproveitá-las é necessário abandonar a comodidade e a segurança dos cavalos mortos, ou seja, da inércia. Novas oportunidades e desafios exigem que olhemos nosso trabalho sob perspectivas diferentes, novos valores e novas atitudes.

Santos Dumont não teria inventado o avião se tivesse se contentado com o sucesso de seus balões dirigíveis. Bill Gates e Steve Jobs não teriam aberto os caminhos para a popularização do PC se não se libertassem da mentalidade dominante  e sistemas operacionais cada vez mais complexos e pesados.

O cavalo morto representa os temores, preconceitos, suposições e paradigmas obsoletos que bloqueiam nossa criatividade. O Inter tem que parar de pensar que é maior do que realmente é e jogar bola!

É isso…beijocas…

Simone Bonfante – Criciúma/SANTA CATARINA
Inter: no campeonato das paixões és líder invicto e isolado!

 

10 thoughts on “Cavalo morto – cavalo encilhado

  1. Acho que a tua frase diz tudo: “O Inter tem que parar de pensar que é maior do que realmente é e jogar bola!”

    Quem foram nossos reforços para o segundo semestre mesmo? Jô, Ilsinho e Sandro Silva. Há anos dizemos que temos o melhor elenco e isso não se resume a todos os títulos, então isso significa que não somos os melhores. Trocamos Sobis por Jô e depois dizem que o problema é o técnico! 😉

    Abraço

    1. Sim… e veja o caso de equipes como Figueirense na nossa frente. É sorte? Com uma folha de pagamentos dessa…bom agora temos que otimizar: trocar um Bolivar + um Rodrigo por um Manoel, trocar um JÔ + um Zé Roberto por um Dagoberto e aí vai…

  2. Oi Simone,
    Aquele vídeo do Rafael Sobis simboliza uma certa nostalgia por 2006 que, de seus pés, saíram os dois gols lá em S.Paulo, que nos encaminharam para a conquista da Libertadores. Porém, não do Sobis que retornou em 2010. Eis que, também de seus pés, foram perdidos dois gols praticamente feitos no início de jogo contra o Mazembe que, por certo, mudariam a história do Mundial. Naquela oportunidade, eu estava lá, o mesmo jogador, ao lado de Alecssandro e Renan, foi o mais amaldiçoado dentre todos os demais. Aliás, depois do episódio, Sobis não mais jogou no INTER. Vestiu a camisa, é verdade, mas não mais jogou. Ali terminou sua carreira com o colorado.

    1. Acho que um ídolo não se esquece. E aquele calcanhar que tirou três da jogada no passe do Deco para o gol do R.Moura? O Inter que não sabe investir ( JÔ) e utiliza mal ( Sóbis no lugar do Taison no 4231). E gastamos tanto dinheiro com Jôs,Edus e Kleberes Pereira. Então pagar um pouco mais pra se ter o Dagoberto vale a pena. É o custo benefecio. E em nome disso vamos dar bye bye a o Zé Roberto. Dispensa o Rodrigo e Bolívar e gasta com o Manoel do Atlético PR. Coisa assim> otimizar. Pelo que andou falando, o Sóbis saiu barato pro Fluminense. Fez mais lá e foi mais decisivo que JÔ e Zé Roberto juntos….

  3. Simone, também penso que as novas oportunidades e desafios exigem que olhemos nosso trabalho sob perspectivas diferentes, vivenciando valores reais e atitudes coerentes. Dizem que Deus deu uma boca, para que falemos menos, e dois olhos e dois ouvidos para que possamos enxergar e ouvir mais. Nosso Internacional carece de uma análise crítica, profunda, sob o ponto de vista de um planejamento sério, levando em consideração os objetivos, metas, responsabilidades e meios, que a grandeza que nós acreditamos que nosso clube tenha. Os expressivos resultados de um passado recente e de nossa história, nos permitem pensar para o alto e para a frente. Não aguento mais ouvir e ler desculpas esfarrapadas, que só servem para querer “tapar o sol com a peneira”. Chega de mediocridade, de falta de competência e de falta de comprometimento coletivo. O nosso Internacional é muito maior que essa realidade apática, aquém de nossas possibilidades, expectativas e de nossos anseios.

    1. Pois é Paupério, tenho medo que nossa glória de 2006 fique esquecida e adormecida como um 1983 utópico. Daquele time, Fernandão e Clemer já penduraram as chuteiras. O Iarley está no caminho, Indio também. Devemos ver nosso trabalho sob outro paradigma para começar do zero e alcançar novas glórias distantes e feitos relevantes no desporto nacional.

    1. O Inter pagou por demorar em fixar o Muriel e o Moledo, no Nei em noivar e acabou cansando o Oscar. O brilho do D’Alê secou na volta do Damião e o fato de não ter atacantes no grupo foi fundamental….

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